quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Após reunião em Brasília, SP e Manaus ficam sem obras de mobilidade para Copa de 2014

20/12/2012 - UOL, Vinicius Konchinski e Aiuri Rebello

O governo federal definiu que São Paulo e Manaus não terão nenhuma obra de mobilidade urbana para a Copa do Mundo de 2014, ao contrário do anunciado inicialmente

A decisão foi tomada durante reunião do Gecopa (Grupo Executivo da Copa) nesta quarta-feira, em Brasília. Foram retirados da Matriz de Responsabilidades as duas obras de mobilidade urbana previstas em Manaus e a única obra prevista em São Paulo para até o início do Mundial, em junho de 2014. A Matriz é o documento firmado por União, Estados e cidades-sede que traz as obras que devem ser executadas para o torneio.

A decisão deve ser publicada no Diário Oficial da União na próxima semana. A reunião deliberou também sobre outros pontos do documento que devem ser revisados, mas não foram divulgados.

Em Manaus, foi retirado da Matriz o monotrilho, obra orçada em R$ 1,3 bilhão. De acordo com o último relatório do TCU (Tribunal de Contas da União), divulgado no início de novembro, o projeto ainda não havia saído do papel. Em Manaus, também foi retirado da matriz o corredor para tráfego exclusivo de ônibus, chamado BRT. A obra, de R$ 290 milhões, também não começou, de acordo com o último relatório do TCU.

Tragédia anunciada
Em São Paulo, foi retirada da Matriz a obra da Linha 17-Ouro do Metrô, o monotrilho que fará a ligação entre o aeroporto de Congonhas e a rede de trens metropolitanos da capital paulista. A obra, orçada em R$ 1,8 bilhão, sofreu atrasos e não ficará pronta a tempo do Mundial. De acordo com o governo paulista, a previsão de entrega da primeira parte da obra é até o final de 2014.

No dia 28 de novembro, o UOL Esporte revelou que o governo de São Paulo havia formalizado pedido para a retirada do monotrilho da Matriz. Já no dia 14 do mesmo mês, oUOL Esporte também revelou que as duas obras de mobilidade urbana em Manaus também seriam retiradas da Matriz.

Manobra por financiamento
A retirada é uma manobra dos governos estaduais para as obras não ficarem sem financiamento da União. As obras de mobilidade urbana nas 12 cidades-sede da Copa de 2014 que constam na Matriz de Responsabilidades possuem uma linha de crédito especial da Caixa Econômica Federal. A Matriz prevê que apenas recebam os recursos da Caixa obras que ficarão prontas até o início do Mundial.

Com a retirada da Matriz, os governos paulista e amazonense podem pedir outra linha de financiamento ao Ministério do Planejamento. De acordo com a pasta, as obras podem ser financiadas com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Mobilidade.

De acordo com o governo do Amazonas, a União continuará a financiar, por meio do PAC, o monotrilho de Manaus, além de R$ 200 milhões dos R$ 290 milhões de custo do BRT na cidade. O governo de São Paulo informa que também não pretende perder o financiamento de R$ 1 bilhão do governo federal para o monotrilho, e por isso pediu a retirada do projeto da Matriz.

Sucessão de atrasos
No dia 28 de setembro, o governo federal confirmou que a construção do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) de Brasília, outra das cidades-sede, havia sido retirado da Matriz a pedido do governo do Distrito Federal, já que também não ficaria pronto para o mundial. O VLT ligaria o aeroporto da capital ao Terminal da Asa Sul.

A obra, que seria entregue em janeiro de 2014, não tem data para terminar. Do custo estimado de R$ 276,9 milhões, a obra teria um financiamento de R$ 263 milhões da Caixa. Agora, os recursos irão sair do PAC Mobilidade, de acordo com o Ministério do Planejamento.

Também foi retirado do documento o Corredor Expresso Norte-Sul em Fortaleza, um dos sete projetos da área de transporte urbano da cidade previstos inicialmente para o Mundial. A construção de corredores de ônibus BRT (Bus Rapid Transport) em Salvador também foi excluída do planejamento para a Copa. Até agora, cinco projetos de mobilidade urbana previstos em 2010 não ficarão prontos até o início do Mundial. Ao todo, 46 projetos nessa área ainda estão previstos para serem entregues até a Copa de 2014.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Primeiro trem do monotrilho de São Paulo já está em fabricação

Primeiro trem do monotrilho de São Paulo já está em fabricação

12/12/2012 - Editora Pini

Linha 15-Prata terá capacidade para transportar 48 mil passageiros por hora, o maior monotrilho do mundo segundo a Bombardier

Por Carlos Carvalho, da Infraestrutura Urbana

O primeiro trem do monotrilho (veículo semelhante ao metrô, mas de via elevada e que utiliza apenas um trilho) já está sendo fabricado na cidade de Hortolândia, no interior de São Paulo, e, paralelamente, na cidade de Kingston, no Canadá. A composição terá sete vagões, com capacidade para até mil passageiros no total. Os dois primeiros são protótipos fabricados na matriz da canadense Bombardier. Cada trem deve medir, aproximadamente, 85 m de comprimento e 3 m de largura.

Os protótipos devem entrar em fase de testes já em fevereiro de 2013, quando serão colocados em uma linha na própria fábrica para simulação de funcionamento, análises em toda sua rede elétrica e avaliações de desempenho de circulação na via, como aceleração, frenagem e simulação de peso dos passageiros. Todas as 54 composições (378 vagões) devem estar prontas em 2016 e a previsão é de que a primeira esteja pronta em abril do ano que vem.

De acordo com a Bombardier, foi utilizada uma tecnologia da aeronáutica para a produção dos trens, que têm estrutura de alumínio e estrados de aço carbono. Segundo o diretor de comunicação da empresa, Luís Ramos, "essa tecnologia permitiu a redução de peso do veículo de forma significativa, fazendo dele 30% mais leve que os trens convencionais. O peso economizado será compensado com passageiros", diz.

O monotrilho terá capacidade de transportar 48 mil passageiros por hora, nos dois sentidos, a uma velocidade de aproximadamente 40 km/h. Segundo Ramos, atualmente, "o maior monotrilho do mundo, que fica na China, atende a apenas 30 mil passageiros por hora".

Assim como os trens da Linha 4-Amarela do metrô, o monotrilho terá condução automática (sem a utilização de um operador dentro do trem), ar-condicionado e câmeras internas de vigilância.

Com passagem livre entre os veículos, o intervalo médio entre os trens deve ser de 75 segundos. No total, a linha terá 17 estações, entre a Vila Prudente e a Cidade Tiradentes, na Zona Leste da capital paulista, num total de 24,5 km de linha. Há estudos para uma 18ª estação, no bairro Ipiranga, que poderá estender a via para 25,8 km.

De acordo com o metrô, já estão sendo construídos 2,9 km de via entre as estações Vila Prudente e Oratório, com previsão de término das obras para o segundo semestre de 2013. A Linha 15-Prata começa a funcionar a partir do final de 2013 e a previsão é a de que as 17 estações estejam em funcionamento em 2016.

Fonte: Editora PINI

sábado, 8 de dezembro de 2012

Monotrilho de SP perde financiamento de R$ 1 bilhão em recursos da Copa

30/11/2012 - R7

Para entregar monotrilho, governo precisa de R$ 1,085 bilhão emprestado

Orçada em R$ 3,1 bilhões, a linha 17-ouro do Metrô enfrenta mais um problema para ser concluída: falta de dinheiro. O monotrilho que seria construído com recursos da Copa do Mundo 2014 vai perder o montante de R$ 1,082 bilhão e faz o governo do Estado correr em busca de novo financiamento federal para não paralisar a obra.

Incluída na primeira versão da Matriz de Responsabilidade pelo governo de São Paulo como sendo investimento em mobilidade para a Copa do Mundo, tinha previsão de ser concluída antes do Mundial, mas não vai acontecer. Problemas com licenciamento ambiental e desapropriações fizeram os trabalhos tardarem a iniciar, resultando em perda de tempo irreversível: só vai ficar pronta depois da Copa, como admitiu o governador Geraldo Alckmin no começo de novembro.

— A obra [da linha ouro] será entregue no segundo semestre [de 2014].

Dessa forma, não há mais como manter o financiamento federal com os recursos da Copa, sendo que não será concluída a tempo para o Mundial, nem terá impacto direto na chegada dos torcedores ao estádio, em Itaquera. Diante disso, o governo de São Paulo teve que recuar e pedir a retirada da obra da Matriz de Responsabilidade, colocando em risco a conclusão do monotrilho.

Marin e Ronaldo se negam a falar sobre a volta de Felipão à seleção

A linha ouro entrou no financiamento porque o governo do Estado previa que o Estádio do Morumbi seria a arena de São Paulo na Copa do Mundo. Com a mudança para a Arena Corinthians, em Itaquera, a exclusão automática deveria ter ocorrido, mas não aconteceu porque Alckmin insistia que seria uma obra da Copa.

Questionado pela reportagem do R7 em setembro, o Comitê Paulista da Copa afirmou que "a premissa [perder o financiamento] era errada", que a linha ouro "cumpre função estratégica" para a cidade e que "a Copa do Mundo não ocorre apenas no estádio".

— É um engano pressupor que a Linha 17-Ouro não deve contar com recursos da Caixa destinados às obras de infraestrutura para a Copa por "não influenciar na chegada de torcedores ao estádio".

Já o Metrô, em nota, diz o contrário do Comitê Paulista.

— Ainda que todos os esforços estejam sendo realizados para que a Linha 17-Ouro possa iniciar sua operação antes da Copa do Mundo, não é uma obra necessária para que o evento ocorra.

Dessa forma, resta ao governo do Estado buscar novo investimento do governo federal. Para buscar esse valor (R$ 1,082 bilhão), São Paulo terá que avaliar seu endividamento, caso esteja perto do teto, não poderá contrair novos recursos e corre o risco de ter a obra paralisada, explica o ministro Valmir Capelo, do TCU.

— Havendo alteração contratual referente aos cronogramas de liberação e pagamento, impactantes em exercícios financeiros distintos dos já avençados poderão existir complicações em nova consulta a ser realizada. Na confirmação dessa hipótese, restará uma obra milionária, inacabada e sem recursos para completá-la.

Para evitar a paralização da obra, o governo de São Paulo vai buscar novo financiamento federal, segundo o Metrô.

— O Governo do Estado de São Paulo pleiteará a manutenção do financiamento federal, por meio de outra linha de crédito, o qual se justifica pela importância da obra para a população da metrópole.

Questionados sobre novos atrasos na obra por causa do refinanciamento, o Metrô descartou novas paralizações.

— A saída da Linha 17-Ouro da "Matriz de Responsabilidades" não altera o cronograma da obra.

Fonte: Danilo Gonçalo, do R7

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Estação do monotrilho ficará em rua próxima ao aeroporto de Congonhas

03/12/2012 - G1 SP

Acesso para passageiros será por meio de túnel. Construção será na Rua Rafael Iório, perto de Avenida Washington Luís.

O governo do Estado de São Paulo definiu que a Linha 17-Ouro, que será em formato de monotrilho e vai cruzar o Morumbi e a Avenida Jornalista Roberto Marinho, chegar até o aeroporto de Congonhas por meio de uma estação na Rua Rafael Iório, quase na esquina com a Avenida Washington Luís.

No local hoje há um quartel do Corpo de Bombeiros. O Metrô informou que vai desapropriar uma parte do terreno que não possui edificações.

Segundo a Infraero, a entrada para esse novo túnel ficará próxima a uma das entradas do estacionamento do aeroporto, que funciona em um prédio anexo.

Com a decisão, fica descartado o projeto inicial do Metrô que consistia na construção de um acesso no próprio saguão de Congonhas. O aeroporto é parcialmente tombado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultual e Ambiental de São Paulo (Conpresp) e as intervenções precisam ser aprovadas.

Obra
A linha 17-Ouro é construída desde março. A Avenida Jornalista Roberto Marinho está parcialmente interditada para a colocação das estruturas. Pilares que darão sustentação ao monotrilho já podem ser vistos ao longo da via.

As primeiras estações estão previstas para ser entregues no segundo semestre de 2014. Quando estiver totalmente concluída, a linha vai ligar a Estação Jabaquara do Metrô à Estação São Paulo-Morumbi, da Linha 4-Amarela.



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Estação do metrô será a 100 m de Congonhas

03/12/2012 - O Estado de São Paulo

Passageiro do monotrilho passará por túnel embaixo de avenida para ir ao aeroporto

Nataly Costa

SÃO PAULO - O governo estadual e a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) definiram o local de uma das estações mais aguardadas da Linha 17-Ouro do Metrô, que será feita em forma de monotrilho: a do Aeroporto de Congonhas. Será construída na Rua Rafael Iório, quase na esquina com a Avenida Washington Luís, na zona sul, mas do lado oposto do aeroporto. O acesso dos passageiros à estação será feito por meio de uma passagem subterrânea de 80 a 100 metros, que será construída sob um túnel já existente ali, o Paulo Autran.

A definição enterra de vez os planos do Metrô de fazer uma estação embaixo do aeroporto, como era previsto inicialmente. Também fica descartada a construção do acesso a partir do saguão principal de Congonhas. Agora, o túnel vai sair de uma área na frente do guarda-volumes do aeroporto, diante de uma das entradas do edifício-garagem, no subsolo. É no mesmo piso onde param os ônibus fretados e onde os passageiros pegam táxi ao desembarcar.

O túnel será semelhante ao que existe na ligação entre as Estações Consolação da Linha 2-Verde e Paulista da Linha 4-Amarela. A ideia em Congonhas é também colocar esteiras rolantes para facilitar a caminhada. O percurso, porém, é bem maior: na Paulista, são cerca de 40 metros de esteira.

No túnel do aeroporto, será pelo menos o dobro. "Isso não é raro. Em outros locais, você anda 300, 400 metros. Cem metros é bastante razoável, tem caminhadas bem maiores. Estamos analisando a necessidade da esteira", disse o secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes. A entrada no túnel vai poder ser feita por escada rolante e elevador.

Pelo menos uma desapropriação é certa para que a estação saia do papel. Parte do terreno do Corpo de Bombeiros, que fica na Rua Rafael Iório, terá de ceder lugar à futura estação. Por enquanto, não há interdições previstas no trânsito da região.

Atraso. As obras da Linha 17-Ouro já estão em andamento desde março e a colocação dos pilares que sustentarão o monotrilho já interditam parcialmente o trânsito da Avenida Jornalista Roberto Marinho. As primeiras estações, porém, só vão ficar prontas no segundo semestre de 2014, depois da Copa. A promessa inicial era que saísse em junho, dias antes do Mundial, mas o governo culpa um atraso de oito meses na obtenção da licença ambiental.

O monotrilho será construído em fases - a estação do aeroporto faz parte do primeiro lote. Neste primeiro trecho, terá oito estações e ligará o aeroporto à Estação Morumbi da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Na segunda fase, cruza o Rio Pinheiros em direção a Paraisópolis e Morumbi.



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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A lenda do monotrilho da Copa

25/11/2012 - Clube Alfa

Apenas um terço da obra ficará pronto antes do evento

Era uma vez uma linha de metrô que, depois de construída, resolveria muitos problemas da cidade de São Paulo. A linha Ouro atenderia, com trens do tipo monotrilho, desde o aeroporto de Guarulhos até a zona sul, nas imediações do estádio Morumbi, num total de quase 18 km. E foi uma das obras prometidas para a Copa do Mundo, incluída no legado do evento.

No entanto, os prazos da obra já estão comprometidos — o governo do Estado já confirmou que apenas um terço do planejado será cumprido antes da Copa. Como consolo, a promessa de que esse terço contemplará o trecho que liga o aeroporto de Guarulhos à zona leste de São Paulo. O que se tem a lamentar é que a obra é a única responsabilidade assumida pelo Governo do Estado para a Copa do Mundo — que, inclusive, contou com cerca de 1 bilhão de reais financiados pela União. A obra toda está orçada cerca de 3 bilhões de reais.

O problema não é exclusivo do Estado de São Paulo. Cinco cidades que sediarão jogos da Copa prometeram linhas de trem de superfície em suas candidaturas. Isso foi determinante para que fossem escolhidas como sede, já que a mobilidade urbana era um item fundamental de seleção. Mas Brasília, Cuiabá, Manaus e São Paulo já declararam que não vão cumprir o acordo.

Por Roberto Amado

Fonte: Clube Alfa - Revista Abril




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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Monotrilho do Morumbi indo pro vinagre.

23/11/2012 - Site do São Paulo Futebol Clube

Integrante do estafe são-paulino envolvido com a obra afirmou ao blog que há tempos o clube sabe que o dinheiro vindo do Governo Federal será centralizado no trecho entre aeroporto de Congonhas e estações de trem.

O anúncio do Governo do Estado sobre a obra do monotrilho ser entregue após a Copa do Mundo teve reflexo imediato no São Paulo. Conselheiros do clube, inclusive ligados à diretoria, afirmam que a decisão é prova de erro cometido por Juvenal Juvêncio ao apoiar o petista Fernando Haddad na eleição municipal.

Argumentam que o trecho do monotrilho próximo ao Morumbi foi deixado para depois como uma forma de retaliar o clube por ter ido contra a candidatura do tucano José Serra.

Integrante do estafe são-paulino envolvido com a obra afirmou ao blog que há tempos o clube sabe que o dinheiro vindo do Governo Federal será centralizado no trecho entre aeroporto de Congonhas e estações de trem. Isso porque o Morumbi foi alijado da Copa, e o Itaquerão entrou em seu lugar.

Porém, segundo esse relato, a decisão não é responsável pelo atraso na entrega da parte próxima ao Morumbi. O adiamento seria culpa da demora da prefeitura em desapropriar área de empreendimento da Cyrela na vizinhança do estádio. Caso, aliás, que é um verdadeiro vespeiro.

O sentimento é de que atribuir o atraso à escolha da futura arena corintiana é uma forma de causar turbulência política no Morumbi. Aí sim como retaliação ao apoio a Haddad. Isso apesar dos argumentos técnicos apresentados pelo governo tucano, como mostra reportagem do UOL Esporte.

Fonte: Site do São Paulo Futebol Clube


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SP admite que monotrilho não ficará pronto a Copa

22/11/2012 - UOL

A Linha 17-Ouro do Metrô de São Paulo, um monotrilho que fará a ligação entre o aeroporto de Congonhas e a rede de trens metropolitanos da capital paulista, a única obra de responsabilidade do governo do Estado de São Paulo que consta na Matriz de Responsabilidades da Copa do Mundo de 2014, não irá ficar pronta a tempo do Mundial de futebol, de acordo com informação do gabinete do governo estadual passada ao UOL Esporte na última segunda-feira.

Assim, o Estado de São Paulo admite uma realidade revelada pelo UOL Esporte há sete meses, a de que o governo não seria capaz de cumprir o compromisso que tomou para si em janeiro de 2010, ao assinar a Matriz de Responsabilidades, documento firmado por União, Estados e cidades-sedes que traz as obras que seriam executadas para o torneio de 2014.

Orçada em R$ 3,1 bilhões, sendo R$ 1,082 bilhão em recursos federais de uma linha especial da Caixa Econômica Federal criada exclusivamente para financiar obras essenciais para a Copa, a linha terá 17,7 quilômetros de extensão e 18 estações. Haverá conexões com as linhas 1-Azul (Estação Jabaquara), 4-Amarela (Estação São Paulo-Morumbi) e 5-Lilás (Estação Água Espraiada), bem como à Linha 9-Esmeralda da CPTM (Estação Morumbi).

Quando o Estado assinou o compromisso constante da Matriz, a previsão era entregar a obra toda a tempo da Copa do Mundo. Já quando o governo de São Paulo assinou o contrato com o consórcio vencedor da licitação para construir o monotrilho (formado pelas empreiteiras Andrade Gutierrez, CR Almeida, Scomi Engineering e MPE), em julho de 2011, o Estado já trabalhava com prazos diferentes dos iniciais.

À época, a previsão passou a ser entregar dois terços da obra até meados de 2014. O terceiro trecho passou a ter previsão de entrega para meados de 2015. Já em novembro do ano passado, conforme também revelou o UOL Esporte, o Estado passou a dizer que, a tempo para a Copa do Mundo, apenas pouco mais de um terço da linha, ou 7,7 quilômetros dos 17,7 quilômetros previstos, estariam prontos.

Procurada pela reportagem, a Secretaria de Estado de Transportes Metropolitanos informou que a redução do compromisso paulista para a Copa acontecia porque, quando a Matriz de Responsabilidades fora assinada, esperava-se que o estádio a ser utilizado para a Copa do Mundo seria o Morumbi, destino final da Linha 17-Ouro. Agora que o estádio será no bairro de Itaquera (zona Leste), o projeto deixara de ser prioridade.

"Com a mudança do estádio da zona sul para a zona leste, o trecho estratégico da Linha-17 para a Copa do Mundo passou a ser a ligação do Aeroporto de Congonhas com a rede metroferroviária, passando por uma importante zona hoteleira. Este trecho estará pronto até a Copa", informou, há um ano, a pasta estadual ao UOL Esporte.

Em abril deste ano, porém, o UOL Esporte revelou que o contrato firmado entre o governo do Estado de São Paulo e o consórcio responsável pela construção da Linha-17 do Metrô determina que a obra tem que ser entregue até o dia 27 de junho de 2014, ou seja, 15 dias após o início da Copa do Mundo de 2014.

Depois que a reportagem foi publicada, a Secretaria de Estado de Transportes Metropolitanos enviou uma nota à redação, afirmando que, "apesar de o referido contrato determinar que a obra tem que ser entregue até o dia 27 de junho de 2014, a secretaria trabalha para entregar a primeira fase da Linha-17 até o dia 31 de maio de 2014".

No dia 7 deste mês, porém, o governador Geraldo Alckmin rendeu-se à realidade. Durante visita ao canteiro de obras do monotrilho, na avenida Jornalista Roberto Marinho, ele afirmou: "A obra será entregue no segundo semestre." E justificou: "Não é uma obra para a Copa do Mundo, mas para a cidade".

O UOL Esporte, então, voltou a procurar a Secretaria de Estado de Transporte Metropolitanos, que manteve o discurso de abril de 2012, embora atenuado: "O Metrô irá fazer o máximo esforço para entregar a obra a tempo da Copa do Mundo". A reportagem, então, entrou em contato com o gabinete do governador. A assessoria do órgão informou, então, que o que o governador havia dito estava correto: não haverá monotrilho antes da Copa.

Com a confirmação oficial, a obra corre o risco de perder o financiamento federal, de mais de R$ 1 bilhão, já que a linha da Caixa tem condições especiais específicas para obras da Copa. No fim deste mês, será publicada uma atualização da Matriz de Responsabilidades. O Ministério das Cidades, responsável pelo financiamento das obras de mobilidade urbana da Copa,foi procurado pela reportagem, para que informasse se monotrilho paulista deixaria de constar na Matriz. A resposta da pasta foi a que segue:

"A Matriz de Responsabilidades, sob coordenação do Grupo Executivo da Copa (Gecopa), passa por revisões periódicas, podendo envolver a inclusão ou a exclusão de empreendimentos, obedecendo aos critérios estabelecidos pelo Gecopa para esta revisão. Uma nova revisão da Matriz está em fase final de consolidação." O que isso significa, só esperando até o final do mês para saber.


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Edital do monotrilho do Grande ABC será lançado em março

07/11/2012 - Diário do Grande ABC

Anúncio foi dado ontem (6) pelo secretário de Transportes Metropolitanos de SP. Previsão é que monotrilho comece a operar em 2016

O governo estadual deve lançar em março o edital de licitação da Linha 18-Bronze do Metrô, que fará o trajeto entre a Estação Tamanduateí e o bairro Alvarenga, em São Bernardo, passando por São Caetano e Santo André, por meio do sistema de monotrilho, informou ontem o secretário de Estado de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes. A previsão é que o monotrilho comece a funcionar em 2016.

Orçado em R$ 4 bilhões, dos quais R$ 1,2 bilhão da Caixa Econômica Federal, R$ 400 milhões do Orçamento Geral da União e R$ 2,4 bilhões do governo estadual, o trajeto tem quatro empresas na disputa: CMT (Consórcio Metropolitano de Transportes); Brasell; Invepar/Queiroz Galvão/Bombardier e Odebrecht.

Uma das concorrentes, a Bombardier, apresentou ontem, na Feira Negócios nos Trilhos, em São Paulo, maquete em tamanho real do monotrilho que vai equipar a Linha 15-Prata, interligando as estações Vila Prudente e Cidade Tiradentes. A empresa canadense faz parte do Consórcio Expresso Monotrilho Leste (que inclui a Queiroz Galvão e a OAS) que venceu a concorrência para essas obras.

Segundo o diretor de comunicação e relações institucionais da Bombardier para a América do Sul, Luís Ramos, o modelo de veículo apresentado no evento deverá ser semelhante ao que passará pelo Grande ABC, se a companhia ganhar a licitação na região.

O novo meio de transporte tem capacidade semelhante à do metrô tradicional (o monotrilho Leste deverá levar meio milhão de passageiros diariamente), mas com algumas vantagens. Enquanto o metrô leva de dez a 15 anos para ter trecho de 24 quilômetros concluído, o monotrilho será entregue à população em menos de cinco anos. Além disso, estima-se que o preço de construção seja 50% menor.

Os veículos da Linha 15 (54 trens com sete vagões cada um) serão produzidos na fábrica da Bombardier em Hortolândia, interior de São Paulo, e deverão ter 60% de conteúdo nacional, ou seja, de peças produzidas no país.

Amanhã (8), o governo estadual realiza audiência pública para o monotrilho do Grande ABC na sede da Acisbec (Associação Comercial e Industrial de São Bernardo), na Rua do Imperador, 14, às 17 horas.

Obras em andamento
O secretário dos Transportes disse que o governo está em ritmo acelerado nos projetos metroferroviários. Atualmente há quatro obras de metrô em andamento: além da linha 15, há a segunda fase da linha 4 (Vila Sônia-Luz), o prolongamento da 5 (Largo Treze-Chácara Klabin) e a 17 (que terá ligação com o aeroporto de Congonhas). Em dezembro será lançado o edital da PPP (Parceria Público-Privada) para a linha 6 (Vila Brasilândia - São Joaquim).

No primeiro semestre de 2013 deverão começar as obras do trecho da CPTM Itapevi-Amador Bueno e a pré-qualificação de outras obras, como a que irá do Brás até Guarulhos.


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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

SP: obras da estação Oratório estão em fase final

22/11/2012 - Revista Ferroviária

O Metrô de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (21/11), através de seu site, que 94% das obras civis brutas da futura estação Oratório do monotrilho da Linha 15-Prata (Vila Prudente - Cidade Tiradentes) já estão prontas. Com cerca de cinco mil metros quadrados, a estação faz parte do primeiro trecho da linha, que terá 2,9 quilômetros de extensão e deverá ser entregue no segundo semestre de 2013, junto com a estação Vila Prudente.

Com previsão de conclusão para dezembro deste ano, as obras civis brutas da estação Oratório passam por serviços de acabamento (contrapisos, pisos, alvenarias, instalações elétricas/hidráulicas e revestimentos cerâmicos). Aproximadamente 50% do piso, composto por peças de porcelanato antiderrapante e piso tátil já foi instalado na área das plataformas. A cobertura, feita de telhas metálicas, já está totalmente concluída.

Segundo o metrô, depois do término do acabamento, previsto para março de 2013, restará apenas a instalação das escadas rolantes, elevador, comunicação e sistema de detecção de incêndio.

Situada no canteiro central da Avenida Luiz Ignácio Anhaia Melo, a estação Oratório terá dois acessos: um pela Av. do Oratório, com 90% das estruturas de concreto armado concluídas, e outro pela Rua Nupeba, que já tem 90% da estrutura metálica finalizada.

Cada acesso terá um bicicletário com 50 vagas e a demanda diária estimada para o primeiro trecho, entre Vila Prudente e Oratório é de 13.300 passageiros.


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Monotrilho/SP só depois da Copa

22/11/2012 - Uol SP

Das 5 cidades-sede da Copa de 2014 que incluíram em seu planejamento oficial para o evento a construção de linhas de trem de superfície, quatro não deverão entregar as obras antes do início do Mundial de futebol, em junho de 2014.

A Linha 17-Ouro do Metrô de São Paulo, um monotrilho que fará a ligação entre o aeroporto de Congonhas e a rede de trens metropolitanos da capital paulista, a única obra de responsabilidade do governo do Estado de São Paulo que consta na Matriz de Responsabilidades da Copa do Mundo de 2014, não irá ficar pronta a tempo do Mundial de futebol, de acordo com informação do gabinete do governo estadual passada ao UOL Esporte na última segunda-feira.

Assim, o Estado de São Paulo admite uma realidade revelada pelo UOL Esporte há sete meses, a de que o governo não seria capaz de cumprir o compromisso que tomou para si em janeiro de 2010, ao assinar a Matriz de Responsabilidades, documento firmado por União, Estados e cidades-sedes que traz as obras que seriam executadas para o torneio de 2014.

Orçada em R$ 3,1 bilhões, sendo R$ 1,082 bilhão em recursos federais de uma linha especial para da Caixa Econômica Federal exclusivamente para financiar obras essenciais para a Copa, a linha terá 17,7 quilômetros de extensão e 18 estações. Haverá conexões com as linhas 1-Azul (Estação Jabaquara), 4-Amarela (Estação São Paulo-Morumbi) e 5-Lilás (Estação Água Espraiada), bem como à Linha 9-Esmeralda da CPTM (Estação Morumbi).

Quando o Estado assinou o compromisso constante da Matriz, a previsão era entregar a obra toda a tempo da Copa do Mundo. Já quando o governo de São Paulo assinou o contrato com o consórcio vencedor da licitação para construir o monotrilho (formado pelas empreiteiras Andrade Gutierrez, CR Almeida, Scomi Engineering e MPE), em julho de 2011, o Estado já trabalhava com prazos diferentes dos iniciais.

À época, a previsão passou a ser entregar dois terços da obra até meados de 2014. O terceiro trecho passou a ter previsão de entrega para meados de 2015. Já em novembro do ano passado, conforme também revelou o UOL Esporte, o Estado passou a dizer que, a tempo para a Copa do Mundo, apenas pouco mais de um terço da linha, ou 7,7 quilômetros dos 17,7 quilômetros previstos, estariam prontos.

Procurada pela reportagem, a Secretaria de Estado de Transportes Metropolitanos informou que a redução do compromisso paulista para a Copa acontecia porque, quando a Matriz de Responsabilidades fora assinada, esperava-se que o estádio a ser utilizado para a Copa do Mundo seria o Morumbi, destino final da Linha 17-Ouro. Agora que o estádio será no bairro de Itaquera (zona Leste), o projeto deixara de ser prioridade.

"Com a mudança do estádio da zona sul para a zona leste, o trecho estratégico da Linha-17 para a Copa do Mundo passou a ser a ligação do Aeroporto de Congonhas com a rede metroferroviária, passando por uma importante zona hoteleira. Este trecho estará pronto até a Copa", informou, há um ano, a pasta estadual ao UOL Esporte.

Em abril deste ano, porém, o UOL Esporte revelou que o contrato firmado entre o governo do Estado de São Paulo e o consórcio responsável pela construção da Linha-17 do Metrô determina que a obra tem que ser entregue até o dia 27 de junho de 2014, ou seja, 15 dias após o início da Copa do

Depois que a reportagem foi publicada, a Secretaria de Estado de Transportes Metropolitanos enviou uma nota à redação, afirmando que, "apesar de o referido contrato determinar que a obra tem que ser entregue até o dia 27 de junho de 2014, a secretaria trabalha para entregar a primeira fase da Linha-17 até o dia 31 de maio de 2014".

No dia 7 deste mês, porém, o governador Geraldo Alckmin rendeu-se à realidade. Durante visita ao canteiro de obras do monotrilho, na avenida Jornalista Roberto Marinho, ele afirmou: "A obra será entregue no segundo semestre." E justificou: "Não é uma obra para a Copa do Mundo, mas para a cidade".

O UOL Esporte, então, voltou a procurar a Secretaria de Estado de Transporte Metropolitanos, que manteve o discurso de abril de 2012, embora atenuado: "O Metrô irá fazer o máximo esforço para entregar a obra a tempo da Copa do Mundo". A reportagem, então, entrou em contato com o gabinete do governador. A assessoria do órgão informou, então, que o que o governador havia dito estava correto: não haverá monotrilho antes da Copa.

Com a confirmação oficial, a obra corre o risco de perder o financiamento federal, de mais de R$ 1 bilhão, já que a linha da Caixa tem condições especiais específicas para obras da Copa. No fim deste mês, será publicada uma atualização da Matriz de Responsabilidades. O Ministério das Cidades, responsável pelo financiamento das obras de mobilidade urbana da Copa,foi procurado pela reportagem, para que informasse se monotrilho paulista deixaria de constar na Matriz. A resposta da pasta foi a que segue:

"A Matriz de Responsabilidades, sob coordenação do Grupo Executivo da Copa (Gecopa), passa por revisões periódicas, podendo envolver a inclusão ou a exclusão de empreendimentos, obedecendo aos critérios estabelecidos pelo Gecopa para esta revisão. Uma nova revisão da Matriz está em fase final de consolidação." O que isso significa, só esperando até o final do mês para saber.



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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Remoções na Linha 17

13/11/2012 - Uol

Moradores das favelas Buraco Quente e Comando estão sendo removidos para dar lugar a obra da Copa (Foto: Leandro Moraes/ Uol)

Cerca de 200 famílias estão vivendo há pouco mais de dois meses entre escombros de casas demolidas, entulho e lixo gerados pela derrubada de casas desapropriadas na zona sul de São Paulo pelo Metrô. As demolições estão sendo feitas na margem da avenida Jornalista Roberto Marinho, para limpar um terreno que será ocupado pela Linha 17-Ouro do Metrô, obra que faz parte do planejamento do governo paulista para a Copa do Mundo de 2014.

De acordo com o plano de trabalho da obra, serão removidas do local cerca de 400 famílias das favelas Buraco Quente, Comando e Buté. O terreno, ocupado por seus residentes há 40 anos, é público. Por se tratar de famílias em condição de vulnerabilidade social, o governo paulista oferece uma indenização para quem for removida. O valor vai de R$ 43 mil a R$ 85 mil, de acordo com o Metrô.

Para quem preferir, há, ainda, a opção de inserção no programa de habitação de interesse social da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), em que a família ou o indivíduo, mediante participação no financiamento do imóvel em percentual calculado de acordo com a renda mensal, recebe uma unidade habitacional, na mesma região de onde está sendo removido (neste caso, serão construídas unidades na confluência da av. Jornalista Roberto Marinho e av. Washington Luís, para fins de reassentamento dessa população, informa o Metrô).

Obra pronta no meio da Copa

O contrato firmado entre o governo do Estado de São Paulo e o consórcio responsável pela construção da Linha 17 do metrô, prevista para fazer a ligação entre o aeroporto de Congonhas e a rede CPTM de trens metropolitanos, determina que a obra tem que ser entregue até o dia 27 de junho de 2014, ou seja, 15 dias após o início da Copa do Mundo de 2014.

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As desapropriações começaram há pouco mais de dois meses. Cerca de metade daqueles que serão desapropriados já deixaram suas casas. Assim que uma casa é desabitada, o Metrô promove a demolição parcial do imóvel, para evitar nova ocupação. Os escombros, porém, não são removidos.

Assim, as cerca de 200 famílias que ainda habitam o local, ou por não terem concordado com a indenização proposta, ou por aguardarem a sua vez no processo de desapropriação, estão vivendo entre escombros que remetem a um bairro sob bombardeio. Na região, crianças estão circulando entre vigas metálicas retorcidas e paredes parcialmente demolidas.

É o caso da aposentada Teresinha Alves dos Santos, 63, que mora em um pequeno cômodo com seus três netos. Todas as casas em volta da sua foram demolidas. Teresinha ainda não deixou o imóvel onde mora há 30 anos porque, apesar de ser separada há 25 anos, ainda é oficialmente casada, e seu (ex-) marido, com quem não tem qualquer contato, possui um imóvel no Estado de Pernambuco.

"Então, quando vieram aqui falar para as pessoas saírem, me disseram que eu não teria direito a indenização, porque eu tenho uma casa em Pernambuco, mas eu nem sei que casa é essa", conta a aposentada, que recebe um salário mínimo por mês após trabalhar no setor de limpeza por 30 anos. "Então, quem morava do meu lado foi embora, e quebraram todas as casas. Eu fiquei sozinha, com as crianças".

Teresinha não teria outra alternativa a não ser ir morar na rua com seus três netos, não fosse a atuação do líder comunitário Geílson Sampaio, que nasceu e cresceu no Buraco Quente, e está ajudando a aposentada a concretizar oficialmente seu divórcio para, assim, poder pleitear a indenização. "Estamos tentando ajudar as pessoas nessa e em outras condições semelhantes, porque quem não souber quais são seus direitos vai acabar na rua, sem nada", diz Sampaio.

Outro que ainda não abandonou sua casa é o vigilante Josivaldo José da Silva, 35, pai de um menino de 10 anos. Segundo ele, a indenização que foi oferecida à família não é suficiente para adquirir um imóvel na região. mas meu filho estuda aqui, como que eu vou sair e ir pra outro lugar da cidade no meio do ano escolar dele?", indaga o vigilante, que mora no Buraco Quente há 15 anos.

O Metrô informa que a Coordenadoria de Atendimento à Comunidade-CAC está à disposição das famílias que necessitarem de acompanhamento ou apoio durante o processo de desapropriação. A Coordenadoria atende nos telefones 11 3111-8555/ 8559/ 8742 e 8565, no horário comercial, e pelo site www.metro.sp.gov.br/fale conosco.



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Monotrilho da Linha 15-Prata será o mais moderno do mundo

13/11/2012 - Revista Época

Em um dos galpões industriais da empresa de transportes canadense Bombardier, dois esqueletos de "vagão" em processo de montagem estão suspensos sobre estruturas de vigas metálicas. "Não são vagões, são carros. Vagão é para carga", diz Manuel Gonçalves, diretor geral da fábrica, corrigindo os jornalistas reunidos para conhecer o processo de construção do monotrilho. Daqui a um ano, se tudo correr conforme o cronograma, os "carros" estarão imersos na paisagem da capital paulista, no polêmico projeto do monotrilho da Zona Leste.

Os 378 carros do monotrilho da linha 15 – Prata do metrô virão de mais longe, da cidade de Hortolândia, a 20 minutos de Campinas. O projeto estipula 2016 como o prazo para ligar o bairro Cidade Tiradentes à estação Vila Prudente, da linha 2 – Verde, num total de 24 quilômetros e 17 estações. Mas já no fim do próximo ano, o primeiro trecho deve ser inaugurado, percorrendo os 2,9 quilômetros que separam a estação Vila Prudente da futura parada Oratório.

Para mensurar o impacto desse novo sistema no transporte da cidade, basta imaginar que um ônibus circulando no trecho entre a Avenida Jaguaré, na zona oeste, até a Avenida Paulista, de pouco mais de10 quilômetros, leva em torno de 40 minutos – se o trânsito não estiver muito ruim. Com o mesmo tempo, seria possível percorrer quase toda a extensão do monotrilho, estimada pelo fabricante em 50 minutos. Praticamente o dobro da distância. O ônibus transporta até 34 pessoas sentadas e 54 em pé, um total de 88 passageiros. Já o trem com traços futuristas carregará cerca de 15 passageiros sentados e 128 em pé, num total de 143 passageiros. Por carro.



A estimativa é que o serviço receba 500 mil usuários diariamente, algo como toda a população do Grajaú, bairro mais populoso da capital, somada aos moradores da Vila Mariana. Segundo o diretor de comunicação da Bombardier na América Latina, Luis Ramos, a linha vai ajudar a suprir a carência da região leste por transporte coletivo. "O principal problema das cidades é que houve um grande crescimento da população, mas não da infra-estrutura", diz.

Para transportar um contingente tão expressivo, é preciso algumas inovações. A Bombardier, que também atua no ramo da aviação, trouxe tecnologia aeronáutica para reduzir o peso dos carros, e assim aumentar o número de usuários transportados. São 15 toneladas de alumínio, estruturadas em forma de colmeia. "É um truque para reduzir espaço e ganhar performance", explica o diretor Manuel Gonçalves. O motor é de ímã permanente e fica dentro do cubo da roda de borracha, gerando um nível de ruído quase nulo.

A multinacional classifica o sistema como "de alta capacidade", único no mundo com cara de metrô. Na China, um monotrilho carrega 30 mil pessoas por hora, e no Japão, 25 mil. No Brasil serão 40 mil pessoas por hora. "Um trem com a nossa capacidade é inédito", explica Luis Ramos, que vê um futuro promissor para a exportação. A fábrica já tem encomendas de 12 carros para a Arábia Saudita, e as cidades de Belo Horizonte, Recife e Rio de Janeiro já demonstraram interesse. A meta para o auge de produção é de um carro pronto a cada dia. Se o monotrilho entregar tudo o que promete, a Zona Leste terá muito mais carros na garagem a partir de 2016. "O que é mais confortável, estar sozinho na sua 'poltrona' e ficar duas horas parado no trânsito, ou chegar em 50 minutos?", pergunta Luis Ramos. Como se fosse preciso responder.


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terça-feira, 13 de novembro de 2012

Arte que estampará o monotrilho na região é apresentada em feira de negócios

13/11/2012 - Folha Vip

Além de ter o seu desenho estampando no transporte, o artista plástico JP Passos, de 21 anos, vencedor do concurso, também ganhou da Bombardier uma viagem para Genebra

Por Rafael Gonçalo

Na terça-feira, dia 6, a Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô, em conjunto com a Bombardier, empresa responsável pela construção dos trens, apresentou uma maquete em tamanho real de um vagão do monotrilho da Linha 15 – Prata na feira Negócios nos Trilhos, que aconteceu na Expo Center Norte. Na réplica do veículo estava estampado o desenho vencedor do concurso "Tá Pintando um Novo Metrô", que irá decorar os primeiros e os últimos vagões de cada uma das composições que irão transitar de Vila Prudente até Cidade Tiradentes.

Durante o evento, o secretário de Transportes Metropolitanos do Estado, Jurandir Fernandes, aproveitou para ressaltar a qualidade do monotrilho. "Esta obra é muito importante para região Leste e abrangerá 24 quilômetros. Serão 48 trens com sete vagões cada, com uma capacidade para atender 48 mil passageiros por hora e por sentido", destacou o secretário.

Além de ter o seu desenho estampando no transporte, o artista plástico JP Passos, de 21 anos, vencedor do concurso, também ganhou da Bombardier uma viagem para Genebra, na Suiça, para participar da feira da International Association of Public Transport (UITP). "Achei bem legal a ideia do Metrô. Uma iniciativa perfeita para mostrar um pouco de arte para toda a população", comentou Passos. "Fiquei sabendo do concurso através de amigos e enviei quatro desenhos para competir. E o que venceu era o meu favorito. Procurei fazer uma arte colorida, para sobrepor o acinzentado da cidade", destaca.

O artista plástico, que trabalha na área há dois anos, lamenta que somente a sua arte estampará os trens. "Foram quase três mil inscritos no concurso e 20 passaram para a final. Até sugeri para o Metrô que esses 20 desenhos fossem colocados nos trens, mas eles preferem que seja apenas uma arte. Este é o meu segundo trabalho de destaque. Também fui o criador de um dos desenhos do Call Parede, que hoje estampam alguns dos orelhões da cidade", completa Passos.

Prazo

Durante o evento o Metrô voltou a confirmar os prazos da Linha 15 – Prata. O primeiro trecho, que ligará as estações Vila Prudente e Oratório, com 2,9 km de extensão, tem previsão de entrega para o final de 2013. A segunda fase do monotrilho até São Mateus (10,1 km) ficará pronto no final de 2014. A inauguração completa do transporte deverá ser feita no segundo semestre de 2016, ligando Vila Prudente à Cidade Tiradentes (11,5 km).



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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Monotrilho é nova aposta em São Paulo

12/11/2012 - http://estadao.br.msn.com

Um trem que corre sobre uma linha elevada, com apenas um trilho, corta uma grande avenida paulistana pelo alto...




Um trem que corre sobre uma linha elevada, com apenas um trilho, corta uma grande avenida paulistana pelo alto. Suspenso em grandes pilares, continua o trajeto por ruas residenciais arborizadas e cheias de casas, em um cenário futurista que era impensável há apenas dez anos pelos gestores públicos. Os polêmicos monotrilhos, que são defendidos ou atacados com veemência por quem os ama ou odeia, tornaram-se a mais nova aposta de São Paulo para resolver seu problema crônico de mobilidade.

Atualmente, o monotrilho só se tornou opção séria de transporte público em cidades asiáticas, como Tóquio (Japão), Kuala Lumpur (Malásia) ou Xunquim e Xangai (China). No mundo ocidental, poucos modelos foram construídos fora de aeroportos ou parques temáticos - um dos mais famosos é o da Disney, em Orlando, inaugurado em 1971. No Brasil, uma linha particular de monotrilho chegou a ser aberta em Poços de Caldas (MG) há 30 anos, mas está abandonada.

A capital paulista planeja fazer o monotrilho com a maior capacidade já existente no mundo. Atualmente, o recorde é de Tóquio, com cerca de 300 mil passageiros por dia. O da Linha 15-Prata, ramal já em obras que ligará a Vila Prudente a Cidade Tiradentes, na zona leste, terá capacidade para 510 mil passageiros diários - metade do que transportam hoje as linhas Azul e Vermelha do metrô, para efeito de comparação. A capital paulista deverá ganhar dois outros ramais do modal: a Linha 17-Ouro, ligando Jabaquara ao Morumbi, que também está em obras, e a Linha 18-Bronze, que passará por cidades do ABC Paulista como São Bernardo e Santo André, prevista para 2015.

Especialistas em transportes discutem as razões alardeadas pelo governo para adotar o modal: preço mais barato que o metrô e execução mais rápida. "O metrô é a única solução. Ele não é caro nem é demorado. O monotrilho pode custar metade do preço do metrô, mas, se transportar um quarto dos passageiros, significa que o metrô tem benefício duas vezes maior", afirma o especialista em transportes Sérgio Ejzenberg.

Já Luis Ramos, diretor de comunicação da Bombardier - empresa que está construindo os monotrilhos - na América Latina, afirma que a capacidade entre os dois sistemas é similar.

Para ele, a questão estética não é problema e não deve causar os problemas de outro elevado famoso na cidade, o Minhocão, cujas marquises viraram abrigo para moradores de rua. "No caso do monotrilho, não teremos marquise. A parte superior será vazada e o piso abaixo da linha será usado como ciclovia." / R. B. e O. B.



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sábado, 10 de novembro de 2012

Metrô SP avaliará pedidos para mudar traçado da Linha 18

09/11/2012 - Diário do Grande ABC

Durante a audiência pública para debater a implantação da Linha 18-Bronze do Metrô, que ligará a Capital ao Grande ABC por meio de monotrilho, moradores de São Bernardo - cidade que terá o maior número de estações -, reivindicaram mudanças no traçado do modal, sugerindo que o trecho previsto para a Avenida Aldino Pinotti seja realocado para a Pereira Barreto. O evento ocorreu ontem, na Acisbec (Associação Comercial e Industrial de São Bernardo).

O coordenador de projeto civil do Metrô, Alfredo Nery, disse que a companhia irá estudar os pedidos dos munícipes, mas não garantiu se haverá mudança no projeto inicial. "Essa alteração possui uma séria de implicações de custo e implementação, que já estão sendo analisadas por nossa área de planejamento."

A alegação dada pelo grupo São Bernardo Melhor, formado por cerca de 3.000 moradores de condomínios na Aldino Pinotti, é que a Avenida Pereira Barreto possui maior movimentação de pessoas e grande número de estabelecimentos comerciais, por isso, seria mais viável a passagem do monotrilho por ali. Eles também afirma que o traçado previsto passaria por um olho d'água (aparecimento de água por afloramento do lençol freático), o que seria proibido pelo Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente).

"As sugestões de mudanças vieram depois da elaboração do Eia/Rima (Estudo e Relatório de Impacto Ambiental). Se elas forem efetivadas, será uma revisão pontual do que já está pré-projetado. Tudo pode acontecer ainda", explicou Nery.


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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Arte em movimento no monotrilho

06/11/2012 - Revista Época

O artista plástico JP Ferreira vai expor sua arte nas alturas, viajando a 36 km/h

Por Jorge de Oliveira

O monotrilho da Zona Leste (linha 15 – Prata do metrô, extensão da linha 2 – Verde), além de ser o único no mundo de alta capacidade e trazer tecnologia aeronáutica, também terá outra novidade: os carros serão estampados com um design colorido. João Paulo Ferreira, vencedor do concurso "Tá Pintando um Novo Metrô", poderá ver nesta terça-feira (06/11) o primeiro carro já decorado com o novo design. O veículo pode ser vista até quinta-feira na feira Negócio nos Trilhos, no pavilhão vermelho da Expo Center. JP receberá seu prêmio das mãos do secretário estadual dos transportes metropolitanos, Jurandir Fernandes, e de André Guyvarch, presidente da fabricante Bombardier Brasil.

João Paulo Possos Ferreira, ou simplesmente JP, como é mais conhecido, tem 21 anos e é dono de um ateliê na Granja Viana. Vencer o concurso do monotrilho não foi sua primeira conquista. Ele já havia sido um dos artistas convidados para desenhar os orelhões da Avenida Paulista, na intervenção Call Parade. Sua obra-orelhão leva o sugestivo nome "Sem Sentido", e fica próxima ao MASP. Já é possível identificar nela a profusão explosiva de cores e formas que, misturadas, compõem seu estilo. JP ficou sabendo do concurso do monotrilho por meio de amigos, e não esperava ganhar. "Fiz uma coisa rápida, com canetinha e papel, em duas horas estava tudo pronto", diz. Fazer projetos não é com ele, o negócio mesmo é "deixar a coisa fluir". No caso do monotrilho, a arte foi concebida com um olho lá na frente, para que pudesse ser contemplada a 15 metros de altura e 36 km/h. "Sempre usei cores fortes. Quero ver São Paulo mais colorida, não cinza como ela é", afirma.

Depois de pronta a arte, JP tirou uma foto e enviou para o hotsite do concurso promovido pelo metrô. A campanha contou com grande divulgação, inclusive através de cartazes dentro dos trens. Do dia 15 de agosto a 3 de setembro, 2.725 projetos para o monotrilho foram enviados. De 4 a 10 de setembro, uma comissão técnica escolheu as 20 melhores propostas, que foram submetidas à votação popular, disponível no hotsite de 11 a 27 de setembro. No dia 28, JP soube que havia ganho o concurso. "Nunca imaginei que veríamos arte estampada no metrô, onde milhões de pessoas passam. A sensação vai ser única", diz.

Ainda existe um impasse sobre a quantidade de carros que será adesivada com a ilustração. A arte de JP certamente estará nos primeiros e últimos carros dos 54 trens que vão circular na linha, mas é possível que esteja em todos. Independente desse número, o artista plástico já se diz realizado por ter seu trabalho exposto de maneira tão inusitada. Sua vontade é inspirar passageiros e pedestres a também fazerem arte e a olharem a cidade de uma forma diferente, mais descontraída. A expectativa é ambiciosa: "Quero mudar São Paulo, espero que os artistas estejam comigo".

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Monotrilho de SP terá até borracheiro

05/11/2012 - Diário do Comércio

Segundo informações da empresa, cada unidade do monotrilho paulistano terá quatro pneus.

Por Ivan Ventura

A primeira composição do monotrilho de São Paulo está em produção na fábrica da franco-canadense Bombardier, instalada em Hortolândia, região de Campinas. - Newton Santos/Hype

Mais do que um novo modelo de transporte público em São Paulo, o monotrilho do consórcio Expresso Leste (Linha 15-Prata, do Metrô) será o ponto de partida para uma profissão até hoje impensável na lista de funcionários responsáveis pela manutenção de uma composição.

Com o início da operação do novo sistema, previsto para início de 2013, a Companhia do Metrô passará usar indispensáveis serviços de um... borracheiro.

Esse profissional será responsável pela manutenção dos pneus que conduzirão o monotrilho ou Veículo Leve sobre Trilho (VLT) de 86 metros de comprimento pelos pilares do Expresso Leste, do Metrô, o primeiro do gênero no mundo para a alta capacidade (acima de 40 mil passageiros/hora).

Modelo - A necessidade de borracheiros para cuidar do monotrilho de São Paulo foi revelada na quinta-feira, na Bombardier, empresa franco-canadense responsável pela fabricação do monotrilho. Instalada em Hortolândia (a 115 km da Capital, na região de Campinas), essa unidade será a responsável mundial por monotrilhos que poderão correr o mundo a partir do modelo paulistano.

Segundo informações da empresa, cada unidade do monotrilho paulistano terá quatro pneus. Segundo o Manuel Gonçalves, gerente geral da Bombardier em Hortolândia, os pneus do monotrilho serão fornecidos pela multinacional Michelin e se assemelham aos usados pelos caminhões.

"É muito parecido com o modelo dos caminhões. A diferença é que eles não serão submetidos às ruas ou avenidas esburacadas, mas circularão por vias lisas e com pouco atrito", disse Gonçalves.

Peso - Segundo Gonçalves, o maior teste dos pneus será suportar o peso do grande número de passageiros que passarão pelo sistema. Pelas contas do Metrô, cada composição poderá transportar até mil pessoas, sendo 48 mil por hora/sentido - aproximadamente um milhão de pessoas por dia.

Além dos passageiros, os pneus também deverão suportar a "leve" composição do monotrilho, que pesará pouco mais de 15 toneladas e será movido a eletricidade. Estima-se que o peso do VLT seja 50% mais leve do que uma composição de metrô convencional, por utilizar alumínio vindo da China em vez de outros metais mais pesados. Além disso, composições do metrô, que podem operar sob o solo, são maiores que as do VLT.

Mesmo assim, o peso do monotrilho é grande e só um borracheiro para cuidar da manutenção preventiva dos pneus. "Pela primeira vez, o Metrô terá um borracheiro para fazer a manutenção de um equipamento", brincou Gonçalves.

Garantias - Mas e se, por acaso, estourar um pneu durante uma viagem? O sistema vai parar para que os passageiros possam descer? A Bombardier descartou qualquer risco de paralisação do sistema, caso haja o estouro de pneus durante o transporte de passageiros. "Há uma tecnologia que compensa o esvaziamento de um pneu e permite que a composição siga até a próxima estação", afirmou. Para o diretor de comunicação da Bombardier, Luís Ramos, o risco de acidente no sistema monotrilho, incluindo os pneus, está descartado.

Preto e branco - Segundo a empresa, o primeiro carro do monotrilho paulistano deve ficar pronto até o fim do ano, sendo que a composição completa será entregue no início de 2013. Basicamente, as composições do monotrilho serão pintadas de preto e branco, com alguns detalhes que só serão revelados na próxima terça-feira. "O carro foi escolhido a partir de um concurso promovido pelo Metrô e será uma surpresa", disse Ramos.

Etapas - A operação do monotrilho de São Paulo vai obedecer a um cronograma com três etapas. A primeira, prevista para 2013, vai ligar Vila Prudente à estação Oratório, com 2,9 km. A segunda etapa, em 2014, ligará a estação Oratório a São Mateus, com 10 km. Finalmente, em 2016, o monotrilho deverá chegar a Cidade Tiradentes, com mais 11 km de trilhos.



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São Caetano pleiteia mudança de localização das estações do Metrô no ABC

07/11/2012 - Repórter Diário

Durante a audiência, detalhes do projeto da Linha-18 foram apresentados

A audiência pública realizada nesta terça-feira (06/10) para apresentação de estudo preliminar de impacto ambiental e de detalhes do projeto da linha 18-Bronze, que ligará a região do ABC à capital paulista, foi marcada por manifestações da prefeitura de São Caetano e do Instituto Mauá de Tecnologia, que pleiteiam mudanças na localização das futuras estações Mauá e Goiás.

Fábio Sampaio Bordin, superintendente de Planejamento e Desenvolvimento do Instituto Mauá de Tecnologia, fez uso da tribuna para lembrar das discussões da instituição junto à entidade responsável pela obra, por conta da fixação da estação Mauá na região das avenidas Guido Aliberti e Estrada das Lágrimas, na divisa entre São Caetano e São Bernardo, local de trânsito intenso. "A localização da estação Mauá projetada em frente à universidade pode aumentar o tráfego consideravelmente, pois está fixada em região que é pouco estudada. Esperamos que esse projeto seja amadurecido", disse Bordin. A sugestão é que a estação seja construída entre as ruas José Salustiano Santana e Capivari.

Iliomar Darronqui, secretário de Mobilidade Urbana de São Caetano, também lembrou das tratativas junto ao Metrô e endossou a sugestão de Bordin, incluindo a expectativa de mudanças na futura estação Goiás. "A Avenida Almirante Delamare com a Guido Aliberti é uma das principais saídas de São Caetano para São Paulo. A nossa sugestão é que a estação Goiás fique entre a rua Professora Maria Macedo e a avenida Guido Aliberti, perto da estação rodoferrovirária", apontou.

Durante a audiência realizada no CEU Meninos, em São João Clímaco, na capital, detalhes do projeto da Linha-18 e do Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), desenvolvido pela empresa Walm Engenharia e Tecnologia Ambiental, foram apresentados.

O Metrô informou que o estudo preliminar está na primeira fase de licenciamento ambiental pela Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) e que seguirá, posteriormente, para análise do Consema (Conselho Estadual do Meio Ambiente), para então obter licença prévia.

Impacto ambiental

O EIA/RIMA apontou a existência de 59 áreas possivelmente contaminadas. Duas receberam destaque: a região onde será construído o pátio Tamanduateí, nas proximidades da Estação Tamanduateí, onde se localizam as Indústrias Matarazzo, e uma área na proximidade da futura Estação Alvarenga.

Duas áreas com riscos de alagamentos também foram identificadas. A primeira, próximo à futura estação Goiás. A segunda, entre as futuras estações Café Filho e Capitão, nas proximidades da Av. Presidente Café Filho, em São Bernardo.

De acordo com o estudo, 1382 espécies arbóreas localizadas no trajeto da linha foram cadastradas, além de 33 espécies de aves que, de acordo com o estudo, não serão afetadas diretamente pelo empreendimento.

O documento ainda revela que 62% da área diretamente afetada pela construção do monotrilho ficam em locais desocupados ou ocupados por indústrias; 13% são ocupados por comércio, 16% por residências populares e 9% por residências de padrão médio. Ainda não é possível listar os locais que precisarão ser desapropriados.

No ABC, há cópias do EIA/RIMA para consulta, até o dia 13 de novembro, no Conselho Municipal de Política Urbana, em Santo André, na Biblioteca Pública Municipal Monteiro Lobato, em São Bernardo e no Terminal Rodoviário Nicolau Delic, em São Caetano.

A segunda audiência está marcada para a próxima quinta-feira (8), às 17h, na Associação Comercial e Industrial de São Bernardo (Rua do Imperador, 14, Nova Petrópolis).

O projeto

A primeira fase da linha 18-Bronze seguirá da Estação Tamanduateí (Linha 2-Verde) até o Paço Municipal de São Bernardo. Com 14 km de extensão e 12 estações, o projeto ainda contará com a construção de dois pátios de estacionamento-manutenção (um na região do Tamanduateí e outro, no Alvarenga). Cada trem terá 75 metros de comprimento, com capacidade para transportar 840 passageiros. A expectativa é que de a demanda atinja 340 mil passageiros, em 2030.

Com início das obras previsto para 2013, o projeto foi escolhido em abril deste ano como uma das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) de Mobilidade Urbana. O projeto tem valor total de mais de R$ 4 bilhões, sendo que cerca de R$ 1,2 bilhão serão financiados pela Caixa Econômica Federal e mais R$ 400 milhões serão provenientes do Orçamento Geral da União. A contrapartida do Estado será de mais de R$ 2,3 bilhões.

O trajeto total será de 20 km, que deverão ser percorridos em 35 minutos. Estão previstas 18 estações, que atenderão aos bairros Jardim São Caetano e Mauá, em São Caetano; Vila Palmares, Sacadura Cabral, Vila Scarpelli e Jardim Bom Pastor, em Santo André, e Baeta Neves, Centro, Ferrazópolis e Alvarenga, em São Bernardo.

A Linha 18-Bronze terá integração nos dois terminais de São Bernardo, no terminal Ferrazópolis e na Estação Tamanduateí.

(Colaborou Cíntia Alves)



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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Primeiros carros do monotrilho de SP

05/11/2012 - Revista Ferroviária

Dois carros estão sendo produzidos pela Bombardier em Hortolândia

Os primeiros três carros do monotrilho da Linha 15-Prata do Metrô de São Paulo estão prontos na unidade da Bombardier em Kingston, no Canadá, e devem entrar em testes no mês de dezembro. A Bombardier faz parte do consórcio Expresso Monotrilho Leste e é responsável pela fabricação dos 54 trens para o sistema de monotrilho. O primeiro trem está sendo fabricado no Canadá e será testado na pista de testes que a Bombardier tem no país, para depois vir para o Brasil.

A produção também está em andamento no Brasil. Dois carros estão na linha de produção da fábrica de Hortolândia (SP) e devem ficar prontos até o início do ano. Os trens são fabricados em alumínio e circularão sob pneus na via elevada entre a Vila Prudente e a Cidade Tiradentes, na Zona Leste de São Paulo.

A linha de produção brasileira foi apresentada à imprensa na quinta-feira passada (01/11). Na ocasião, o diretor de Comunicação e Relações Institucionais da Bombardier Transportation, Luis Ramos, destacou que o monotrilho da Linha 15 será o primeiro do mundo de alta capacidade, com capacidade para 48 mil pessoas por hora/sentido.

A linha de produção da empresa é em forma de "U". A primeira etapa do processo de fabricação é a montagem das laterais, do estrado e da cobertura da caixa. Depois são instaladas as portas e componentes e os carros seguem para os testes de prova de água. Em seguida, são instalados os equipamentos de tração, freios, energia e refrigeração. A próxima etapa é a instalação dos truques, com os motores, rodas e sistemas de suspensão. Finalizado, os carros passarão por testes estáticos com a avaliação de todo o funcionamento das partes elétricas.

Após os testes estáticos na fábrica, os trens serão avaliados diretamente na via que está sendo construída e terá seu primeiro trecho inaugurado até o final de 2013. A empresa iniciará em dezembro a instalação de parte dos sistemas de sinalização e alimentação elétrica na via.

Segundo o diretor geral da fábrica, Manuel Gonçalves, a meta da empresa é produzir um carro por dia em Hortolândia. Os carros possuem pintura nas cores preta e branca e ganharão um desenho que foi escolhido através de um concurso popular promovido pelo Metrô de São Paulo.

A fábrica de monotrilhos foi inaugurada em abril, na mesma área onde a Bombardier possui uma unidade para reforma de trens de metrô. Foram investidos US$ 15 milhões na nova fábrica que irá atender ao mercado nacional e internacional.



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sábado, 3 de novembro de 2012

Construção da Linha 18 do Metrô exige retirada de quase 1.400 árvores

15/10/2012 - DIário do Grande ABC

O orçamento previsto para a implantação da linha é de R$ 4,1 bilhões, sendo que em abril o governo federal anunciou repasse de R$ 1,7 bilhão para a obra, que deverá ficar pronta no fim de 2016

Fábio Munhoz

A construção do monotrilho da Linha 18-Bronze do Metrô deverá exigir a retirada de 1.382 árvores. As informações constam no Eia/Rima (Estudo e Relatório de Impacto Ambiental) da obra. A quantidade total equivale a quase 70 exemplares suprimidos por quilômetro. O número pode ser modificado depois da conclusão do projeto executivo, prevista para o início do ano que vem. O traçado terá 20 quilômetros e ligará São Bernardo à Estação Tamanduateí do Metrô, na Capital.

Apesar do número elevado, o documento, elaborado pela empresa Walm Engenharia e Tecnologia Ambiental, informa que nenhuma espécie ameaçada de extinção será retirada. "A supressão não apresenta relevância, por serem espécies nativas, exóticas, comuns e usadas com fins paisagísticos", explica o relatório.

Para mitigar o impacto ambiental, a empresa recomenda ao Metrô o replantio de árvores de maior significância ecológica em áreas próximas ao traçado da linha. Como compensação, a sugestão é que seja plantada vegetação no entorno da Biblioteca Monteiro Lobato, no Centro de São Bernardo, e na Praça dos Andarilhos, em São Caetano.

Para o professor do curso de Engenharia Ambiental da Fundação Santo André Murilo Valle, o número de exemplares retirados não é alarmante, já que a vegetação não está concentrada. "No campus da Fundação, por exemplo, tem cerca de 2.000 árvores. Se o desmatamento fosse todo ali, seria algo grave", compara. Valle alerta, no entanto, que o estudo para a compensação tem que ser bem feito, de forma a minimizar o impacto. "Muitas vezes, o poder público tem mania de replantar em locais distantes, na Serra do Mar, por exemplo. Se a supressão foi aqui, tem que recompor aqui."

O advogado ambientalista Virgílio Alcides de Farias avalia que o principal risco é o de aumentar as ocupações nas áreas de mananciais. "Essa é uma obra de infraestrutura que vai atrair novos moradores e induzir ainda mais os loteamentos em locais preservados. O setor imobiliário vai adorar isso", critica.

Outro risco apontado no relatório é o de alteração na qualidade das águas superficiais e de assoreamento dos corpos hídricos em função do uso de produtos químicos durante a obra e, posteriormente, na operação da linha.

Desapropriações

A previsão inicial é que 203 mil metros quadrados de propriedades sejam desapropriados pela obra. As áreas foram divididas em 17 blocos, e não em imóveis individuais. O Eia/Rima aponta que "diversos imóveis passíveis de desapropriação são usados como estacionamentos ou edifícios subutilizados".

Entre os locais que poderão ceder espaço à linha estão parte dos terrenos dos campi da Fundação Santo André e Instituto de Engenharia Mauá, além do estacionamento de um auto shopping no Rudge Ramos, em São Bernardo. O número total de desapropriações pode ser alterado depois da conclusão do projeto executivo. As obras do primeiro lote estão previstas para começar em junho de 2013.

Traçado será acompanhado por ciclovias

Todo o trajeto de 20 quilômetros da Linha 18-Bronze do Metrô será acompanhado longitudinalmente por ciclovias ou ciclofaixas, que ficarão embaixo das estruturas elevadas do monotrilho. As 19 estações terão bicicletários. Nos terminais Tamanduateí e Alvarenga e na Estação Ferrazópolis, as garagens terão capacidade para pelo menos 100 bicicletas.

Nas demais paradas, os bicicletários terão capacidade mínima de 50 bicicletas, além de equipamentos de apoio, como suporte e bombas de ar comprimido.

As estações ficarão a uma distância média de 1.156 metros entre si. As plataformas terão 75 metros, o que equivale ao tamanho do trem, com capacidade para 850 pessoas.

Três pátios para estacionamento e manutenção das composições serão construídos, sendo o principal no Tamanduateí, em área de 49,6 mil metros quadrados. O segundo será na outra extremidade da linha, no cruzamento da Estrada dos Alvarenga com a Avenida Presidente João Café Filho. Em área de 15,4 mil metros quadrados, o local favorecerá a operação no início dos períodos.

Outro estacionamento será anexo à Estação Fundação Santo André, e terá capacidade para três trens enfileirados. O pátio, praticamente no meio do trajeto, será importante para o recolhimento de composições com defeito.

O cronograma prevê que a implantação da primeira fase - entre Tamanduateí e o Paço de São Bernardo - tenha início em junho do ano que vem e termine em dezembro de 2015. A segunda etapa deve ser implantada entre maio de 2015 e dezembro de 2016.

O monotrilho passará também por Santo André e São Caetano, mas a maior demanda virá de São Bernardo. Dos 340 mil passageiros esperados para embarcar na linha diariamente, 189,7 mil deverão sair da cidade, o equivalente a 55,8% do total. Cerca de 38,3% virão de integração com o Metrô em São Paulo. As estações com maior demanda deverão ser Ferrazópolis, Alvarenga e Afonsina.

Construção irá gerar 3.000 empregos; para operação, serão 1.500 postos

Cerca de 3.000 empregos serão criados durante a construção da Linha 18-Bronze do Metrô, entre funcionários diretos e terceirizados. Para a operação, a mão-de-obra necessária será de 1.500 trabalhadores, aproximadamente. Estão incluídos funcionários da área técnica, administrativos, manutenção, limpeza e vigilância.

O orçamento previsto para a implantação da linha é de R$ 4,1 bilhões, sendo que em abril o governo federal anunciou repasse de R$ 1,7 bilhão para a obra, que deverá ficar pronta no fim de 2016. No mês que vem, o Metrô definirá o modelo da PPP (Parceria Público-Privada) para construção do monotrilho. Quatro empresas e consórcios enviaram propostas técnicas e aguardam definição.

Antes da escolha do traçado em direção ao Tamanduateí pelas avenidas Faria Lima, Lauro Gomes, Guido Aliberti e Presidente Wilson, foram estudados outros percursos. Entre as possibilidades estava a de a linha se conectar ao Metrô subterrâneo nas estações São Judas (Linha 1-Azul) e Sacomã (Linha 2-Verde). Os itinerários, no entanto, não iriam atender aos municípios de Santo André e São Caetano.

Fonte: Do Diário do Grande ABC

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Aeroporto de Guarulhos terá monotrilho

31/10/2012 - Tempo Real

A concessionária responsável pela administração do aeroporto internacional de Guarulhos, planeja construir um monotrilho para viabilizar o transporte dentro do complexo aeroportuário sem que nenhum passageiro precise gastar mais de dez minutos entre uma e outra parada. O sistema elevado sobre trilhos, que tem uma estimativa preliminar de custo de US$ 40 milhões, deve estar em operação até 2016.
De acordo com Antônio Miguel Marques, presidente da concessionária, o planejamento foi feito com paradas interligando os dois terminais de passageiros existentes (T1 e T2), o novo terminal em construção (T3) e o terminal remoto (T4) que está a dois quilômetros da estrutura principal. Tem ainda extensões previstas para a área reservada a um centro de convenções e para o setor que abrigará futuras estações da CPTM e do trem de alta velocidade Rio-São Paulo-Campinas.

"É um projeto factível, mas intimamente ligado à chegada do sistema ferroviário ao aeroporto", afirmou Marques, reconhecendo que as distâncias entre cada um desses pontos são difíceis de vencer a pé, o que indica a necessidade do monotrilho. Segundo ele, a população permanente do aeroporto (basicamente funcionários) é de 30 mil pessoas e deve chegar a 50 mil com a plena operação do TPS3 e do novo terminal de cargas, o que reforça essa necessidade. A população flutuante (passageiros e acompanhantes) já alcança 300 mil pessoas por dia, completa Marques.

O governo estadual promete desengavetar, a partir do ano que vem, um ramal de 11,5 quilômetros da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). É a chamada Linha 13-Jade, tem capacidade prevista para 120 mil passageiros por dia e ligação prevista com a estação Engenheiro Goulart, na zona leste de São Paulo. Paralelamente, o governo federal pretende colocar um trem-bala em operação até 2020, com paradas nos aeroportos de Viracopos, de Guarulhos e do Galeão.

Empenhado em desfazer a impressão de que a Invepar fez uma proposta ousada demais pela concessão de Guarulhos, com um desembolso anual de aproximadamente R$ 800 milhões em outorga à União, Marques insiste na atratividade do plano comercial da concessionária, elaborado pela austríaca ACV. Hoje a receita do maior aeroporto do país fica perto de R$ 1 bilhão por ano. "Achamos possível quadruplicar esse valor no horizonte de dez anos."

A concessionária, liderada pela Invepar e com participação minoritária da sul-africana ACSA, anunciou recentemente o projeto de instalação de dois hotéis no novo T3. Um deles ficará no espaço alfandegado do aeroporto, dedicado a passageiros em conexão, que não precisam sair da área de embarque para se hospedar. Outro será na área externa.

Agora, o executivo diz que já iniciou as tratativas para viabilizar dois outros hotéis, dentro da área de concessão do aeroporto: um três estrelas no novo terminal de cargas e mais um cinco estrelas, que estará ao lado de um centro de convenções. Para atrair investidores, no entanto, Marques está convencido de que precisa oferecer um prazo de exploração entre 25 e 30 anos para eventuais interessados. O problema é que esse prazo supera o período de concessão do aeroporto em si, que é de 20 anos. Para resolver o que ele considera uma trava, pediu ao governo que aceite um compromisso de honrar - após o término da concessão - o contrato com esses investidores.

Por enquanto, a Infraero ainda gere o aeroporto e toma as decisões, com acompanhamento da nova concessionária privada. A partir de 14 de novembro, os papéis de invertem, às vésperas de um feriado que juntará a Proclamação da República com o Dia da Consciência Negra. A concessionária preparou um "plano de contingência" para o feriadão, que se estenderá até o fim das férias escolares, incluindo o Natal e o Ano Novo. "Haverá reforço de pessoal e de equipamentos."

Uma novidade, além da anunciada troca na sinalização visual dos terminais, será a dispensa de leitura ótica dos cartões para permitir o acesso dos passageiros às áreas de embarque. Parece um detalhe, segundo ele, mas são segundos adicionais que podem se transformar em longas filas quando o aeroporto está cheio.

A concessionária fechou com Maria Fernanda Coelho, ex-presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), para cuidar da parte de relações institucionais. Maria Fernanda, que esteve à frente do banco estatal durante o segundo mandato do ex-presidente Lula, passou um período na Venezuela, onde participava da Gran Misión Vivienda, versão chavista do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.

A nova concessionária de Guarulhos tem participação privada majoritária (51%) e uma fatia da Infraero (49%). Do lado privado, a Invepar tem 90% do capital, enquanto a operadora sul-africana ACSA detém 10%. Ela opera aeroportos como o de Joanesburgo e o de Mumbai (Índia). O grupo ofereceu outorga de R$ 16,2 bilhões, no leilão de 6 de fevereiro, com ágio de 373%, um valor considerado inviável pelos demais concorrentes.


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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Monotrilho que será usado em São Paulo tem tecnologia de avião

01/11/2012 - G1, Luciano

Meio de transporte está sendo produzido em Hortolândia pela Bombardier. Previsão é que ele comece a operar entre o fim de 2013 e início de 2014

O monotrilho que começa a operar na Linha 15-Prata do Metrô em São Paulo, entre o final de 2013 e início de 2014, está sendo construído em Hortolândia (SP) com tecnologia usada em aviões. A composição terá capacidade de percorrer os 24 quilômetros do trecho total entre a Vila Prudente e a Cidade Tiradentes em 50 minutos, contra as atuais 2 horas. Na primeira etapa, os carros vão circular entre a Vila Prudente e a Oratório, em um percurso de dois quilômetros. O trecho completo só estará operando em 2016.

De acordo com o diretor geral da empresa canadense Bombardier Transportation, Manoel Gonçalves, para reduzir o peso do carro e alcançar a capacidade similar do metrô de 48 mil passageiros por hora, foi preciso usar a mesma estrutura de alumínio das aeronaves, para que fiquem leves.

"Com isso, reduzimos o peso em até 30%. Foi otimização máxima de peso", explica Gonçalves, sobre a tecnologia canadense utilizada na produção dos carros no Brasil.

Com a redução do peso, a composição atinge até 80 km/h. Rodando em pneus de borracha, a velocidade será praticamente mantida mesmo em dias de chuva, segundo os técnicos da empresa.

A expectativa é que uma composição passe por cada uma das 17 estações a cada 75 segundos.Como na Linha 4 do Metrô, o monotrilho utiliza energia elétrica, mas em caso de falta de abastecimento, uma bateria permitirá que a composição chegue até a próxima estação.

Mesmo assim, se uma das composições parar por algum motivo, outro monotrilho pode rebocá-lo. Os passageiros podem ser retirados dos carros por uma espécie de passarela que há nos trilhos. "São nulas as chances de acidente com este tipo de transporte", afirma o diretor de comunicação da Bombardier, Luís Ramos.

O monotrilho é totalmente automatizado e funciona sem piloto. Tudo é controlado por uma central de monitoramento.

Interno
A parte interna do monotrilho é semelhante ao do metrô. Cada carro terá capacidade para 147 passageiros, mas serão 15 bancos disponíveis. De acordo com a empresa canadense, o carro foi projetado para até oito pessoas por metrô quadrado, mas deve operar com seis.
As portas funcionarão como as do metrô, com abertura automática e largura de 1,60 metro.

Antes de rodar na capital, o monotrilho passará por testes em um trilho no Canadá, com características semelhantes as da capital paulista. O valor da tarifa será igual ao do metrô, e será válido o Bilhete Único. Na próxima semana a Bombardier vai demonstrar o carro completo com pintura e parte interna pronta na Negócios nos Trilhos, uma feira do setor entre os dias 6 e 8 de novembro no Pavilhão Vermelho do Expo Center Norte, na Vila Guilherme, em São Paulo.

Produção
A Bombardier Transportation abriu a fábrica em Hortolândia (SP) em abril com 250 funcionários e investimento de US$ R$ 15 milhões. A expectativa é produzir 371 carros, sendo um por dia, quando a capacidade total da fábrica for atingida. A multinacional canadense informou que até o momento, apenas São Paulo utilizará os carros produzidos no interior paulista, mas cidades como Belo Horizonte (MG) e Recife (PE) estariam interessadas.

O monotrilho é até 60% mais barato para sem implantado do que o metrô convencional e tem a vantagem de não fazer barulho.




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domingo, 21 de outubro de 2012

São Paulo terá cinco linhas de metrô e monotrilho em construção em 2013

21/10/2012 - Metrô de SP

Projeto de Lei 554/2012, aprovado na Assembleia Legislativa na última terça-feira (16/10), autoriza empréstimo de R$ 1,95 bilhão de verbas federais para a Linha 5-Lilás

A partir de 2013, com o início das obras de expansão da Linha 2-Verde em direção a Guarulhos chega-se a um fato inédito na cidade de São Paulo: cinco linhas de metrô e monotrilho em construção simultânea. As obras em realização são o prolongamento da Linha 5-Lilás (Largo Treze-Chácara Klabin), a segunda fase da Linha 4-Amarela (Vila Sônia-Luz) e a construção dos monotrilhos da Linha 15-Prata (Vila Prudente-Hospital Cidade Tiradentes) e da Linha 17-Ouro (que terá ligação com o aeroporto de Congonhas).

Hoje, São Paulo conta com uma malha metroviária de 74,3 quilômetros e até 2014 deverá ultrapassar 100 km de extensão. No início de 2013 está prevista a licitação de mais duas obras: a Linha 6 - Laranja (Brasilândia-São Joaquim), de metrô convencional, e a Linha-18 Bronze (Tamanduateí-ABC), com monotrilho.

Publicado o Edital para expansão da Linha 2

Conforme anúncio realizado na últma segunda-feira (15/10) pelo governador Geraldo Alckmin e pelo secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, foi publicado nesta quarta-feira o edital de licitação para as obras de expansão da Linha 2-Verde (que funciona atualmente entre Vila Madalena e Vila Prudente) de Vila Prudente a Dutra.

Após a publicação do edital, as empresas interessadas deverão apresentar propostas no dia 23/11 em Sessão Pública de Recebimento e Abertura. E depois da análise das propostas, a Companhia do Metrô divulgará o vencedor.

O novo trecho da Linha 2 terá 13,5 km de extensão e 12 estações: Orfanato, Água Rasa, Anália Franco, Vila Formosa, Guilherme Giorgi, Nova Manchester, Aricanduva, Penha, Penha de França, Tiquatira, Paulo Freire e Dutra. Com o prolongamento, a Linha 2-Verde terá interligação com a Linha 3-Vermelha do Metrô, na estação Penha, e com a futura Linha 6-Laranja de metrô (na estação Anália Franco) e também com três linhas da CPTM: 11-Coral, na estação Penha, 12-Safira e a futura 13-Jade, na estação Tiquatira.

Autorizado empréstimo para obras da Linha 5

A Assembleia Legislativa aprovou na última terça-feira (16/10) o Projeto de Lei 554/2012, de autoria do governador Geraldo Alckmin, que autoriza a Companhia do Metrô a contratar empréstimo junto a instituições financeiras federais no valor de R$ 1,95 bilhão.

O recurso será utilizado no prolongamento já em obras da Linha 5-Lilás, da Estação Largo Treze, em Santo Amaro, até a Estação Chácara Klabin (local de integração com a Linha 2), passando pela estação Santa Cruz (integração com a Linha 1). Com a conclusão dessas obras, em 2015, a Linha 5 terá 19,9 km de extensão e 17 estações, com estimativa de atender 770 mil passageiros diários.

A Linha 5 contará, futuramente, com mais uma ampliação já prevista: da estação Capão Redondo até o bairro de Jardim Ângela. O novo trecho prevê 3,7 quilômetros de extensão e três estações: Parque Santo Dias, São José e Jardim Ângela.

Fonte: Metrô de São Paulo


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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Em São Paulo, Itaim Bibi terá metrô e monotrilho

17/10/2012 - Folha de S. Paulo

A linha 17-ouro, que vai conectar, por meio de um monotrilho, o aeroporto de Congonhas ao Morumbi, passará pelo Itaim Bibi, na altura da avenida Roberto Marinho

Na estação Água Espraiada, o monotrilho fará conexão com o prolongamento da linha 5-lilás, que será subterrânea.

Atualmente, o Itaim Bibi não possui nenhuma estação de metrô: apenas duas estações de trem da CPTM (Vila Olímpia e Berrini) e 92 linhas de ônibus, segundo informações da SPTrans.


Editoria de Arte/Folhapres

Monotrilho da linha 17-ouro do metrô

Quanto estiver pronta, a linha 17-ouro terá cerca de 18 km de extensão e 18 estações. Na primeira etapa das obras, o monotrilho sairá do aeroporto de Congonhas, passará pela avenida Roberto Marinho e irá até a estação Morumbi da linha 9-esmeralda da CPTM. No segundo trecho, o monotrilho cruzará o rio Pinheiros, passando pela Vila Andrade até chegar ao Estádio do Morumbi.

Segundo o Metrô, a linha deverá atender cerca de 252 mil pessoas por dia, e deve começar a operar a partir de 2015.

O investimento será de cerca de R$ 3,2 bilhões, com recursos provenientes dos governos do Estado, do município e empréstimo do governo federal (Caixa e BNDES).

Já o prolongamento da linha 5-lilás tem custo estimado de R$ 6,9 bilhões e deve ficar pronto em 2015.


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terça-feira, 16 de outubro de 2012

Construção da Linha 18 do Metrô exige retirada de quase 1.400 árvores

15/10/2012 - Diário do Grande ABC

O orçamento previsto para a implantação da linha é de R$ 4,1 bilhões, sendo que em abril o governo federal anunciou repasse de R$ 1,7 bilhão para a obra, que deverá ficar pronta no fim de 2016

Por Fábio Munhoz

A construção do monotrilho da Linha 18-Bronze do Metrô deverá exigir a retirada de 1.382 árvores. As informações constam no Eia/Rima (Estudo e Relatório de Impacto Ambiental) da obra. A quantidade total equivale a quase 70 exemplares suprimidos por quilômetro. O número pode ser modificado depois da conclusão do projeto executivo, prevista para o início do ano que vem. O traçado terá 20 quilômetros e ligará São Bernardo à Estação Tamanduateí do Metrô, na Capital.

Apesar do número elevado, o documento, elaborado pela empresa Walm Engenharia e Tecnologia Ambiental, informa que nenhuma espécie ameaçada de extinção será retirada. "A supressão não apresenta relevância, por serem espécies nativas, exóticas, comuns e usadas com fins paisagísticos", explica o relatório.

Para mitigar o impacto ambiental, a empresa recomenda ao Metrô o replantio de árvores de maior significância ecológica em áreas próximas ao traçado da linha. Como compensação, a sugestão é que seja plantada vegetação no entorno da Biblioteca Monteiro Lobato, no Centro de São Bernardo, e na Praça dos Andarilhos, em São Caetano.

Para o professor do curso de Engenharia Ambiental da Fundação Santo André Murilo Valle, o número de exemplares retirados não é alarmante, já que a vegetação não está concentrada. "No campus da Fundação, por exemplo, tem cerca de 2.000 árvores. Se o desmatamento fosse todo ali, seria algo grave", compara. Valle alerta, no entanto, que o estudo para a compensação tem que ser bem feito, de forma a minimizar o impacto. "Muitas vezes, o poder público tem mania de replantar em locais distantes, na Serra do Mar, por exemplo. Se a supressão foi aqui, tem que recompor aqui."

O advogado ambientalista Virgílio Alcides de Farias avalia que o principal risco é o de aumentar as ocupações nas áreas de mananciais. "Essa é uma obra de infraestrutura que vai atrair novos moradores e induzir ainda mais os loteamentos em locais preservados. O setor imobiliário vai adorar isso", critica.

Outro risco apontado no relatório é o de alteração na qualidade das águas superficiais e de assoreamento dos corpos hídricos em função do uso de produtos químicos durante a obra e, posteriormente, na operação da linha.

Desapropriações

A previsão inicial é que 203 mil metros quadrados de propriedades sejam desapropriados pela obra. As áreas foram divididas em 17 blocos, e não em imóveis individuais. O Eia/Rima aponta que "diversos imóveis passíveis de desapropriação são usados como estacionamentos ou edifícios subutilizados".

Entre os locais que poderão ceder espaço à linha estão parte dos terrenos dos campi da Fundação Santo André e Instituto de Engenharia Mauá, além do estacionamento de um auto shopping no Rudge Ramos, em São Bernardo. O número total de desapropriações pode ser alterado depois da conclusão do projeto executivo. As obras do primeiro lote estão previstas para começar em junho de 2013.

Traçado será acompanhado por ciclovias

Todo o trajeto de 20 quilômetros da Linha 18-Bronze do Metrô será acompanhado longitudinalmente por ciclovias ou ciclofaixas, que ficarão embaixo das estruturas elevadas do monotrilho. As 19 estações terão bicicletários. Nos terminais Tamanduateí e Alvarenga e na Estação Ferrazópolis, as garagens terão capacidade para pelo menos 100 bicicletas.

Nas demais paradas, os bicicletários terão capacidade mínima de 50 bicicletas, além de equipamentos de apoio, como suporte e bombas de ar comprimido.

As estações ficarão a uma distância média de 1.156 metros entre si. As plataformas terão 75 metros, o que equivale ao tamanho do trem, com capacidade para 850 pessoas.

Três pátios para estacionamento e manutenção das composições serão construídos, sendo o principal no Tamanduateí, em área de 49,6 mil metros quadrados. O segundo será na outra extremidade da linha, no cruzamento da Estrada dos Alvarenga com a Avenida Presidente João Café Filho. Em área de 15,4 mil metros quadrados, o local favorecerá a operação no início dos períodos.

Outro estacionamento será anexo à Estação Fundação Santo André, e terá capacidade para três trens enfileirados. O pátio, praticamente no meio do trajeto, será importante para o recolhimento de composições com defeito.

O cronograma prevê que a implantação da primeira fase - entre Tamanduateí e o Paço de São Bernardo - tenha início em junho do ano que vem e termine em dezembro de 2015. A segunda etapa deve ser implantada entre maio de 2015 e dezembro de 2016.

O monotrilho passará também por Santo André e São Caetano, mas a maior demanda virá de São Bernardo. Dos 340 mil passageiros esperados para embarcar na linha diariamente, 189,7 mil deverão sair da cidade, o equivalente a 55,8% do total. Cerca de 38,3% virão de integração com o Metrô em São Paulo. As estações com maior demanda deverão ser Ferrazópolis, Alvarenga e Afonsina.

Construção irá gerar 3.000 empregos; para operação, serão 1.500 postos

Cerca de 3.000 empregos serão criados durante a construção da Linha 18-Bronze do Metrô, entre funcionários diretos e terceirizados. Para a operação, a mão-de-obra necessária será de 1.500 trabalhadores, aproximadamente. Estão incluídos funcionários da área técnica, administrativos, manutenção, limpeza e vigilância.

O orçamento previsto para a implantação da linha é de R$ 4,1 bilhões, sendo que em abril o governo federal anunciou repasse de R$ 1,7 bilhão para a obra, que deverá ficar pronta no fim de 2016. No mês que vem, o Metrô definirá o modelo da PPP (Parceria Público-Privada) para construção do monotrilho. Quatro empresas e consórcios enviaram propostas técnicas e aguardam definição.

Antes da escolha do traçado em direção ao Tamanduateí pelas avenidas Faria Lima, Lauro Gomes, Guido Aliberti e Presidente Wilson, foram estudados outros percursos. Entre as possibilidades estava a de a linha se conectar ao Metrô subterrâneo nas estações São Judas (Linha 1-Azul) e Sacomã (Linha 2-Verde). Os itinerários, no entanto, não iriam atender aos municípios de Santo André e São Caetano.



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