quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Após reunião em Brasília, SP e Manaus ficam sem obras de mobilidade para Copa de 2014

20/12/2012 - UOL, Vinicius Konchinski e Aiuri Rebello

O governo federal definiu que São Paulo e Manaus não terão nenhuma obra de mobilidade urbana para a Copa do Mundo de 2014, ao contrário do anunciado inicialmente

A decisão foi tomada durante reunião do Gecopa (Grupo Executivo da Copa) nesta quarta-feira, em Brasília. Foram retirados da Matriz de Responsabilidades as duas obras de mobilidade urbana previstas em Manaus e a única obra prevista em São Paulo para até o início do Mundial, em junho de 2014. A Matriz é o documento firmado por União, Estados e cidades-sede que traz as obras que devem ser executadas para o torneio.

A decisão deve ser publicada no Diário Oficial da União na próxima semana. A reunião deliberou também sobre outros pontos do documento que devem ser revisados, mas não foram divulgados.

Em Manaus, foi retirado da Matriz o monotrilho, obra orçada em R$ 1,3 bilhão. De acordo com o último relatório do TCU (Tribunal de Contas da União), divulgado no início de novembro, o projeto ainda não havia saído do papel. Em Manaus, também foi retirado da matriz o corredor para tráfego exclusivo de ônibus, chamado BRT. A obra, de R$ 290 milhões, também não começou, de acordo com o último relatório do TCU.

Tragédia anunciada
Em São Paulo, foi retirada da Matriz a obra da Linha 17-Ouro do Metrô, o monotrilho que fará a ligação entre o aeroporto de Congonhas e a rede de trens metropolitanos da capital paulista. A obra, orçada em R$ 1,8 bilhão, sofreu atrasos e não ficará pronta a tempo do Mundial. De acordo com o governo paulista, a previsão de entrega da primeira parte da obra é até o final de 2014.

No dia 28 de novembro, o UOL Esporte revelou que o governo de São Paulo havia formalizado pedido para a retirada do monotrilho da Matriz. Já no dia 14 do mesmo mês, oUOL Esporte também revelou que as duas obras de mobilidade urbana em Manaus também seriam retiradas da Matriz.

Manobra por financiamento
A retirada é uma manobra dos governos estaduais para as obras não ficarem sem financiamento da União. As obras de mobilidade urbana nas 12 cidades-sede da Copa de 2014 que constam na Matriz de Responsabilidades possuem uma linha de crédito especial da Caixa Econômica Federal. A Matriz prevê que apenas recebam os recursos da Caixa obras que ficarão prontas até o início do Mundial.

Com a retirada da Matriz, os governos paulista e amazonense podem pedir outra linha de financiamento ao Ministério do Planejamento. De acordo com a pasta, as obras podem ser financiadas com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Mobilidade.

De acordo com o governo do Amazonas, a União continuará a financiar, por meio do PAC, o monotrilho de Manaus, além de R$ 200 milhões dos R$ 290 milhões de custo do BRT na cidade. O governo de São Paulo informa que também não pretende perder o financiamento de R$ 1 bilhão do governo federal para o monotrilho, e por isso pediu a retirada do projeto da Matriz.

Sucessão de atrasos
No dia 28 de setembro, o governo federal confirmou que a construção do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) de Brasília, outra das cidades-sede, havia sido retirado da Matriz a pedido do governo do Distrito Federal, já que também não ficaria pronto para o mundial. O VLT ligaria o aeroporto da capital ao Terminal da Asa Sul.

A obra, que seria entregue em janeiro de 2014, não tem data para terminar. Do custo estimado de R$ 276,9 milhões, a obra teria um financiamento de R$ 263 milhões da Caixa. Agora, os recursos irão sair do PAC Mobilidade, de acordo com o Ministério do Planejamento.

Também foi retirado do documento o Corredor Expresso Norte-Sul em Fortaleza, um dos sete projetos da área de transporte urbano da cidade previstos inicialmente para o Mundial. A construção de corredores de ônibus BRT (Bus Rapid Transport) em Salvador também foi excluída do planejamento para a Copa. Até agora, cinco projetos de mobilidade urbana previstos em 2010 não ficarão prontos até o início do Mundial. Ao todo, 46 projetos nessa área ainda estão previstos para serem entregues até a Copa de 2014.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Primeiro trem do monotrilho de São Paulo já está em fabricação

Primeiro trem do monotrilho de São Paulo já está em fabricação

12/12/2012 - Editora Pini

Linha 15-Prata terá capacidade para transportar 48 mil passageiros por hora, o maior monotrilho do mundo segundo a Bombardier

Por Carlos Carvalho, da Infraestrutura Urbana

O primeiro trem do monotrilho (veículo semelhante ao metrô, mas de via elevada e que utiliza apenas um trilho) já está sendo fabricado na cidade de Hortolândia, no interior de São Paulo, e, paralelamente, na cidade de Kingston, no Canadá. A composição terá sete vagões, com capacidade para até mil passageiros no total. Os dois primeiros são protótipos fabricados na matriz da canadense Bombardier. Cada trem deve medir, aproximadamente, 85 m de comprimento e 3 m de largura.

Os protótipos devem entrar em fase de testes já em fevereiro de 2013, quando serão colocados em uma linha na própria fábrica para simulação de funcionamento, análises em toda sua rede elétrica e avaliações de desempenho de circulação na via, como aceleração, frenagem e simulação de peso dos passageiros. Todas as 54 composições (378 vagões) devem estar prontas em 2016 e a previsão é de que a primeira esteja pronta em abril do ano que vem.

De acordo com a Bombardier, foi utilizada uma tecnologia da aeronáutica para a produção dos trens, que têm estrutura de alumínio e estrados de aço carbono. Segundo o diretor de comunicação da empresa, Luís Ramos, "essa tecnologia permitiu a redução de peso do veículo de forma significativa, fazendo dele 30% mais leve que os trens convencionais. O peso economizado será compensado com passageiros", diz.

O monotrilho terá capacidade de transportar 48 mil passageiros por hora, nos dois sentidos, a uma velocidade de aproximadamente 40 km/h. Segundo Ramos, atualmente, "o maior monotrilho do mundo, que fica na China, atende a apenas 30 mil passageiros por hora".

Assim como os trens da Linha 4-Amarela do metrô, o monotrilho terá condução automática (sem a utilização de um operador dentro do trem), ar-condicionado e câmeras internas de vigilância.

Com passagem livre entre os veículos, o intervalo médio entre os trens deve ser de 75 segundos. No total, a linha terá 17 estações, entre a Vila Prudente e a Cidade Tiradentes, na Zona Leste da capital paulista, num total de 24,5 km de linha. Há estudos para uma 18ª estação, no bairro Ipiranga, que poderá estender a via para 25,8 km.

De acordo com o metrô, já estão sendo construídos 2,9 km de via entre as estações Vila Prudente e Oratório, com previsão de término das obras para o segundo semestre de 2013. A Linha 15-Prata começa a funcionar a partir do final de 2013 e a previsão é a de que as 17 estações estejam em funcionamento em 2016.

Fonte: Editora PINI

sábado, 8 de dezembro de 2012

Monotrilho de SP perde financiamento de R$ 1 bilhão em recursos da Copa

30/11/2012 - R7

Para entregar monotrilho, governo precisa de R$ 1,085 bilhão emprestado

Orçada em R$ 3,1 bilhões, a linha 17-ouro do Metrô enfrenta mais um problema para ser concluída: falta de dinheiro. O monotrilho que seria construído com recursos da Copa do Mundo 2014 vai perder o montante de R$ 1,082 bilhão e faz o governo do Estado correr em busca de novo financiamento federal para não paralisar a obra.

Incluída na primeira versão da Matriz de Responsabilidade pelo governo de São Paulo como sendo investimento em mobilidade para a Copa do Mundo, tinha previsão de ser concluída antes do Mundial, mas não vai acontecer. Problemas com licenciamento ambiental e desapropriações fizeram os trabalhos tardarem a iniciar, resultando em perda de tempo irreversível: só vai ficar pronta depois da Copa, como admitiu o governador Geraldo Alckmin no começo de novembro.

— A obra [da linha ouro] será entregue no segundo semestre [de 2014].

Dessa forma, não há mais como manter o financiamento federal com os recursos da Copa, sendo que não será concluída a tempo para o Mundial, nem terá impacto direto na chegada dos torcedores ao estádio, em Itaquera. Diante disso, o governo de São Paulo teve que recuar e pedir a retirada da obra da Matriz de Responsabilidade, colocando em risco a conclusão do monotrilho.

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A linha ouro entrou no financiamento porque o governo do Estado previa que o Estádio do Morumbi seria a arena de São Paulo na Copa do Mundo. Com a mudança para a Arena Corinthians, em Itaquera, a exclusão automática deveria ter ocorrido, mas não aconteceu porque Alckmin insistia que seria uma obra da Copa.

Questionado pela reportagem do R7 em setembro, o Comitê Paulista da Copa afirmou que "a premissa [perder o financiamento] era errada", que a linha ouro "cumpre função estratégica" para a cidade e que "a Copa do Mundo não ocorre apenas no estádio".

— É um engano pressupor que a Linha 17-Ouro não deve contar com recursos da Caixa destinados às obras de infraestrutura para a Copa por "não influenciar na chegada de torcedores ao estádio".

Já o Metrô, em nota, diz o contrário do Comitê Paulista.

— Ainda que todos os esforços estejam sendo realizados para que a Linha 17-Ouro possa iniciar sua operação antes da Copa do Mundo, não é uma obra necessária para que o evento ocorra.

Dessa forma, resta ao governo do Estado buscar novo investimento do governo federal. Para buscar esse valor (R$ 1,082 bilhão), São Paulo terá que avaliar seu endividamento, caso esteja perto do teto, não poderá contrair novos recursos e corre o risco de ter a obra paralisada, explica o ministro Valmir Capelo, do TCU.

— Havendo alteração contratual referente aos cronogramas de liberação e pagamento, impactantes em exercícios financeiros distintos dos já avençados poderão existir complicações em nova consulta a ser realizada. Na confirmação dessa hipótese, restará uma obra milionária, inacabada e sem recursos para completá-la.

Para evitar a paralização da obra, o governo de São Paulo vai buscar novo financiamento federal, segundo o Metrô.

— O Governo do Estado de São Paulo pleiteará a manutenção do financiamento federal, por meio de outra linha de crédito, o qual se justifica pela importância da obra para a população da metrópole.

Questionados sobre novos atrasos na obra por causa do refinanciamento, o Metrô descartou novas paralizações.

— A saída da Linha 17-Ouro da "Matriz de Responsabilidades" não altera o cronograma da obra.

Fonte: Danilo Gonçalo, do R7

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Estação do monotrilho ficará em rua próxima ao aeroporto de Congonhas

03/12/2012 - G1 SP

Acesso para passageiros será por meio de túnel. Construção será na Rua Rafael Iório, perto de Avenida Washington Luís.

O governo do Estado de São Paulo definiu que a Linha 17-Ouro, que será em formato de monotrilho e vai cruzar o Morumbi e a Avenida Jornalista Roberto Marinho, chegar até o aeroporto de Congonhas por meio de uma estação na Rua Rafael Iório, quase na esquina com a Avenida Washington Luís.

No local hoje há um quartel do Corpo de Bombeiros. O Metrô informou que vai desapropriar uma parte do terreno que não possui edificações.

Segundo a Infraero, a entrada para esse novo túnel ficará próxima a uma das entradas do estacionamento do aeroporto, que funciona em um prédio anexo.

Com a decisão, fica descartado o projeto inicial do Metrô que consistia na construção de um acesso no próprio saguão de Congonhas. O aeroporto é parcialmente tombado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultual e Ambiental de São Paulo (Conpresp) e as intervenções precisam ser aprovadas.

Obra
A linha 17-Ouro é construída desde março. A Avenida Jornalista Roberto Marinho está parcialmente interditada para a colocação das estruturas. Pilares que darão sustentação ao monotrilho já podem ser vistos ao longo da via.

As primeiras estações estão previstas para ser entregues no segundo semestre de 2014. Quando estiver totalmente concluída, a linha vai ligar a Estação Jabaquara do Metrô à Estação São Paulo-Morumbi, da Linha 4-Amarela.



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Estação do metrô será a 100 m de Congonhas

03/12/2012 - O Estado de São Paulo

Passageiro do monotrilho passará por túnel embaixo de avenida para ir ao aeroporto

Nataly Costa

SÃO PAULO - O governo estadual e a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) definiram o local de uma das estações mais aguardadas da Linha 17-Ouro do Metrô, que será feita em forma de monotrilho: a do Aeroporto de Congonhas. Será construída na Rua Rafael Iório, quase na esquina com a Avenida Washington Luís, na zona sul, mas do lado oposto do aeroporto. O acesso dos passageiros à estação será feito por meio de uma passagem subterrânea de 80 a 100 metros, que será construída sob um túnel já existente ali, o Paulo Autran.

A definição enterra de vez os planos do Metrô de fazer uma estação embaixo do aeroporto, como era previsto inicialmente. Também fica descartada a construção do acesso a partir do saguão principal de Congonhas. Agora, o túnel vai sair de uma área na frente do guarda-volumes do aeroporto, diante de uma das entradas do edifício-garagem, no subsolo. É no mesmo piso onde param os ônibus fretados e onde os passageiros pegam táxi ao desembarcar.

O túnel será semelhante ao que existe na ligação entre as Estações Consolação da Linha 2-Verde e Paulista da Linha 4-Amarela. A ideia em Congonhas é também colocar esteiras rolantes para facilitar a caminhada. O percurso, porém, é bem maior: na Paulista, são cerca de 40 metros de esteira.

No túnel do aeroporto, será pelo menos o dobro. "Isso não é raro. Em outros locais, você anda 300, 400 metros. Cem metros é bastante razoável, tem caminhadas bem maiores. Estamos analisando a necessidade da esteira", disse o secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes. A entrada no túnel vai poder ser feita por escada rolante e elevador.

Pelo menos uma desapropriação é certa para que a estação saia do papel. Parte do terreno do Corpo de Bombeiros, que fica na Rua Rafael Iório, terá de ceder lugar à futura estação. Por enquanto, não há interdições previstas no trânsito da região.

Atraso. As obras da Linha 17-Ouro já estão em andamento desde março e a colocação dos pilares que sustentarão o monotrilho já interditam parcialmente o trânsito da Avenida Jornalista Roberto Marinho. As primeiras estações, porém, só vão ficar prontas no segundo semestre de 2014, depois da Copa. A promessa inicial era que saísse em junho, dias antes do Mundial, mas o governo culpa um atraso de oito meses na obtenção da licença ambiental.

O monotrilho será construído em fases - a estação do aeroporto faz parte do primeiro lote. Neste primeiro trecho, terá oito estações e ligará o aeroporto à Estação Morumbi da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Na segunda fase, cruza o Rio Pinheiros em direção a Paraisópolis e Morumbi.



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