quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Moradores do Morumbi decidem ir à Justiça contra monotrilho

28/10/2010 - Transporte Idéias

Em São Paulo, moradores do Morumbi, na zona oeste da cidade, decidiram entrar com uma ação civil pública com o objetivo de tentar impedir a construção de um monotrilho que irá ligar o bairro ao aeroporto de Congonhas. A informação é do site “eBand”.

De acordo com os moradores, o financiamento de R$ 1,08 bilhão foi conseguido por meio do PAC da Mobilidade Urbana, que financia obras para a Copa do Mundo de 2014. Entretanto, o contrato entre bancos e governos estadual e municipal seria irregular, uma vez que o estádio do Morumbi foi descartado pela Fifa.

As pessoas contrárias à obra argumentam que projeto deverá causar grande intervenção na paisagem urbana por prever estações elevadas. Além disso, os moradores do Morumbi alegam que o custo de implantação será maior do que o inicialmente previsto.

O Metrô, que não foi notificado sobre qualquer ação pública, informa que o projeto é anterior à definição da sede da Copa.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Monotrilho fracassou em Dubai, Las Vegas e Johannesburgo

20/10/2010 - Revista Ferroviária 

Os monotrilhos só geram prejuízo nas cidades onde foram construídos, segundo o pesquisador Adalberto Maluf Filho, do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (USP), que escreve uma tese de mestrado sobre monotrilhos. Maluf, que trabalhou na elaboração de políticas públicas nas secretarias de Relações Internacionais e do Verde e do Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo, afirma que só as empresas que fornecem os trens e os equipamentos ganham com os monotrilhos. A única solução para aumentar a mobilidade na capital paulista passaria necessariamente por um grande investimento em corredores para ônibus rápidos.

Dubai, nos Emirados Árabes, foi o único local que construiu todo o monotrilho como inicialmente projetado. Foram feitas duas linhas, uma de 54 km e outra de 5 km. A maior deveria custar 3,38 bilhões de dólares e transportar 1,2 milhão de pessoas por dia. No entanto, saiu por 7,6 bilhões e só leva em média 66.000 pessoas. O menor custaria 381 milhões, mas consumiu 1,1 bilhão de dólares. Com demanda inicialmente prevista em 40.000 passageiros por dia, serve para apenas 600 pessoas. Como não atingiu as metas, o governo é obrigado a cobrir o prejuízo do sistema.

Em Kuala Lumpur, na Malásia, a japonesa Hitachi deveria executar o projeto, mas desistiu por falta de fontes de financiamento. Empresas da Malásia decidiram levar adiante a construção, mas finalizaram apenas 8 dos 77 km planejados. No dia da inauguração, aconteceu o primeiro acidente. Parte da carroceria de um trem se soltou e atingiu um pedestre. Os problemas técnicos não pararam por aí. Pneus estouram com frequência e deixam os passageiros na mão. Em 2006, com apenas oito meses de monotrilho em operação, a empresa responsável faliu. O sistema acabou estatizado, e o governo assumiu um prejuízo de 266 milhões de dólares.

Também em 2006, o mesmo consórcio responsável pela construção do monotrilho da Malásia se comprometeu a fazer outro de 45 km na África do Sul. A linha uniria a região de Soweto ao centro da Johannesburgo e ficaria pronta antes da Copa de 2010. Custaria 1,7 bilhão de dólares e transportaria 1,5 milhão de pessoas a cada dia. À medida que as autoridades locais perceberam que o custo era subestimado e a utilização do sistema era exagerada, o projeto foi abandonado.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Monotrilho SP quer desapropriar até prédio na planta

06/10/2010 - Folha de S. Paulo

A implantação do monotrilho da linha 17-ouro do metrô, que ligará o aeroporto de Congonhas ao Morumbi e ao Jabaquara, planeja desapropriar ao menos 50 casas de alto padrão, postos de gasolina, cafeteria e até áreas de dois empreendimentos imobiliários que ainda estão em fase de lançamento.

Um deles é o prédio residencial Andalus, da Cyrela, na Vila Sônia, próximo ao estádio do Morumbi, com lançamento previsto para agosto de 2012. A Cyrela não quis comentar por não ter sido notificada formalmente.

O outro projeto inclui dois prédios --um residencial e um comercial-- da incorporadora Brookfield no Panamby, uma das áreas mais valorizadas do Morumbi.

O prédio comercial The Office, com 108 salas de 37 a 600 m2, já foi totalmente reservado --cada m2 custa R$ 7.000. O residencial Insight terá 144 apartamentos de 67 a 95 m2, mas nenhuma reserva foi feita.

"Não fomos notificados ainda, então entendemos que é só um estudo, que ainda será melhor debatido", afirma José de Albuquerque, diretor de incorporação da Brookfield em São Paulo.

A empresa irá recorrer. "Vamos informar que já existe projeto aprovado lá. A gente não concorda. Como a prefeitura aprova o projeto e depois desapropria? Se não for possível alterar o traçado, vamos para as vias judiciais."

As informações sobre os imóveis que poderão ser desapropriados foram detalhadas no EIA-Rima (estudo de impacto ambiental), que lista com fotos todos os imóveis.

Mais da metade está nas ruas Senador Otávio Mangabeira, Professor Alfredo Ashcar e João da Cruz Melão e avenida Jules Rimet.

No total, o Metrô espera gastar R$ 185 milhões para desapropriar até 132 mil m2 --cerca de 18 campos de futebol-- para implantar a linha 17, o que dá, em média, R$ 1.400 por metro quadrado.

Segundo a Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), só o terreno nessas regiões pode chegar a R$ 1.500 o metro quadrado.

Também serão afetados vários comércios na av. Jorge João Saad, como três postos de combustíveis, lojas da Subway e Starbucks Coffee, um bufê infantil e outros.

Críticas

Moradores e comerciantes criticam o projeto e a falta de informação. "A desapropriação é inesperada e desconfortável. Pagarão bem? Moro aqui há mais de 30 anos e não tinha ideia de sair", diz um morador de 63 anos da rua Alfredo Aschcar, que tem 13 casas de alto padrão na lista.

"Estamos aqui há três anos. Há muita dúvida sobre essa história. O que chega é boato, é conversa de morador, não temos informações oficiais", afirma Camila Ferreira, gerente do Starbucks.

"A desapropriação em si não é algo que causa tanto mal, mas a construção desse metrô aéreo é uma enorme absurdo. Vai ficar horrível", afirma o dono do posto, Sérgio Faga, na avenida João Jorge Saad desde 1998.

domingo, 10 de outubro de 2010

SP tem 6 projetos de monotrilho. 4 polêmicos

No Morumbi, M'Boi Mirim e na zona leste, abaixo-assinados tentam barrar o sistema

10/10/2010 - Márcio Pinho - O Estado de S.Paulo

Quatro dos seis projetos de monotrilhos previstos para a Grande São Paulo enfrentam resistência. Associações do Morumbi ao Jabaquara, do M"Boi Mirim e adjacências, na zona sul, de bairros da zona leste e até do Brás, na região central, estão contra os projetos da Prefeitura e do governo do Estado e, além de abaixo-assinados, prometem ir à Justiça. Em contrapartida, entidades da zona norte e de Paraisópolis, na zona sul, defendem o projeto por considerarem que incluem suas regiões no transporte de massa.

Hélvio Romero/AE
Hélvio Romero/AE
Zona Leste. Bairros temem invasão de moradores de rua

O monotrilho é um veículo movido a eletricidade, que tem em média seis vagões e transita sobre via elevada. O trenzinho da Disney é o mais conhecido dos brasileiros, mas o veículo é muito encontrado em parques e conexões a aeroportos na Europa e nos Estados Unidos. Na Ásia, são usados também para transporte de massa.

Suas desvantagens batem com as queixas da população em São Paulo: a necessidade de desapropriações, o impacto visual e urbanístico e a capacidade de transportar um terço do que comporta o metrô. Moradores reclamam ainda de que não puderam debater a escolha.

O Metrô, responsável por quatro dos projetos, afirma que o impacto é reduzido e as novas linhas foram projetadas para atender à demanda dos bairros.

O único monotrilho já em construção é o que vai expandir a Linha 2-Verde do Metrô da Estação Vila Prudente a Cidade Tiradentes, no extremo leste. Na região, igrejas e associações já recolheram 50 mil assinaturas, segundo o Movimento Ambiental, Cultural e Ecológico.

Para Douglas Mendes, secretário executivo, a zona leste foi mais uma vez desprestigiada. Ele diz que só o metrô poderia atender à demanda de regiões como Vila Prudente-Sapopemba, uma das mais populosas da capital paulista, com 528 mil habitantes segundo o IBGE. A população diz temer que o sistema seja um novo Fura-Fila e abrigue moradores de rua.

Outra região populosa, na zona sul de São Paulo, deve receber o mesmo tipo de projeto. Moradores já contam com 30 mil assinaturas e acenam com uma ação civil pública para impedir a construção, segundo a Frente das Entidades de M"Boi Mirim.

Morumbi. O caso de maior tensão é no Morumbi. Lá, a construção da Linha 17-Ouro prevê desapropriação de pelo menos 50 casas de alto padrão. Donos prometem ir à Justiça e já acionaram o Ministério Público. Márcia Vailoretti, da Associação de Segurança e Cidadania da Vila Sônia, Morumbi e Butantã, diz que o bairro foi cuidado por muitos anos pelas famílias para sofrer essa intervenção. "Muitos terão de sair. E sabemos que o poder público não faz manutenção desses equipamentos."

A região, porém, está dividida. A União de Moradores de Paraisópolis afirma que é primordial a chegada do transporte público. Diferentemente dos vizinhos, moradores ali torcem para que um dia o metrô chegue ao local.

Na zona norte, as associações da Vila Bancária Munhoz e do Conjunto Prestes Maia defendem a construção de seu monotrilho, da Linha 16-Prata. No Brás, o diretor da associação de lojistas, Jean Makdissi, é contra a construção na Avenida Celso Garcia. "Vai degradar ainda mais."

sábado, 2 de outubro de 2010

Monotrilho custa metade do preço do metrô

01/10/2010 - O Estado de S.Paulo

Além do contrato do Expresso Tiradentes, a Bombardier está de olho nos outros projetos que estão em estudo no Brasil, em especial em São Paulo. Se tudo der certo, o próximo projeto a ser disputado é o monotrilho entre o Morumbi e o Aeroporto de Congonhas, na capital paulista.

Um dos diferenciais do monotrilho é o valor do investimento, que chega a ser quase a metade do exigido na construção de um metrô subterrâneo. Segundo os dados da Bombardier, hoje o quilômetro de um monotrilho custa entre US$ 40 milhões e US$ 80 milhões. Já o custo do metrô está entre US$ 90 milhões e US$ 150 milhões. Outro benefício é o tempo de construção, bem menor no caso do monotrilho.

De qualquer forma, a Bombardier não deixará de lado os outros mercados, como o metrô, veículo leve sobre trilhos 
(VLT) e trem de alta velocidade (TAV). Em São Paulo ou no resto do País, ela deverá participar das licitação para fornecimentos de equipamentos.


sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Bombardier duplicará fábrica de Hortolândia

01/10/2010 - Revista Ferroviária

Para instalar o centro de tecnologia para construção de monotrilhos e atender as futuras demandas, a Bombardier duplicará sua fábrica em Hortolândia (SP).

Hoje, a unidade conta com dois galpões e construirá mais dois e cinco cabines de pintura de trens, totalizando 20 mil metros quadrados de área industrial no interior de São Paulo, em 2011.

O valor do investimento não foi divulgado, mas deve ser bem menor que o aporte de 33 milhões de euros que a Bombardier fez para a construção de sua fábrica na Índia, já que a empresa possui uma estrutura em Hortolândia.

Na unidade funcionará o centro de tecnologia para construção de monotrilhos, com a fabricação pioneira de monotrilhos de alta capacidade. Segundo o presidente da companhia no Brasil, André Guyvarch, esses monotrilhos permitirão atender quase o mesmo número de pessoas que o metrô. Os trens contarão com nova tecnologia que aumenta a tração dos truques para atender a demanda.

Guyvarch destacou que a Bombardier decidiu desenvolver uma fabricação nacional para ser mais competitiva. “A partir do momento que instala a capacidade fica mais fácil para fornecer outros produtos”.

O investimento também aumentará as oportunidades de empregos – a empresa projeta contratar cerca de 400 funcionários, passando dos atuais 200 colaboradores para 600 em 2011. As vagas envolvem toda a parte de engenharia, fabricação e gestão.

Atualmente a companhia canadense possui quatro contratos no Brasil: reforma de 26 trens da Linha 1-Azul, monotrilho da Linha 2-Verde e a sinalização da Linha 5-Lilás, todos com o Metrô de São Paulo, e a sinalização do Metrô de Salvador (BA).

A reforma dos trens da Linha 1 está sendo feita através do consórcio BTT, em parceria com a Tejofran e Temoinsa, também na unidade de Hortolândia.

Já o projeto para o fornecimento dos 54 trens (378 carros) e sistemas para o monotrilho do Expresso Tiradentes (Linha 2) ainda iniciará – a assinatura do contrato ocorreu nesta semana. Os trens serão modelo Innovia 300. O valor do contrato é de R$ 2,46 bilhões – a parte da Bombardier é de R$ 1,4 bilhões.

O Consórcio do Expresso Monotrilho Leste é liderado pela construtora Queiroz Galvão e inclui ainda a construtora OAS e a Bombardier, fornecedora da componente electromecânica. A Bombardier será responsável por projetar, fabricar e fornecer toda parte mecânica e elétrica do sistema de monotrilho. O tráfego na linha de monotrilho, de 24 km e 17 estações, será gerido pelo sistema de sinalização e controlo automático Bombardier Cityflo 650, que permite que os trens circulem sem condutor (driverless).

O primeiro trem (7 carros) será construído na fábrica da empresa em Pittsburgh, Estados Unidos, e os restantes serão produzidos na planta industrial em Hortolândia. O término da fase 1 do projeto está programado para acontecer em 2014.

Os fornecedores para o projeto ainda não estão definidos, mas empresas como a Alcoa, Faiveley e Knorr-Bremse são possíveis colaboradores.

A Bombardier já forneceu quatro outros sistemas totalmente automatizados de monotrilho (Tampa, Newark, Jacksonville e Las Vegas, nos Estatos Unidos). E formalizou o contrato para fornecer o sistema Innovia 300 King Abdullah, em Riad, Arábia Saudita.



A empresa pretende concorrer aos projetos da Linha 17-Ouro de São Paulo, cuja licitação foi lançada ontem (30), Recife e Vitória – os dois últimos ainda sem projetos definidos. “Vamos concorrer em todos”, destacou Guyvarch.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Monotrilho Leste será entregue em 2014

28/09/10 - 09h53
Publicado Por: Bruna Gavioli - Jovem Pan Online



Ao todo, serão 24,5 quilômetros de extensão, incluindo 54 trens de sete vagões


Jornal da Manhã
Daniel Lian
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O Governo de São Paulo assinou, nesta segunda-feira, o contrato para a implantação do monotrilho, que vai ligar a Vila Prudente à Cidade Tiradentes, na Zona Leste de São Paulo. O Consórcio Expresso Monotrilho Leste, formado pelas construtoras Queiroz Galvão e OAS, além da Bombardier Transportation Brasil e Bombardier Transit Corporation, venceu a licitação ao apresentar proposta no valor de R$ 2,46 bilhões.

Ao todo, serão 24,5 quilômetros de extensão, incluindo 54 trens de sete vagões. O Expresso Tiradentes, como foi batizado, vai servir como extensão da Linha 2 verde do Metrô e terá dezessete estações. Até 2012, entrará em operação o trecho entre a Vila Prudente e o Parque São Lucas, passando por Oratório. Em 2014, o Metrô Leve chegará à Cidade Tiradentes. As obras civis do trecho que compreende as estações Vila Prudente e Oratório já foram iniciadas.

O governador de São Paulo, Alberto Goldman, reclamou da falta de apoio do governo federal para o transporte na maior cidade do país. “Nós nem pedimos, sabemos das limitações e o que eles querem dar ou não. Do orçamento da União, não sai nada para cá. Emprestimos e finaciamentos acontecem somente de vez em quando”.

Parte dos moradores da Zona Leste teme transtornos semelhantes aos do Elevado Costa e Silva, como criminalidade e desvalorização imobiliária. O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, negou a comparação entre o monotrilho e o Minhocão. “Esse metrô é diferente, pois é uma obra mais leve e planejada”.

Em entrevista ao repórter Daniel Lian, secretário de Transportes de São Paulo, Marcelo Branco, apontou que a nova linha fará com que as pessoas não percam tanto tempo de locomoção. O secretário ressaltou que os reflexos no trânsito serão sentidos quando o monotrilho estiver pronto. “Essa mobilidade é extremante importante para a região e também para a cidade como uma todo”.

A previsão é que sejam atendidos cerca de 500 mil usuários/dia entre Vila Prudente-Cidade Tiradentes. Quando a obra estiver concluída, o usuário do transporte público fará em 50 minutos o trajeto entre o extremo da Zona Leste e a região central, que hoje consome duas horas.

http://jovempan.uol.com.br/noticias/saopaulo/2010/09/monotrilho-leste-sera-entregue-em-2014.html

Bombardier leva monotrilho e passa Alstom no Brasil


28/09/2010 - Valor Econômico


A canadense Bombardier, maior fabricante de trens do mundo, assinou ontem seu primeiro grande contrato no Brasil: terá o fornecimento de 54 trens - ou 378 vagões - para o primeiro monotrilho de São Paulo, o Expresso Tiradentes. Vagões, sinalização e sistemas elétricos custarão R$ 1,4 bilhão dos R$ 2,46 bilhões do contrato - o restante, são obras civis.

Até agora o maior negócio da canadense era a reforma de 156 vagões para o Metrô de São Paulo, por R$ 238 milhões, fechada em 2009. Com o contrato, a Bombardier fica ainda atrás da espanhola CAF, que fechou desde 2007 pedidos de R$ 3,6 bilhões para o governo paulista, totalizando 101 trens - ou 774 carros. Mas a canadense passa a francesa Alstom, tradicional fornecedora da rede metropolitana paulista, que desde 2007 levou o fornecimento de 24 trens - ou 144 carros. Em valores, a encomenda soma cerca de R$ 600 milhões.

Para fabricar o monotrilho, a Bombardier utilizará suas instalações em Hortolândia, de 10 mil m2. Segundo Luís Ramos, diretor de comunicação da multinacional, a unidade brasileira deverá se transformar em um centro de competência da Bombardier para monotrilho - ou seja, possível plataforma de exportação.

A visão da empresa é de que o monotrilho, com custo e tempo de construção equivalentes à metade daqueles do metrô, é ideal para cidades com grande ritmo de expansão. São Paulo não pode esperar por oito anos para ter uma linha metrô nova, diz.

No país, a empresa também participa da licitação para o monotrilho de Manaus - atualmente suspensa - e está interessada em projetos em estudo para Recife, Fortaleza e Belo Horizonte. E quer fornecer mais para o Metrô de São Paulo, com mais dois projetos para monotrilho em gestação.

O produto fornecido para São Paulo será o monotrilho de mais alta capacidade do mundo - projeto inédito para a Bombardier. O produto usado no Expresso Tiradentes terá capacidade para 40 mil passageiros/hora em cada sentido, podendo chegar a 48 mil passageiros/hora. A capacidade do último monotrilho fornecido recentemente pela Bombardier, para a Arábia Saudita, é de 20 mil passageiros/hora.

O consórcio da Bombardier, composto por Queiroz Galvão e OAS, venceu o grupo montado pela Hitachi com Odebrecht, Camargo Corrêa e Mitsubishi que fez uma oferta de R$ 2,98 bilhões. Outros dois consórcios foram desclassificados por razões técnicas.


http://www.revistaferroviaria.com.br/index.asp?InCdNewsletter=5615&InCdUsuario=&InCdMateria=11560&InCdEditoria=2

São Paulo awards $US 1.44 billion monorail contract



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Tuesday, September 28, 2010 - IRJ Journal

SÃO PAULO Metro (CMSP) has awarded the Eastern Express Monorail Consortium a $US 1.44 billion contract for a monorail line that will serve as a 24km extension to Metro Line 2.

The new line, known as Expresso Tirandentes, will have a capacity to transport 40,000 passengers per hour and reach 500,000 passengers per day. The line will have 17 stations and will run from Vila Prudente to Cidade Tiradentes. Journey times will be reduced to approximately 50 minutes from two hours at present by road with the first phase of the system set to open in time fsao_paulo_monorail.jpgor the football World Cup which Brazil is hosting in 2014.
 
The consortium is being led by Brazilian civil contractor Quieroz Galvão and includes construction firm Constructora and Bombardier as the electrical and mechanical supplier. Bombardier's share of the contract is worth $US 816 million and encompasses design, supply and installation of its Innovia Monorail 300 system. The contract also involves delivery of 54 seven-car trains and Bombardier Cityflo 650 automatic train control technology for driverless operation.
"The introduction of our Innovia Monorail 300 system to this great city will increase mobility for citizens, reduce congestion and benefit the local economy as well as the environment," says Mr André Navarri, president and CEO of Bombardier Transportation. "Our investment in local manufacturing is a key element in our project delivery plan and essential for Bombardier's long-term participation in Brazil's fast-growing railway market."
Engineering, design and testing of the monorail vehicles will be conducted at Bombardier's site in Kingston, Canada, and the initial vehicles will be manufactured at the company's plant in Pittsburgh, United States. Subsequent cars will be built at its Brazilian plant in Hortolândia.

Monotrilho: entrega em 2014 sem 5 estações
28/9/2010
O Estado de S.Paulo

O governo de São Paulo vai entregar com atraso de dois anos e de forma incompleta o monotrilho entre a Vila Prudente e Cidade Tiradentes (o antigo Expresso Tiradentes, que vai ligar-se à Linha 2-Verde do Metrô). O secretário dos Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, admitiu ontem que vai haver um "pulo" quando as obras chegarem à futura estação São Mateus para concluir mais rapidamente o trecho até Cidade Tiradentes.
   
Quando foi anunciado que o complemento do Expresso Tiradentes viraria um monotrilho - em abril de 2009 -, a previsão era de que a primeira parte seria inaugurada em 2010 e toda a obra, até 2012. Na manhã de ontem, no entanto, no evento de assinatura do contrato para início das obras, foi divulgado novo prazo, que prevê as três primeiras estações - Vila Prudente, Oratório e Parque São Lucas - para 2012 e a chegada em Cidade Tiradentes em setembro de 2014 - ou seja, após a Copa do Mundo.
   
O governo do Estado informou que as obras serão feitas seguindo a ordem das estações até São Mateus, quando haverá um "pulo". Por isso vão ficar para depois as Estações Iguatemi, Jequiriça-Jacú-Pêssego, Erico Semer e Marcio Beck. Essas deverão ser entregues em um prazo de 12 meses após a conclusão do trecho até Cidade Tiradentes. "Nosso modelo desonerou o custo da obra em função de uma estratégia na implementação das estações", informou o Metrô por meio de nota.
   
O secretário José Luiz Portella atribuiu também a mudança à necessidade de se chegar mais rápido à Cidade Tiradentes. "Essa é a região com pior acessibilidade da cidade de São Paulo." Ele acrescentou que uma viagem entre o extremo da zona leste e a região central leva duas horas - com o novo ramal, o tempo será de 50 minutos.
   
O monotrilho terá 24,5 quilômetros e 17 estações e terá capacidade para transportar 46 mil passageiros por hora durante os picos. Serão investidos R$ 2,46 bilhões na obra.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Bairros tentam impedir monotrilho





26 de setembro de 2010 | 0h 00
Moradores das zonas sul e leste estão se organizando para evitar a construção de duas linhas de monotrilho na capital. Esse tipo de corredor em via elevada é uma das apostas do governo para melhorar a mobilidade em São Paulo. A Secretaria de Transportes Metropolitanos assina hoje contrato para prolongamento da Linha 2-Verde do Metrô, obra que ligará Vila Prudente e Cidade Tiradentes, na zona leste, por meio de monotrilho.
Sergio Neves/AE
Sergio Neves/AE
Em obras. Construção de pilares de monotrilho na Av. Lui´s Inácio de Anahia Melo já começou
O Movimento Ambiental, Cultural e Ecológico (Mace) afirma ter recolhido 200 mil assinaturas de moradores de Sapopemba, São Lucas, São Mateus e Cidade Tiradentes contra a extensão da Linha 2. Na região, o projeto recebeu o apelido de "bondinho da Disney". As principais queixas são quanto à segurança em caso de pane e à capacidade dos trens. "A zona leste tem 4,5 milhões de habitantes. Precisa de um transporte de grande capacidade", afirma Douglas Mendes, secretário executivo do Mace.
No último ano, a entidade questionou o Metrô sobre dispositivos de segurança, capacidade do monotrilho e custo da operação. Não houve resposta, segundo Mendes. Defensores do meio de transporte alegam que é mais barato e rápido construir linha elevada do que túneis. Enquanto um quilômetro de monotrilho custa ao menos R$ 40 milhões, o de metrô sai por cerca de R$ 200 milhões e o de corredor de ônibus, por R$ 5,5 milhões, segundo estudo do arquiteto Jaime Lerner para a Associação Nacional de Transportes Urbanos.
Além do custo da obra, a sociedade questiona quanto será gasto para manter a operação do monotrilho. "Todos os modelos do mundo precisam de subsídio", diz o administrador Adalberto Maluf Filho, morador da zona sul. Ele comparou o modelo paulista com monotrilhos de Las Vegas e Seattle, nos Estados Unidos, de Kuala Lumpur, na Malásia, e de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. "A maioria não deu certo por falta de recursos." Cobrando uma passagem equivalente à do metrô, o poder público teria de gastar R$ 600 milhões com subsídios, segundo o estudo de Maluf Filho.
"É melhor comprar um produto mais caro que dure mais tempo e tenha uma capacidade maior, como o metrô subterrâneo", argumenta a arquiteta e urbanista Lucila Lacreta, diretora executiva do Movimento Defenda São Paulo. Na quarta-feira, a entidade e o condomínio Palm Springs, do Morumbi, zona sul, entregaram uma representação ao Ministério Público Estadual (MPE) pedindo uma avaliação sobre a Linha 17-Ouro do Metrô. O monotrilho ligará a Estação Jabaquara, da Linha 1-Azul, à Estação São Paulo-Morumbi, da Linha 4-Amarela, com um acesso ao Aeroporto de Congonhas.
Na representação, moradores do Morumbi comparam o monotrilho ao Minhocão (elevado que liga o centro à zona oeste), argumentando que o novo trem poderá causar "degradação visual, sonora, ausência de privacidade, desvalorização imobiliária e aumento da criminalidade". O MPE ainda não avaliou o pedido.
Até quem é a favor da Linha 17-Ouro admite que metrô subterrâneo seria mais eficiente. "Precisamos de transporte público. Só abrimos mão do monotrilho se nos garantirem que vão construir o metrô aqui", diz Gilson Rodrigues, presidente da União de Moradores de Paraisópolis, na zona sul. 

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Ampliação do Expresso Tiradentes começa neste ano, diz governador

publicado em 22/09/2010 às 16h31:


Alberto Goldman diz que assina na próxima semana contrato com empresa que fará a obra
Camilla Rigi, do R7
Elisa Rodrigues/SPTrans 
Contrato para construção do monotrilho será firmado na próxima semana   


Elisa Rodrigues/SPTrans



O governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), informou que o prolongamento do Expresso Tiradentes (antigo Fura-Fila), que vai ligar a Vila Prudente ao extremo leste da capital paulista, começa a ser feito ainda neste ano. A ampliação se dará por meio do monotrilho, espécie de metrô em uma linha elevada. O contrato para a construção desse meio de transporte será assinado na próxima semana. A informação foi dada nesta terça-feira (21) durante inauguração da estação Tamanduateí da linha 2 – Verde.
- Já foi feita a licitação. Já tem um vencedor. Está tudo pronto para assinar o contrato e começar a obra na semana que vem. Claro que há desapropriações para serem feitas e há ainda ações ambientais. Mas o cidadão que estiver lá na Cidade Tiradentes, que não tem opção de emprego hoje, vai poder chegar à cidade de São Paulo com maior facilidade e até ao ABC.

A conclusão de toda a linha está prevista para 2014, segundo o governador. Ao todo, haverá 17 novas estações nos 23,8 km de extensão. A previsão é de que sejam atendidos cerca de 500 mil usuários diariamente entre o trecho Vila Prudente-Cidade Tiradentes.

A primeira parte do expresso, que já está em funcionamento, liga o parque D.Pedro II, no centro, à região do Sacomã, na zona sul. Esse trajeto é feito de ônibus em uma via elevada. Inicialmente, a Prefeitura de São Paulo pretendia continuar o corredor de ônibus, mas o projeto foi substituído pelo monotrilho, que terá investimentos do governo municipal e do Estado. A obra deve custar R$ 2,5 bilhões.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Audiência de monotrilho tem palhaço e gritos


21/09/2010 - O Estado de S.Paulo 

Cerca de 300 representantes de associações de moradores do Morumbi participaram ontem no CEU de Paraisópolis de uma audiência para discutir a Linha 17-Ouro do Metrô, que vai ligar por monotrilho o Estádio do Morumbi e o Aeroporto de Congonhas. A linha vem causando polêmica porque os moradores mais abastados da região argumentam que criará um desconforto visual no bairro e, assim como o Minhocão, servirá de abrigo para viciados e vândalos.

Os moradores de Paraisópolis também acham que o ideal seria um metrô subterrâneo, mas, agora que liberaram a verba para construir o monotrilho em três anos, não queremos esperar mais 20 (pelo metrô). Precisamos de transporte, diziam.

Comandado pelo secretário do Meio Ambiente, Eduardo Jorge, pelo técnico do Metrô Ivan Piccoli e pelo responsável pelo estudo ambiental, Walter Sérgio de Faria, o encontro se transformou em um embate com gritos, que contou até com a presença de um palhaço.


sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Monotrilho do M´Boi Mirim em andamento


03/09/2010 - Revista Ferroviária


O consórcio Planservi/Engevix venceu a licitação para desenvolver o projeto básico das obras civis do monotrilho do M´Boi Mirim, na Zona Sul de São Paulo. O projeto básico está orçado em R$ 45 milhões e a assinatura do contrato deve ocorrer nos próximos dias.
Segundo o diretor de infraestrutura da SPTrans, Roberto Molin, os técnicos da prefeitura de São Paulo, responsável pelo monotrilho, já iniciaram a elaboração do EIA-Rima. A SPTrans será a responsável pelo licenciamento prévio do empreedimento.
A previsão é que a licença de instalação seja emitida até o primeiro semestre de 2011 e em seguida inicie o projeto executivo, que será licitado juntamente com os sistemas e trens.
O monotrilho do M´Boi Mirim terá 34km e interligará o Jardim Ângela, Santo Amaro, Vila Olímpia, Capão Redondo, Campo Limpo e Vila Sônia.
Parte desse traçado serpenteará a estrada do M´Boi Mirim e atenderá populações das partes alta e baixas da região, que tem relevo acidentado.
A estrutura do relevo definiu a escolha da tecnologia do monotrilho, que tem rodas de borracha, percorre uma viga de concreto e pode vencer as declividades. Além disso, o sistema é considerado de baixo impacto pela leve estrutura de sustentação (vigas), interagindo com a paisagem e amenizado visual da região, que conta com corredor de ônibus sobrecarregado e diversas moradias irregulares.
O empreendimento está estimado em R$ 3,4 bilhões (obras civil e material rodante, que inclui as vigas de concreto), com 13 estações e demanda de 36 mil passageiros/ano.
A ideia é licitar o primeiro trecho entre o Jardim Ângela e Santo Amaro, com 11 km, e a obra ser custeada pela prefeitura, com início em 2011 e conclusão em dezembro de 2012. Os outros trechos seriam executados por uma parceria público privada (PPP), fazendo uma concessão de toda a estrutura.
Audiência
Ontem (2), a Câmara de São Paulo promoveu uma audiência pública sobre os projetos de monotrilhos de São Paulo.  A iniciativa era apresentar todos os projetos em discussão para a cidade, mas devido a ausência de representantes do Governo do Estado, somente o projeto da prefeitura de São Paulo, M´Boi Mirim, foi apresentado.  As apresentações previstas seriam sobre o prolongamento da Linha 2-Verde (Expresso Tiradentes); Linha 17-Ouro; Linha 16-Prata, Celso Garcia e M´Boi Mirim.
Na ocasião, moradores e representantes de entidades dos bairros onde os projetos devem ser implantados se manifestaram contra os monotrilhos. Os moradores defenderam a construção de novas linhas de metrô para atender as demandas dos bairros e demonstraram preocupação com questões de segurança. Eles questionaram como seria a evacuação em caso de pane no sistema. Os questionamentos acabaram não sendo respondidos durante a audiência, encerrada devido divergências de opiniões.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Caixa empresta R$ 1,08 bi para Metrô SP


31/08/2010 - Valor Econômico



O governo de São Paulo assinou hoje a contratação de um empréstimo de R$ 1,082 bilhão da Caixa Econômica Federal para as obras da linha 17 do Metrô, cuja entrega está prevista para meados de 2013.
De acordo com informações do governo, os recursos serão utilizados na construção de 21,6 quilômetros de linhas, 20 estações e dois pátios, além da aquisição de 28 trens. O total de investimentos nessa fase será de R$ 2,86 bilhões, incluindo uma contrapartida do Estado de R$ 1,778 bilhão.
O financiamento firmado com a Caixa prevê três anos de carência e mais 30 anos para o pagamento do empréstimo.
A linha será dividida em três trechos: da estação Jabaquara até o aeroporto de Congonhas; uma ramificação saindo da estação Jabaquara e outra saindo do aeroporto de Congonhas, com os dois trechos se unindo em direção à estação de trem Morumbi, da CPTM; e outro trecho da estação Morumbi da CPTM à futura estação de metrô São Paulo-Morumbi.
A linha vai operar em todo seu trajeto em monotrilhos na superfície, com uma capacidade para transportar cerca de 550 mil pessoas por dia.

Expresso Tiradentes recebe 4 novas propostas


01/09/2010- Notícias da Revista Ferroviária


O monotrilho do prolongamento da Linha 2-Verde (Vila Prudente-Cidade Tiradentes) do Metrô de São Paulo recebeu na segunda-feira (30) quatro novas propostas.

Os consórcios Metropolitano (Delta Construções, Trana Construção e Intamin), Prolongamento Linha 2 Verde (Andrade Gutierrez, CR Almeida e Scomi), Monotrilho Tiradentes (Hitachi, Odebrecht, Camargo Correa, Mitsubishi e Iesa Distribuidora Comercial) e Expresso Monotrilho Leste  (Queiroz Galvão, OAS, Bombardier Brasil e Bombardier Transport) apresentaram propostas, que já estão em análise.

Os consórcios são os mesmos que apresentaram propostas no certame anterior que foi cancelado. A diferença é que a EIT saiu do consórcio Metropolitano e a Trana foi incorporada; e a Iesa integrou o grupo do Monotrilho Tiradentes.
A licitação do monotrilho do Expresso Tiradentes foi aberta em dezembro do ano passado. Em janeiro, o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo suspendeu a licitação; o processo foi retomado em fevereiro e as propostas apresentadas pelos quatro consórcios. Em março, os consórcios Expresso Monotrilho Leste e Prolongamento Linha 2 Verde foram habilitados para o certame e uma semana depois a licitação foi suspensa novamente. Em abril, o processo foi retomado com a avaliação das propostas comerciais,  indeferidas no início de junho.
O Metrô solicitou que os consórcios apresentassem novas propostas em 18 de junho, mas as propostas não atenderam o solicitado e no dia 23 de junho a companhia decidiu cancelar a licitação.
Em 14 de julho a concorrência foi relançada e agora as novas propostas apresentadas.

sábado, 21 de agosto de 2010

Monotrilho terá audiência pública em São Paulo


Autoridades e sociedade civil debaterão na Câmara os planos de implantação do sistema



Monotrilho: qual o impacto ambiental?
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Da redação
postado em 20/08/2010 16:09 h
atualizado em 20/08/2010 16:38 h
Projetos e planos para instalação de monotrilho em regiões de Vila Prudente, Cidade Tiradentes, M´Boi Mirim, Campo Belo (aeroporto de Congonhas), Cachoeirinha, Lapa, Vila Sonia e Celso Garcia, têm sido divulgados pela imprensa nos últimos dois anos. Entretanto, grande parte da população de São Paulo não tem clareza sobre a proposta do poder público envolvendo este sistema de transporte elevado e sobre trilhos.

As dúvidas do cidadão poderão ser esclarecidas na audiência pública que debaterá o tema, marcada para o dia 2 de setembro, às 13 horas, na Câmara Municipal, divulgou ontem (19/8) o portal do Movimento Nossa São Paulo. Para o evento, que está sendo convocado pelas comissões de Política Urbana e de Transporte, foram convidadas a Secretaria Municipal de Transporte, a Secretaria Estadual de Transporte, a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente e a Secretaria Estadual do Meio Ambiente.

De acordo com os organizadores do debate, a ideia é que os representantes dos governos municipal e estadual apresentem os projetos de monotrilho para a cidade e os respectivos estudos de impactos ambientais, urbanísticos e de vizinhança. As entidades e os cidadãos poderão questionar as propostas e os estudos.

A realização da audiência havia sido aprovada no início de junho, atendendo a um requerimento apresentado pelo vereador Chico Macena (PT) na Comissão de Política Urbana, mas, em função do recesso de julho da Câmara Municipal e de outras atividades que já estavam agendadas pela Casa, o debate acabou sendo marcado agora.

“A discussão sobre a aplicação do monotrilho para a nossa cidade é recheada de dúvidas, ninguém sabe ao certo como vão ser as estações, não tem projeto, as licitações são questionadas na Justiça, a população não é ouvida e muitas perguntas feitas pela sociedade não são respondidas” argumenta o autor do requerimento que viabilizou o debate.

Macena relata que a proposta de fazer uma audiência pública para tentar esclarecer o assunto partiu da própria sociedade organizada. “Fiz o requerimento para que as duas comissões [Política Urbana e Transporte], junto com a sociedade, ouvissem do governo o que a população precisa saber.”

Para ele, a proposta da Prefeitura para o transporte público da população, especialmente da periferia, tem mudado de acordo com o momento. “Uma hora é o VLP [Veículo Leve sobre Pneus], outra hora é o VLT [Veículo Leve sobre Trilhos], depois anunciam a expansão do Metrô. Logo todas estas opções desaparecem e o Executivo apresenta o monotrilho como a melhor solução”, critica.

Metrô ou monotrilho?

Na avaliação do parlamentar da oposição, a capacidade de transporte de pessoas do monotrilho é muito menor do que a necessária para ligar a Cidade Tiradentes até a Vila Prudente ou o Jardim Ângela a Santo Amaro, sugerindo que a melhor opção para as duas linhas já previstas pela administração municipal seja o metrô.

Ele também questiona o impacto ambiental do novo sistema, a tecnologia que será utilizada e o custo por passageiro transportado. “Nós, vereadores, e toda sociedade temos direito de participar deste processo, junto com a Prefeitura, e escolher o que é melhor para a cidade”, pondera.

O presidente da Comissão de Transporte da Câmara, vereador Juscelino Gadelha (PSDB), espera que na audiência o Executivo apresente a proposta de interligação entre os diversos sistemas de transportes existentes na cidade: trem, metrô, corredor de ônibus e monotrilho.

Quanto às linhas específicas de monotrilho previstas para a cidade, o parlamentar que integra a base do prefeito na Casa avalia que “o debate poderá esclarecer o que já está licitado, como estão os projetos e as licenças ambientais já aprovadas”.

Serviço:Audiência pública sobre os projetos de monotrilho para a cidade de São Paulo
Data: 2 de setembro de 2010
Horário: 13 horas
Local: Auditório Prestes Maia – 1º andar da Câmara Municipal
Comissão de Política Urbana e Comissão de Transporte

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Expresso Tiradentes ganha nova licitação


15/07/2010 Revista Ferroviaria

O Metrô de São Paulo relançou ontem (14) a licitação para o projeto, fabricação, fornecimento e implantação de um sistema monotrilho para o prolongamento da Linha 2-Verde. A licitação é do tipo menor preço.
Os interessados em participar da concorrência internacional podem obter o edital gratuitamente no site do Metrô até 27 de agosto ou retirar no protocolo da Gerência de Contratações e Compras (Rua Boa Vista, 175, 2º Andar, São Paulo), pagando R$ 30,00 para aquisição da versão impressa em papel ou R$ 10,00 para aquisição da versão em CD-R.
Os documentos e as propostas deverão ser entregues na sessão pública marcada para 30 de agosto, às 9h.
A concorrência foi cancelada no final de junho (Metrô SP cancela licitação de monotrilho) depois que a companhia avaliou pela segunda vez as propostas comerciais dos consórcios Expresso Monotrilho Leste (Queiroz Galvão/OAS/Bombardier) e Prolongamento Linha 2 Verde (Andrade Gutierrez/CR Almeida/Scomi) e as mesmas não atendiam as condições do edital.
O projeto conhecido como Expresso Tiradentes ligará a Vila Prudente a Cidade Tiradentes e está orçado em R$ 2,8 bilhões. Serão 23,8 km de extensão, 17 estações em elevado e 54 trens com tração elétrica e sustentação por pneus.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Tamanduateí sem previsão de inauguração


29/06/2010 - Diário do Grande ABC

A Estação Tamanduateí do Metrô, que será a ligação direta entre o Grande ABC e a região da Avenida Paulista, na Capital, não tem prazo para ser inaugurada, segundo informou a Secretaria de Transportes Metropolitanos. Inicialmente, estava prevista para março a abertura do local, a 1.000 metros de São Caetano.

Ainda de acordo com a instituição, a inauguração ocorrerá somente quando os protocolos dos testes de segurança forem concluídos.

Quando a inauguração ocorrer, será possível embarcar em Rio Grande da Serra ou em outros pontos do Grande ABC e chegar à Linha Verde do metrô da Capital com apenas uma baldeação.

Monotrilho - Existe o projeto de criação de um Metrô Leve sobre Trilhos (conhecido como monotrilho), que ligará a Estrada dos Alvarenga, em São Bernardo, à Estação Tamanduateí. O estudo preliminar encomendado pela prefeitura da cidade, ao custo de R$ 1,5 milhão, foi apresentado em março deste ano.



quinta-feira, 24 de junho de 2010

Metrô de São Paulo cancela licitação de monotrilho



23/06/2010 - Transporte I´deias
O Metrô de São Paulo publicou um aviso em seu site nesta última terça-feira, informando que todas as propostas comerciais reapresentadas para o monotrilho do prolongamento da Linha 2 – Verde foram desclassificadas por não atenderem as condições do edital.
O Metrô já tinha desclassificado os consórcios Expresso Monotrilho Leste (Queiroz Galvão/OAS/Bombardier) e Prolongamento Linha 2 Verde (Andrade Gutierrez/CR Almeida/Scomi) no começo de junho (Metrô SP desclassifica propostas de monotrilho), pelo mesmo motivo, e solicitado a apresentação de novas propostas no último dia 18. O aviso informa que pelas propostas não atenderem as condições do edital conclui por desclassificar e “fracassar a licitação em referência”.
Confira o aviso na íntegra:
Concorrência Internacional nº 41889213 - Projeto, fabricação, fornecimento e implantação de um sistema monotrilho para o prolongamento da Linha 2 - Verde do Metrô de São Paulo. A Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô comunica que, após análise da proposta ocorrida por ocasião de sua reapresentação em 18/06/2010 em atendimento ao aviso publicado em 05/06/2010, conclui por desclassificar todas as propostas, pelo não atendimento às condições do edital, e fracassar a licitação em referência. O processo administrativo encontra-se franqueado para vistas, a partir desta data, na Rua Boa Vista, 175 - 3º Andar - São Paulo, Capital.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Metrô SP desclassifica propostas de monotrilho


10/06/2010 - Revista Ferroviária

O Metrô de São Paulo publicou nesta quinta-feira (10), em seu site, um aviso desclassificando todas as propostas comerciais para a concorrência internacional do monotrilho do Expresso Tiradentes. Todos os consórcios terão que apresentar “novas propostas adequadas às condições originais da licitação”, segundo o aviso. Os consórcios em questão são Expresso Monotrilho Leste (Queiroz Galvão/OAS/Bombardier) e Prolongamento Linha 2 Verde (Andrade Gutierrez/CR Almeida/Scomi), habilitados para a concorrência em março.
Entenda o processo
A licitação para o projeto, fabricação, fornecimento e implantação do monotrilho está em andamento desde dezembro do ano passado, quando as propostas deveriam ter sido entregues, porém o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE) suspendeu a licitação.
No início de fevereiro, o processo foi retomado, e na segunda quinzena do mês o Metrô recebeu quatro propostas: do Expresso Monotrilho Leste (Queiroz Galvão/OAS/Bombardier); Monotrilho Tiradentes (Odebrecht/Carmargo Correa/Mitsubishi/Hitachi); Prolongamento Linha 2 Verde (Andrade Gutierrez/CR Almeida/Scomi); e Metropolitano (Delta/EIT/Intamin).
Na segunda quinzena de março, os consórcios Expresso Monotrilho Leste e Prolongamento Linha 2 Verde foram habilitados para o certame. Uma semana depois, o processo foi suspenso novamente e retonou em abril com a avaliação das propostas comerciais, que agora foram indeferidas.
Em maio, o jornal Folha de S.Paulo publicou uma reportagem (Consórcio do monotrilho pede R$2,99 bilhões) dizendo que a melhor proposta para a construção do monotrilho havia sido apresentada pelo consórcio Expresso Monotrilho Leste - Queiroz Galvão/OAS/Bombardier, que ainda assim apresentou um preço 43% superior ao teto estipulado pelo Metrô. Segundo a reportagem, o consórcio pediu pela obra R$ 2,99 bilhões, enquanto o teto fixado pelo Metrô era de R$ 2,09 bilhões.
Revista Ferroviária entrou em contato com a assessoria de Imprensa do Metrô, mas até a publicação desta reportagem não houve retorno.
Confira o aviso do Metrô na íntegra:
Aviso (Fase Comercial) - Reti-Ratificação
Concorrência Internacional nº 41889213 - Projeto, fabricação, fornecimento e implantação de um sistema monotrilho para o prolongamento da Linha 2 - Verde do Metrô de São Paulo. A Companhia do Metropolitano de São Paulo - Metrô comunica que, após análise da documentação integrante deste processo concluiu por desclassificar todas as propostas com base nos itens h.5.1, h.5.2, h.5.2.1 e h.5.3 das Condições Gerais do edital e com base no artigo 48 § 3º da Lei Federal nº 8.666/93, ensejar às empresas proponentes a apresentação de novas propostas adequadas às condições originais da licitação, no dia 18/06/2010 às 9h, com tolerância de quinze minutos, na Gerência de Contratações e Compras, situada na Rua Boa Vista, 175 - 2º Andar - São Paulo, Capital. O processo administrativo encontra-se franqueado para vistas no 3º Andar, neste mesmo endereço.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Caixa aprova crédito do monotrilho de Congonhas


04/06/2010 - Folha de São Paulo
A Caixa Econômica Federal liberou R$ 6,5 bilhões para o financiamento de 42 projetos de transporte em nove cidades-sede da Copa do Mundo de 2014.
Entre os projetos habilitados estão a ligação entre o aeroporto de Congonhas e o metrô de São Paulo (Linha 17-Ouro); o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) de Brasília, conexão entre o Aeroporto e a Asa Sul da capital; os monotrilhos Norte/Centro de Manaus; e o VLT de Fortaleza, ligando Parangaba a Mucuripe.
Nas cidades de Belo Horizonte, Recife, Porto Alegre e Salvador, foram contempladas as obras do BRT (Bus Rapid Transport), sistema de corredores de ônibus. Também foram aprovados financiamentos para Curitiba.
Os empreendimentos serão financiados com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
Para liberação do dinheiro, ainda é necessária apresentação de documentos ao Tesouro Nacional para autorizar o endividamento de Estados e municípios envolvidos nos projetos.
As obras fazem parte do programa Pró-Transporte do Ministério das Cidades e estão dentro do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
De acordo com a Caixa está previsto o financiamento de 48 obras de infraestrutura aeroportuária e de transporte nas 12 cidades que sediarão os jogos da Copa, o que inclui também Cuiabá, Natal, e Rio de Janeiro.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

SPTrans avalia propostas de monotrilho





28/05/2010 - Revista Ferroviária



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A SPTrans deve receber e avaliar nos próximos dias as propostas comerciais para ao implantação do monotrilho do M´Boi Mirim, na Zonal Sul de São Paulo. No dia 19 de maio, foram publicados no Diário Oficial os nomes dos consórcios/ empresas que apresentaram propostas técnicas para o projeto: Consórcio Planservi/Engevix; Consórcio Maubertec/Lenc; Setepla e Consórcio Encibra/Tecnosolo.
As propostas técnicas já foram avaliadas e o próximo passo é a análise das comerciais. E, enfim, o vencedor da licitação ser anunciado. A SPTrans não tem previsão de quando o processo será finalizado.
O monotrilho do M´Boi Mirim interligará o Jardim Ângela, Santo Amaro, Vila Olímpia, Capão Redondo, Campo Limpo e Vila Sônia.


LEIA TAMBÉM: Monotrilho do M´Boi Mirim recebe 4 propostas

terça-feira, 18 de maio de 2010

Monotrilho deve aliviar trânsito na M'Boi Mirim

17/05/2010 - G1

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, acredita que o projeto de construção de um monotrilho da região da Estrada do M’Boi Mirim, na Zona Sul de São Paulo, deverá melhorar o trânsito no local. Na manhã desta segunda-feira (17), moradores fizeram um protesto na estrada pedindo a duplicação da via e melhorias no transporte público.

“Temos bons projetos como o monotrilho que será uma importante obra para melhorar a circulação. Nos últimos tempos, a duplicação da pista melhorou a vazão”, disse Kassab nesta manhã.

Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Transportes (SPTrans), o projeto de construção de um monotrilho está em fase de licitação do projeto básico. O resultado da concorrência deve ser apresentado na próxima semana. Logo depois será contratado o projeto que terá capacidade para transportar 30 mil pessoas por hora.

“A linha de monotrilho terá paradas a cada 900 metros e os trens passarão em intervalos de 90 segundos. As estações de embarque contarão com um avançado processo de reurbanização e modernização da região, que pretendem incentivar o desenvolvimento sócio-econômico na área do entorno de toda obra”, informa o texto da SPTrans.

O grupo de moradores iniciou a manifestação por volta das 6h desta segunda. O corredor de ônibus foi interditado e os moradores seguiram até a Subprefeitura do M’Boi Mirim. Eles reivindicavam uma reunião com o secretário Municipal de Transportes, Alexandre de Moraes, para tratar do problema na região.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Consórcio do monotrilho pede R$2,99 bilhões



04/05/2010 - Folha de São Paulo

Abertos os envelopes da licitação, a melhor proposta para a construção do monotrilho em São Paulo, que deverá ir da estação Vila Prudente até Cidade Tiradentes (zona leste), foi do consórcio Queiroz Galvão/OAS/Bombardier, que apresentou um preço 43% superior ao teto estipulado pelo Metrô.
O consórcio pediu pela obra R$ 2,99 bilhões - o teto fixado pelo Metrô era de R$ 2,09 bilhões. Apesar da abertura dos envelopes, o governo informou que ainda não endossou o resultado e que deverá chamar o consórcio para discutir valores.
Por meio da sua assessoria de imprensa, o Metrô informou que "recebeu as propostas para a extensão da linha 2-verde e que elas estão sendo analisadas. Somente ao final desta etapa, o Metrô se pronunciará".
Ontem, conforme a Folha revelou, o Metrô rejeitou as propostas abertas para o lote 2 da linha 5-lilás por considerar o preço alto demais. Naquele caso, o ágio foi de cerca de 30%.
Já no processo para construção do monotrilho, o outro consórcio concorrente, formado pela Andrade Gutierrez/ Scomi, havia apresentado preço muito maior: R$ 4,98 bilhões, ou 138,2% acima do teto.
O projeto do monotrilho é polêmico desde o início. A previsão original era que o trecho fosse coberto com estações de metrô. Em 2009, no entanto, surgiu na Secretaria de Estado dos Transportes um novo projeto, que substituía as estações tradicionais de metrô por um sistema chamado "monorail" (monotrilho), no qual veículo circula sobre um único trilho.
Alguns estudiosos -inclusive técnicos do Metrô- acreditam que o sistema "monorail" não tem capacidade para suprir a demanda e que, embora mais caro, o mais lógico e eficiente seria o prolongamento de uma linha de metrô comum.
O trecho 1 vai da estação Vila Prudente até a estação Oratório, num total de 2,8 km. O trecho 2 vai da Oratório até a estação São Mateus e compreende 10,5 km. O trecho final liga São Mateus até a estação Hospital Cidade Tiradentes (são 11 km).