quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Governo de SP suspende monotrilho e trava linha até Congonhas

31/12/2015 - O Estado de SP

SÃO PAULO - A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) suspendeu até 2017 o início da construção de dois trechos do monotrilho da Linha 17-Ouro (Jabaquara-Morumbi), na zona sul da capital. Prometida para 2012, antes da Copa no Brasil, a ligação do metrô com o Aeroporto de Congonhas só deverá ficar pronta, no melhor cenário, em 2018, ano do Mundial na Rússia.

O Metrô informa que "resolveu adotar como prioridade a conclusão das obras dos trechos em andamento antes de dar início às novas frentes de trabalho” por causa da queda na arrecadação do Estado, "em razão da crise econômico-financeira que o País atravessa, com a alta da inflação, fortalecimento do dólar, queda do PIB e juros altos”.

A medida, publicada no Diário Oficial em dezembro, mantém paralisada por mais um ano a construção de 10 km da linha, 57% da extensão total (17,6 km), nas duas pontas que farão a ligação de Congonhas com o metrô (Linhas 1-Azul e 4-Amarela). Segundo a companhia, assim que as obras forem retomadas, a conclusão total dos trabalhos deve demorar 30 meses - julho de 2019.

De um lado, o Metrô congela o trecho entre a Estação Morumbi, da Linha 9-Esmeralda da Companhia de Trens Metropolitanos (CPTM), na Marginal do Pinheiros, e a futura Estação Morumbi-São Paulo, da Linha 4-Amarela, prevista para 2018, após atrasos. De outro, há a suspensão do trecho entre o aeroporto e a Estação Jabaquara, da Linha 1-Azul.

Até agora, apenas o trecho 1, com 7,7 km e que liga Congonhas à Linha 9, está em construção pelo consórcio composto por Andrade Gutierrez e CR Almeida. Prevista inicialmente para 2010, a etapa deve ser concluída no segundo semestre de 2017, segundo a última previsão do Metrô. A estimativa é de que a linha completa receberá 450 mil passageiros por dia.

A sucessão de atrasos e problemas envolvendo a construção da Linha 17 devem fazer com que a primeira conexão entre o aeroporto e o metrô seja feita na Estação Campo Belo, da Linha 5-Lilás, que fica antes do trem. Com quatro anos de atraso, ela deve ser concluída em 2018, segundo o Metrô, um pouco antes da extensão das duas pontas do monotrilho.

O especialista e mestre em Transportes pela Universidade de São Paulo (USP) Horácio Augusto Figueira afirma que "a demanda por passageiros” no trecho que o Metrô vai priorizar é "pífia”. "Um corredor de ônibus à esquerda, com os coletivos entrando no aeroporto, ficaria bem mais acessível. Ele já estaria operando e com um custo bem menor.” Ele ainda classifica a falta de conexão com a Linha 1-Azul como "cruel” para os passageiros. "É um erro tirar esse ramal da Linha 1-Azul. Aliviaria a conexão com a Linha 4.”

Comparação. Se cumprido o novo cronograma da Linha 17, em seis anos de obras, a gestão Alckmin terá aberto sete estações e construído 7 km de monotrilho na capital. Para efeito de comparação, também ao longo de seis anos, entre 1968 e 1974, o Metrô abriu sete estações da Linha 1, com obras subterrâneas, consideradas mais complexas e mais caras.

A Linha 17 foi orçada inicialmente em R$ 3,9 bilhões, mas já está custando R$ 5,5 bilhões, um aumento real de 41%.

Década. Já o monotrilho da Linha 15-Prata (Vila Prudente-Cidade Tiradentes), na zona leste, começou a ser construído em 2011, com previsão de entrega de 24 km de extensão e 17 estações em 2014. Até agora, apenas o primeiro trecho, de 2,9 km entre a Estação Vila Prudente, na Linha 2-Verde do Metrô, e a Estação Oratório, está em operação. Quando estiver completa, a linha deverá receber 500 mil passageiros por dia.

Em resposta a questionamentos feitos pelo conselheiro Antonio Roque Citadini, do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o secretário estadual de Transportes Metropolitanos e presidente do Metrô, Clodoaldo Pelissioni, informou que o trecho até São Mateus deve ser concluído em etapas, entre 2017 e 2019, e que o monotrilho só deverá chegar à Cidade Tiradentes, no extremo leste, em abril de 2022, ano da Copa do Catar. A retoma das obras está congelada até dezembro de 2018.

Ao todo, 38,6 km de monotrilho haviam sido prometidos até o fim de 2015, incluindo a Linha 18-Bronze (Tamanduateí-São Bernardo do Campo), que ligará a Linha 2-Verde do Metrô ao ABC paulista e não tem mais prazo para começar, mais de um ano após a assinatura do contrato. Apenas 7,5%, porém, foram entregues.

Metrô diz que priorizou trechos em andamento

O Metrô informou em nota que decidiu priorizar trechos do monotrilho onde as obras já estão em andamento nas Linhas 17-Ouro (Jabaquara-Morumbi) e 15-Prata (Vila Prudente-Cidade Tiradentes) antes de abrir novos canteiros em razão da crise econômica.

Embora tenha suspendido a construção de dois trechos da Linha 17, o fato de projetos executivos já terem sido licitados "garante que as obras serão retomadas no futuro, com a melhora da economia”, diz a empresa.

O Metrô afirmou que "também há a necessidade de equacionar as pendências e a duplicação dos viários para a implementação das colunas e vigas dos monotrilhos” das Linhas 15 e 17.

No caso da Linha 17, a empresa afirmou que faltam a emissão da Licença Ambiental de Instalação pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, o prolongamento da Avenida Hebe Camargo e o reassentamento de 10 mil famílias. Já na Linha 15, faltam o remanejamento da galeria do Córrego da Mooca e duplicação e adequação da Avenida Ragheb Chohfi. Essas informações foram repassadas ao Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Obra de monotrilho desvaloriza e danifica imóveis

Na esquina da Rua Vieira de Morais com a Avenida Washington Luís, no Campo Belo, zona sul, repousa há um ano e meio uma viga de 90 toneladas que despencou sobre operários da obra da Linha 17-Ouro do monotrilho, matando Juraci Cunha dos Santos, de 25 anos, e deixando outros dois feridos. A cena simboliza uma obra que, até agora, só degradou a região e irrita comerciantes e moradores.

No Hotel Blue Tree, a obra deixou infiltrações e rachaduras em uma sala. A coordenadora de serviços exclusivos, Camila Damiani, de 28 anos, afirma que a obra "desvaloriza” o imóvel. "Ter uma sala de eventos que fica fechada é prejuízo”, diz. Ela conta que os hóspedes não gostam de ficar em quartos voltados para o monotrilho.

Logo depois do hotel, há mais um canteiro de obras. Em vez de operários no local, homens cortavam o mato que cresce entre estruturas metálicas já enferrujadas. Os tratores e outros veículos usados pela construção civil estavam estacionados no dia 18, quando a reportagem visitou o local.

Frustração. Na Rua Xavier Gouveia, moradores se mostram insatisfeitos com a poluição visual da linha, o atraso na entrega e os danos nos imóveis.

A gerontóloga Beth Macedo, de 52 anos, demonstrava felicidade de saber que o monotrilho que é visto da sala e da cozinha de seu sobrado poderia chegar até a Linha 1-Azul, até saber que os planos tinham mudado e que não há mais prazo para a obra. "Isso é inacreditável. Vamos ter uma obra dessa no quintal de casa, fazendo barulho, com gente olhando para dentro da minha residência, de uma obra que leva do nada para lugar nenhum”, diz.

Vizinha de Beth, a aposentada Maria Eugênia, de 67 anos, conta que seu sobrado, antes avaliado em R$ 1,2 milhão, teve o preço reduzido para R$ 800 mil. Ela tem vontade de sair, mas teme o prejuízo. "Agora eu nem sei mais o que fazer. Parece que não vai ficar pronto nunca. Só espero estar viva para ver a linha funcionando e valorizar novamente meu imóvel.”

Para o diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Mackenzie, Valter Caldana, as queixas são pertinentes. "Os monotrilhos, à medida em que geram uma agressão à paisagem, acabam refletindo na sociedade um sentido de rejeição”, diz.

Em nota, o Metrô informa que a empresa e o consórcio "monitoram todas as interferências relativas às obras, fazendo os reparos necessários nos imóveis”. O consórcio já foi notificado para que "providencie melhorias nas condições dos canteiros” e a viga não foi retirada porque a Superintendência Regional do Trabalho "ainda não liberou o lançamento das vigas curvas”.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Linha 15-Prata do Monotrilho tem horário de funcionamento ampliado

21/12/2015 - G1 SP

A Linha 15-Prata do Monotrilho começa a cicular das 6h às 20h entre as estações Oratório e Vila Prudente, onde há integração com a Linha 2-Verde do Metrô, a partir desta segunda-feira (21). Antes, o horário de funcionamento era das 7h às 19h.

O trecho de 2,9 km começou a operar em horário comecial em agosto deste ano. O projeto total da obra prevê 18 estações e 26,6 km de trilhos. Dez estações deveriam ter sido entregues em 2015, mas em maio a data foi alterada para 2017.

Quando estiver completa, ligando o Ipiranga a Cidade Tiradentes, a Linha 15-Prata deve transportar 500 mil pessoas diariamente. Atualmente, 8 mil pessoas utilizam o transporte.

Atrasos

Em 2009, o então governador José Serra (PSDB) disse que a expectativa era que a Linha 15-Prata chegasse da Vila Prudente a São Mateus até 2010, com a expansão até Cidade Tiradentes concluída em 2012.

Depois, em julho de 2013, a entrega do primeiro trecho foi prometida pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) para janeiro de 2014. Quando o prazo chegou, a abertura foi adiada para março e, finalmente, a operação assistida começou em agosto do ano passado.

Em março deste ano, o secretário Estadual de Transportes, Clodoaldo Pelissioni, afirmou que o desvio do Córrego Mooca, essencial para a construção das próximas três estações da linha, começaria em abril e seria concluído em 15 meses.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Linha 18 tem prazo prorrogado para 2020

25/11/2015 - Diário do Gde ABC

Sem início de obras após mais de um ano e três meses da assinatura de contrato – as intervenções eram para começar em junho –, o prazo para conclusão da Linha 18-Bronze do Metrô (Tamanduateí-Djalma Dutra), que ligará o Grande ABC à Capital por monotrilho, foi estendido para, no mínimo, 2020. Essa informação foi admitida ontem em audiência pública na Assembleia Legislativa. A entrega estava prevista para 2018. Representantes de União e Estado mantiveram divergência sobre o aval a financiamento para desapropriações, trâmite hoje paralisado na Cofiex (Comissão de Financiamentos Externos), órgão ligado ao Ministério do Planejamento.

No total, as obras da Linha 18 custarão R$ 4,2 bilhões, sendo R$ 407 milhões para desapropriações, sob responsabilidade do Palácio dos Bandeirantes. A proposta original do governo paulista era obter financiamento junto à Caixa Econômica Federal, mas a crise econômica afetou o acordo. Diante do impasse, mudou-se a fórmula e houve autorização a firmar operação de crédito com banco internacional. Essa negociação necessita de sinal verde da Cofiex. Reunião entre os envolvidos para tratar do caso sofreu suspensão em agosto. Isso porque o Tesouro Nacional solicitou à Cofiex que retire da pauta a análise de todos os pedidos de empréstimo.

Secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni descartou, durante a atividade, qualquer entrave técnico para andamento das intervenções e afirmou que espera por aprovação da Cofiex no primeiro trimestre de 2016, alegando que o governo possui limite para endividamento. "Vamos tomar dinheiro no Exterior, sem onerar diretamente a União. Por isso, acreditamos que é possível obter aval a esse financiamento. Com esse quadro, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) tende a assinar contrato. Esse acordo está faltando para viabilizar o contrato, e até o fim do ano que vem iniciarmos as obras. Entre 2019 e 2020 hoje é a realidade. ”

Diante da falta de aporte, o contrato com o Consórcio ABC Integrado está até agora sem efetividade. Conforme previsto na licitação, houve aditamento por mais seis meses, prazo que se expirou em fevereiro. Com o problema, o governo estadual fez novo aditivo de prazo já em comum acordo com o privado por mais 180 dias, que venceu em agosto. O máximo de tempo, segundo ajustes, seria renovação pelo mesmo período em fevereiro de 2016. "Não queremos essa prorrogação”, disse Pelissioni, deixando poucas chances de emplacar plano B e consolidar outra forma de financiamento.

O secretário nacional de Transporte e Mobilidade Urbana, Dario Rais Lopes, sustentou que o Estado poderia, "com um pouco de criatividade”, superar os impasses com verba – ele disse isso em audiência em Brasília há três semanas. Segundo ele, o Palácio dos Bandeirantes deveria transferir para a iniciativa privada algumas responsabilidades e renegociar o contrato. O titular da Pasta falou em risco em acelerar a negociação devido à tecnologia ser nova. "O fato de não começar a obra é bom, pois o pessoal técnico discute solução. Não vejo isso como problema. Permite que se faça melhor a implantação, resolvendo bem, primeiramente, as Linhas 15-Prata (Vila Prudente-Cidade Tiradentes) e 17-Ouro (Congonhas-Morumbi). ”

Responsável por convocar a audiência para debater o atraso, o presidente da Comissão de Transportes da Assembleia, deputado Orlando Morando (PSDB), discordou que seja preciso finalização das linhas que estão em obras para ter outro modal. "A dificuldade é financeira. Infelizmente, fomos surpreendidos pela crise. O que ficou claro é que não existe risco de o modal não existir. O Consórcio reconheceu que fez contrato da compra dos materiais rodantes, que são os trens.”

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Governo deve relicitar Estação Morumbi do monotrilho da Linha 17

17/11/2015 – Via Trolebus – São Paulo/SP

Quem passa diariamente pela Marginal Pinheiros, nas imediações da Ponte Morumbi, já deve ter notado que a estação do Morumbi, da linha 9 da CPTM, ainda continua do mesmo jeito de sempre, sem nenhuma obra para acomodar a futura conexão com a linha 17 – ouro. Nota também que há muitas vigas do monotrilho porém, perto da estação, há um vazio, sem nada. Por que as demais estações da linha 17 – ouro seguem avançando, mas a Morumbi não sai?

O secretário estadual dos transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni., informa o porque. Em entrevista a Revista Brasil Engenharia, ele diz que a estação do monotrilho terá que ser relicitada.

O novo projeto abrigará uma estação maior e haverá uma maior integração com as duas linhas. No projeto original, seria construída uma pequena estação ao lado da atual da CPTM, mas o Metrô chegou à conclusão que o adensamento da região, com inúmeros prédios comerciais, deve aumentar a demanda de passageiros, o que exigirá uma nova parada, ao sul da atual. A licitação deve ser lançada nos próximos meses.

Clodoaldo ainda cita o pátio como “ponto crítico” da obra da linha 17. O patio está sendo construído em cima de um piscinão, localizado no fim da Avenida Roberto Marinho, e exigiu a cravação de mil estacas e uma estrutura elevada com dois andares para manutenção dos trens.

Previsto inicialmente para ser entregue para a Copa de 2014, a nova previsão da primeira fase da linha 17 está para 2017. Será que será possível mediante tantos obstáculos?

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Monotrilho entre capital paulista e ABC vai atrasar por "impasse técnico"

05/11/2015 - Diário do Grande ABC 

Prazo para a Linha 18-Bronze, o metrô do Grande ABC, era 2018 mas será postergado, sem previsão de data, declarou em Brasília o secretário nacional de Mobilidade Urbana

Beto Silva

Monotrilho da linha 18-Bronze: problemas técnicos
Monotrilho da linha 18-Bronze: problemas técnicos
créditos: Divulgação

Em audiência pública da comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara Federal, ocorrida nesta quarta-feira (4) em Brasília, o secretário nacional de Transportes e de Mobilidade Urbana, Dario Rais Lopes, revelou que as obras da Linha 18-Bronze do Metrô, que passará por três cidades da Grande São Paulo, atrasarão e não apenas por problema de financiamento.  

Segundo o secretário, há um impasse técnico atrapalhando o andamento da intervenção, que teve contrato assinado em agosto de 2014, mas ainda não começou. Isso porque a Linha 17-Ouro (ligará o aeroporto de Congonhas ao Estádio do Morumbi), que também é no modelo monotrilho, tem previsão para iniciar operação em 2017 e passará por testes, os quais embasarão a aprovação da Linha 18. Assim, o prazo para o funcionamento do Metrô do Grande ABC, que era 2018, será postergado e não terá mais data para inauguração.

Dario Lopes explicou que há obstáculos técnicos a serem superados por trás do atraso da Linha 18, além da questão relacionada a recursos financeiros. Atualmente, são três linhas de monotrilho projetadas para a região metropolitana de São Paulo. A Linha 15-Prata (Vila Prudente-Cidade Tiradentes) e as Linhas 17 e 18.

A Linha 15 funciona apenas parcialmente. Dos 26,6 km do trajeto, só 2,9 km estão em operação (Vila Prudente-Oratório). Também há problemas nessa obra, disse o representante do governo federal: os trens trepidam e não há programa de segurança implementado. Segundo ele, as soluções estão sendo estudadas pelos governos Geraldo Alckmin (PSDB) e Dilma Rousseff (PT).

Já a Linha 17, ainda em construção, deveria ter sido entregue no ano passado, mas ficou para 2017. Essa linha é diferente da 15, pois não há padronização entre os três monotrilhos, acrescentou. E informou que, somente depois de o trajeto Congonhas-Morumbi começar a funcionar é que serão feitos os ajustes necessários que servirão de exemplo para a Linha 18. 

“Nós, profissionais da área de transporte, estamos assistindo a um processo que tem demonstrado grande dificuldade. Há grandes desafios a serem vencidos. Estamos em processo de aprendizado com a Linha 15, pois trata-se de nova tecnologia. Ela não opera em 100%. Aí teremos de começar com a Linha 17, que é outro modelo, pois não há padronização e não é o mesmo fornecedor (empresas contratadas são diferentes). Também haverá avaliações e adaptações no funcionamento. Como iremos começar a Linha 18 desse jeito? É melhor atrasar um pouco, mas fazer direito”, observou o secretário. “Não temos recursos em abundância. Não é prudente acelerar a Linha 18 até que tenhamos a Linha 17 resolvida.”

O deputado federal Alex Manente (PPS), autor de requerimento para realização da audiência, afirmou ter ficado “indignado” e “preocupado” com as informações passadas por Dario. “Até então sabíamos que havia impasse financeiro apenas. Estávamos trabalhando para solucioná-lo. Agora vemos que há novo desafio.”

Custos e obstáculos
A obra da Linha 18 custará R$ 4,26 bilhões, sendo R$ 1,92 bilhão de responsabilidade do poder público (repartido entre Estado e União), R$ 1,92 bilhão da iniciativa privada e R$ 407 milhões para as desapropriações, sob responsabilidade da gestão paulista. Com 15,7 km de extensão, será o primeiro ramal metroviário fora da capital. Terá 13 estações. A expectativa é transportar 314 mil passageiros por dia, com 26 trens.

Até ontem, o Ministério do Planejamento dizia que o obstáculo para o atraso na intervenção era o governo do estado, que não dava garantias para a contrapartida de R$ 407 milhões para as desapropriações. O Palácio dos Bandeirantes relatava que toda a documentação estava com a União e aguardava a liberação de financiamento de R$ 1,2 bilhão via BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Na audiência pública, Luiz Alberto Nozaki Sugahara, superintendente nacional de transferência de recursos públicos da Caixa Econômica Federal, limitou-se a dizer que “temos na matriz da Caixa grupo de pessoas que acompanha soluções técnicas e normativas para evoluir com rapidez e segurança operações desse tipo”, deixando claro que o problema não é a liberação do dinheiro.

Rodolfo Torres dos Santos, chefe do departamento de Mobilidade e Desenvolvimento Urbano do BNDES, corroborou. “Projetos dessa natureza são complexos. Nesse caso, há clientes diretos (o poder público), os concessionários e a PPP (Parceria Público-Privada) envolvidos no mesmo processo. Independentemente disso tudo, não é por conta de não ter contrato de financiamento que a obra não foi iniciada. Os recursos para desapropriações são hoje o maior entrave financeiro. Estamos em negociações constantes com o concessionário e com o estado. Não há pleito para acelerar liberação de verba. Caso isso ocorra, estamos preparados”, disse. 

O governo do estado, por meio da Secretaria de Transportes Metropolitanos, enfatizou que o atraso nas obras da Linha 18 tem base nos problemas financeiros. “No dia 14 de agosto, o Ministério da Fazenda retirou de pauta pleitos de novos empréstimos a entes subnacionais, caso da Linha 18, justificando o momento econômico atual e o vultoso volume de operações de crédito demandadas. A medida impacta negativamente na autorização dos financiamentos tramitados junto ao Cofiex (Comissão de Financiamentos Externos), vinculado ao Ministério do Planejamento. A secretaria segue em tratativas para que os recursos no valor de US$ 182,7 milhões (R$ 688,41 milhões), pleiteados para desapropriações, sejam aprovados com urgência.”

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Monotrilhos colecionam falhas, atrasos e estão mais caros

21/09/2015 - O Estado de S. Paulo

Anunciado há seis anos pelo Metrô de São Paulo como uma solução para garantir a expansão da rede de transporte na região metropolitana, o monotrilho coleciona falhas e atrasos e está mais caro do que o previsto, o que, segundo especialistas, coloca em xeque o modelo implementado de forma pioneira no País. A empresa defende a adoção do sistema e aponta questões pontuais para os problemas.

Dos 38,6 km de linhas prometidos até 2015, apenas 7,5% foram concluídos. A construção de metade das 36 estações previstas nas linhas 15-Prata (Ipiranga-Cidade Tiradentes) e 17-Ouro (Morumbi-Congonhas), que já deveriam ter sido entregues, está congelada. E as obras da futura Linha 18-Bronze (Tamanduateí-São Bernardo do Campo) não têm mais prazo para começar, mais de um ano após a assinatura do contrato.

Na Linha 15-Prata, com trecho de 2,9 km em operação, os trens ainda não cumprem regras do edital de licitação, como a velocidade máxima exigida. O Estado exigiu que os trens circulassem a 80 km/h – velocidade que técnicos consideram fundamental para que o intervalo projetado entre as composições fosse cumprido – e, assim, atender à demanda de 48 mil pessoas por hora. Usando um aplicativo de monitoramento de trajetos, a reportagem fez dez testes e constatou que a velocidade máxima era de 67 km/h.

Com metade da obra travada por atrasos nas desapropriações, o Metrô revê até o número de trens que a linha terá. A compra feita para a linha foi de 54 trens. Mas a companhia admite que não terá lugar para guardar 20 deles, uma vez que não há previsão para a construção do Pátio Ragueb Chohfi, em São Mateus, na zona leste, fora do chamado “trecho prioritário” – parte da obra prometida até 2018.

Na Linha Prata há ainda a elevação de custo em até 105% em relação à primeira promessa da obra. Ela era orçada em R$ 3,5 bilhões (valores corrigidos pela inflação) em 2010, segundo informações divulgadas pelo governo à época. Mas deve custar cerca de R$ 7,2 bilhões. Para efeito de comparação, a Linha 6-Laranja (São Joaquim-Brasilândia), que terá 15,9 km de metrô convencional, deve custar R$ 9,6 bilhões – e tem o dobro da capacidade de transporte.

Na Linha 17-Ouro, travada por atrasos nas desapropriações no Morumbi, zona sul, nenhum trem da linha – prometida para a Copa – está em testes.

Mais incerta de todas, a Linha 18-Bronze teve o atraso oficializado há um mês, quando o Metrô publicou informe postergando o início da obra por um prazo de seis meses a até dois anos. Em agosto de 2014, durante a campanha eleitoral, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) havia afirmado que a obra começaria “imediatamente. ” Agora, o governo diz que não recebeu recursos esperados da União.

Perda. Os atrasos fazem especialistas questionarem o modelo. “Na medida em que o monotrilho demora tanto quanto o metrô para ser implementado e os custos por quilômetro se aproximam, esse modelo passa a perder o atrativo. As linhas 15 e 17 estão encaminhadas, seria um prejuízo enorme voltar atrás. Mas a Linha 18, que nem sequer começou, é o caso de reavaliar se é a solução mais adequada. Fizemos uma aposta cara e temos de avaliar se vale a pena”, diz Jaime Waismann, consultor em Engenharia de Transportes e ex-professor da Universidade de São Paulo (USP).

O presidente da Associação de Engenheiros e Arquitetos do Metrô, Emiliano Stanislau Affonso Neto, defende o modelo. “É uma solução para atender a uma demanda de média capacidade. ” Mas faz ressalvas. “O Estado decidiu fazer muitas linhas ao mesmo tempo. Mas manteve o mesmo número de técnicos supervisionando os trabalhos. Eles acharam que compensariam buscando técnicos no mercado (terceirizados). Isso se mostrou um erro. ”

Ministério Público investiga “má qualidade” dos projetos

A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e Social do Ministério Público Estadual abriu, nessa quarta-feira, 16, dois inquéritos civis para apurar os “atrasos no projeto e sua má qualidade” nos monotrilhos das Linhas 15-Prata e 17-Ouro. O Metrô foi intimado a prestar esclarecimentos.

As investigações são desdobramentos dos depoimentos de um funcionário do Metrô, que foi ouvido pelo promotor Marcelo Milani por causa de outra investigação relacionada à companhia.

As informações colhidas motivaram o promotor a abrir inquéritos em separado, segundo informa portaria de instauração de inquérito da Linha 15.

Sobre esta linha, entre as suspeitas apontadas pelo promotor, está o fato de que o atraso pode estar relacionado a restrições do projeto “e do respectivo processo licitatório”.

Já sobre a Linha 17-Ouro, a portaria do inquérito afirma que as empresas responsáveis pela construção dos trens, a MPE, brasileira, e a Scomi, da Malásia, estariam, respectivamente, “em situação pré-falimentar” e “com dificuldades técnicas para entregar o que vendeu ao Metrô”. A reportagem procurou o grupo, e a resposta foi que o cliente – o Metrô – é que responde pela obra. No caso da Linha 17, a empresa também tem prazo de 30 dias para se manifestar.

Leia mais: http://www.revistaferroviaria.com.br/index.asp?InCdEditoria=1&InCdMateria=23825

Governo Alckmin estuda privatizar dois monotrilhos de SP

13/10/2015 - Folha de São Paulo

O governo de São Paulo estuda privatizar a operação dos dois monotrilhos da capital. A Folha apurou que a ideia é terminar as obras iniciadas e conceder à iniciativa privada as linhas 15-prata, na zona leste da cidade, e a 17-ouro, na zona sul.

Entre os modelos em estudo está o pagamento de um valor por passageiro a uma concessionária em troca da operação, como na linha 4-amarela do metrô. Além disso, a empresa também pode ficar responsável por comprar novos trens, por exemplo.

Na gestão Geraldo Alckmin (PSDB), a privatização é bem vista porque evitaria a contratação de mais funcionários e aliviaria o caixa do Estado.

A medida é apontada como solução para levantar a verba necessária à conclusão das duas linhas, que tiveram metade dos trajetos prometidos congelados pelo governo —sem definição sobre se, e quando, serão executados.

A concessão, que já foi anunciada para a linha 5-lilás, também enfraquece o Sindicato dos Metroviários, considerado grevista pela gestão. Funcionários de concessionárias não são representados pela entidade, que é contra as privatizações.

PROBLEMAS

A privatização é a mais nova aposta do governo para tentar salvar do fracasso sua opção pelo monotrilho.

Controverso pelo impacto urbanístico e pela segurança, esse modal ainda é muito pouco usado no mundo como meio de transporte de massa.

Teve um boom nas décadas de 70 e 80, caiu no ostracismo, mas ressurgiu, há alguns anos, sobretudo em países em desenvolvimento como China e Malásia —e Brasil.

Em São Paulo, foi adotado sob a justificativa de ter construção mais rápida e barata que um metrô convencional.

Na prática, porém, esses benefícios não se concretizaram. Quase seis anos se passaram desde o primeiro contrato, e as duas linhas em obras estão longe de ficar prontas.

Na melhor das hipóteses, em 2018, 17 de 36 estações prometidas estarão abertas e 21,9 km —de 44,4 km anunciados— serão entregues. O atraso em relação à previsão inicial passará de seis anos, no caso da 15-prata, e de quatro anos, no caso da 17-ouro.

Os custos das duas linhas também estão maiores do que os previstos inicialmente. Na linha 15, por exemplo, o preço apenas das fases em obras já subiu em R$ 300 milhões.

Outra linha planejada é a 18-bronze, que vai atender a região do ABC Paulista. O contrato foi assinado no ano passado, já prevendo operação privada. Mas não se sabe quando ela sairá do papel.

Era para ser rápido de implantar e mais barato, mas nenhuma das vantagens foi alcançada afirma Marcos Kiyoto, arquiteto e mestre em planejamento urbano.

Ele avalia que houve um excesso de confiança nas vantagens da tecnologia. É um sistema bastante peculiar, que não tínhamos domínio técnico no Brasil, e pouco domínio técnico no mundo.

O otimismo com o monotrilho era tão grande que, na década passada, Estado e prefeitura chegaram a cogitar a construção de 197 km de linhas elevadas, depois abandonadas ou alteradas.

Para Peter Alouche, especialista em transporte que trabalhou décadas no Metrô, faltou debate. Em artigo na revista Engenharia, ele diz que apresentações feitas pelo Metrô nunca responderam dúvidas que permanecem no consciente técnico coletivo.

Já Epaminondas Duarte Junior, escalado pelo Metrô para falar sobre o monotrilho, diz que o sistema é eficiente e está em sintonia com vários outros pelo mundo. Estudamos os sistemas do Japão e da Malásia antes de montarmos os projetos, diz.

Para ele, ainda que não substitua o metrô, cuja demanda é maior, o modal é fundamental para a integração da rede de transporte.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Linha do monotrilho de SP não tinha projeto nem orçamento, diz TCU

01/10/2015 - Folha de SP

A obra da linha 17-ouro, um dos monotrilhos de São Paulo, não tinha projeto básico e nem orçamento quando foi licitada, o que contraria a lei. É o que constatou auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União), aprovada nesta quarta-feira (30).

Um trecho da obra, de oito quilômetros, deveria ficar pronto para a Copa de 2014. Mas o projeto só estará terminado entre 2016 e 2017. O custo total do projeto de 18 quilômetros, que era de R$ 3 bilhões já passou para R$ 5 bilhões.

Analisando uma representação do Ministério Público, o TCU apontou que a concorrência para a obra poderia ser realizada num regime especial, em que o projeto final é feito depois da contratação.

Mas, segundo o órgão de controle, isso não permitia que a disputa fosse realizada sem um projeto básico e um orçamento, como determina a lei. O Metrô de São Paulo enviou documentos e planilhas ao TCU para tentar comprovar que tinha um projeto básico e orçamento da linha 17. Mas o tribunal entendeu que "as informações disponibilizadas junto ao edital de licitação, constantes dos autos, não atenderiam às exigências necessárias para sua caracterização como um Projeto Básico adequado. Logo, a Administração não teria condições concretas para aferir os preços praticados (...)".

Em outro trecho, o relatório afirmou que "verifica-se que as planilhas estimativas apresentadas pelo Metrô não atendem à definição de orçamento detalhado, parte integrante do Projeto Básico".

O relator do processo, ministro José Múcio, considerou contudo que o TCU não pode atuar para identificar e punir possíveis responsáveis pelas irregularidades, tarefas que seriam do Ministério Público e do TCE (Tribunal de Contas do Estado), para onde foram remetidas as conclusões do tribunal.

Quando for entregue, a linha 17 vai ligar a estação Morumbi ao aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital.

Em nota, o metrô afirmou que prestará todos os esclarecimentos aos TCU. "O relator do TCU reconheceu a limitação de competência do tribunal para análise dos procedimentos licitatórios da Linha 17-ouro, considerando, em seu voto, a representação improcedente", informou a companhia.

MOBILIDADE

Em outro processo, também analisado nesta quarta-feira (30), o TCU encontrou falhas do governo federal na aprovação de projetos financiados com recursos federais no setor de Mobilidade Urbana, entre eles a linha 17-ouro.

De acordo com o trabalho, o governo prevê gastar mais de R$ 100 bilhões no setor nos próximos anos, mas não tem sistemas adequados para verificar a qualidade dos projetos feitos por Estados e municípios, que ficam responsáveis pelas obras.

De acordo com relatório do ministro Augusto Nardes, ao analisar projetos com custos superiores a R$ 1 bilhão em que Estados e municípios pediram recursos federais para realizar obras de transporte público, os técnicos apontaram que o Ministério das Cidades apenas referenda o que as cidades e estados querem, sem analisar se a proposta se adequa às políticas públicas do setor.

"A deficiência das análises fica evidenciada nas notas técnicas integrantes daqueles processos administrativos, uma vez que deixam de explicitar, de forma clara e desenvolvida, os motivos que permitiram o agente público concluir pela efetiva observância dos objetivos da política", informa o documento.

Além disso, o TCU apontou que as políticas públicas de incentivo à compra de carro, com subsídios ao preços dos combustíveis e dos carros particulares, não levaram em conta a priorização ao transporte público, piorando a qualidade do serviço principalmente nas regiões metropolitanas.

"País rico não é o que pobre anda de carro. É o que o rico anda de transporte público", defendeu o relator. 

domingo, 20 de setembro de 2015

Após 6 anos, monotrilhos colecionam falhas, atrasos e estão mais caros

20/09/2015 - O Estado de SP

Leia: Obras da linha 4 do Metrô serão retomadas somente em 2016, diz secretário - O Estado de SP

Atraso deixa 31 trens novos do Metrô parados - O Estado de SP

MP investiga trens parados do metrô - O Estado de SP 

SÃO PAULO - Anunciado há seis anos pelo Metrô de São Paulo como uma solução para garantir a expansão da rede de transporte na região metropolitana, o monotrilho coleciona falhas e atrasos e está mais caro do que o previsto, o que, segundo especialistas, coloca em xeque o modelo implementado de forma pioneira no País. A empresa defende a adoção do sistema e aponta questões pontuais para os problemas.

Dos 38,6 km de linhas prometidos até 2015, apenas 7,5% foram concluídos. A construção de metade das 36 estações previstas nas linhas 15-Prata (Ipiranga-Cidade Tiradentes) e 17-Ouro (Morumbi-Congonhas), que já deveriam ter sido entregues, está congelada. E as obras da futura Linha 18-Bronze (Tamanduateí-São Bernardo do Campo) não têm mais prazo para começar, mais de um ano após a assinatura do contrato.

Na Linha 15-Prata, com trecho de 2,9 km em operação, os trens ainda não cumprem regras do edital de licitação, como a velocidade máxima exigida. O Estado exigiu que os trens circulassem a 80 km/h – velocidade que técnicos consideram fundamental para que o intervalo projetado entre as composições fosse cumprido – e, assim, atender à demanda de 48 mil pessoas por hora. Usando um aplicativo de monitoramento de trajetos, a reportagem fez dez testes e constatou que a velocidade máxima era de 67 km/h.




Com metade da obra travada por atrasos nas desapropriações, o Metrô revê até o número de trens que a linha terá. A compra feita para a linha foi de 54 trens. Mas a companhia admite que não terá lugar para guardar 20 deles, uma vez que não há previsão para a construção do Pátio Ragueb Chohfi, em São Mateus, na zona leste, fora do chamado "trecho prioritário” – parte da obra prometida até 2018.

Na Linha Prata há ainda a elevação de custo em até 105% em relação à primeira promessa da obra. Ela era orçada em R$ 3,5 bilhões (valores corrigidos pela inflação) em 2010, segundo informações divulgadas pelo governo à época. Mas deve custar cerca de R$ 7,2 bilhões. Para efeito de comparação, a Linha 6-Laranja (São Joaquim-Brasilândia), que terá 15,9 km de metrô convencional, deve custar R$ 9,6 bilhões – e tem o dobro da capacidade de transporte.

Na Linha 17-Ouro, travada por atrasos nas desapropriações no Morumbi, zona sul, nenhum trem da linha – prometida para a Copa – está em testes.

Mais incerta de todas, a Linha 18-Bronze teve o atraso oficializado há um mês, quando o Metrô publicou informe postergando o início da obra por um prazo de seis meses a até dois anos. Em agosto de 2014, durante a campanha eleitoral, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) havia afirmado que a obra começaria "imediatamente.” Agora, o governo diz que não recebeu recursos esperados da União.

Perda. Os atrasos fazem especialistas questionarem o modelo. "Na medida em que o monotrilho demora tanto quanto o metrô para ser implementado e os custos por quilômetro se aproximam, esse modelo passa a perder o atrativo. As linhas 15 e 17 estão encaminhadas, seria um prejuízo enorme voltar atrás. Mas a Linha 18, que nem sequer começou, é o caso de reavaliar se é a solução mais adequada. Fizemos uma aposta cara e temos de avaliar se vale a pena”, diz Jaime Waismann, consultor em Engenharia de Transportes e ex-professor da Universidade de São Paulo (USP).

O presidente da Associação de Engenheiros e Arquitetos do Metrô, Emiliano Stanislau Affonso Neto, defende o modelo. "É uma solução para atender a uma demanda de média capacidade.” Mas faz ressalvas. "O Estado decidiu fazer muitas linhas ao mesmo tempo. Mas manteve o mesmo número de técnicos supervisionando os trabalhos. Eles acharam que compensariam buscando técnicos no mercado (terceirizados). Isso se mostrou um erro.”

Metrô diz que trens da Linha 17 vão rodar no ano que vem

Empresa defende modelo de monotrilho; estruturas de seis veículos, de acordo com a companhia, já foram fabricadas

SÃO PAULO - O Metrô defende o modelo do monotrilho e afirma que não há problemas técnicos na implementação da Linha 15-Prata. Segundo a empresa, os primeiros trens da Linha 17-Ouro vão circular em São Paulo "a partir do fim de 2016”.

Sobre os problemas apontados pela reportagem, a empresa reconhece que os trens não circulam na velocidade estipulada pelo edital de licitação, 80 km/h, mas a 60 km/h. "A versão do CBTC (sistema de controle do trem) atualmente disponibilizada pela Bombardier (fabricante) limita a velocidade dos trens a 60 km/h no horário comercial (das 7h às 19h).

Nos demais horários são desenvolvidos os testes para a adoção da versão definitiva do CBTC”, diz nota da empresa, que promete aumentar a velocidade após a mudança. Questionada, a Bombardier não se manifestou.

Sobre o valor da obra – R$ 7,2 bilhões –, mais do que o dobro do divulgado no início do projeto (R$ 3,6 bilhões em valores corrigidos), a empresa diz que "o valor inicial informado pela reportagem está incompleto, pois não inclui as obras civis das estações, terminais de ônibus, pátio, sistema viário, ciclovia, sistemas de alimentação elétrica, telecomunicações e controle, entre outros”. As informações originais, repassadas pelo governo Alberto Goldman, em 2010, diziam que o valor incluía "17 estações” e "sistemas”.

Sobre a Linha 17-Ouro, o Metrô diz que "estruturas” de seis trens foram fabricadas. A empresa alega que ainda é preciso desapropriar entre "180 a 200 imóveis” para terminar a construção do traçado prometido originalmente, até o Morumbi, na zona sul. Mas a empresa não estipula datas. "O cronograma está em revisão”, diz a companhia. As desapropriações vão consumir ao menos mais R$ 200 milhões em recursos públicos.



Nova obra. Já sobre a Linha 18-Bronze, que ligará a capital ao ABC, a empresa programa o início das obras para fevereiro. Ela depende de liberação de cerca de R$ 2,4 bilhões entre financiamentos externos, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

MPE investiga ‘má qualidade’ dos projetos

SÃO PAULO - A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e Social do Ministério Público Estadual abriu, nessa quarta-feira, 16, dois inquéritos civis para apurar os "atrasos no projeto e sua má qualidade” nos monotrilhos das Linhas 15-Prata e 17-Ouro. O Metrô foi intimado a prestar esclarecimentos.

As investigações são desdobramentos dos depoimentos de um funcionário do Metrô, que foi ouvido pelo promotor Marcelo Milani por causa de outra investigação relacionada à companhia.

As informações colhidas motivaram o promotor a abrir inquéritos em separado, segundo informa portaria de instauração de inquérito da Linha 15. Sobre esta linha, entre as suspeitas apontadas pelo promotor, está o fato de que o atraso pode estar relacionado a restrições do projeto "e do respectivo processo licitatório”.

Já sobre a Linha 17-Ouro, a portaria do inquérito afirma que as empresas responsáveis pela construção dos trens, a MPE, brasileira, e a Scomi, da Malásia, estariam, respectivamente, "em situação pré-falimentar” e "com dificuldades técnicas para entregar o que vendeu ao Metrô”. A reportagem procurou o grupo, e a resposta foi que o cliente – o Metrô – é que responde pela obra. No caso da Linha 17, a empresa também tem prazo de 30 dias para se manifestar.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Liberação de verba para a Linha 18 depende de garantia estadual

01/09/2015 - Diário do Grande ABC

O início da construção da Linha 18-Bronze (Djalma Dutra-Tamanduateí), que ligará a rede metroviária da Capital a São Bernardo, passando por São Caetano e Santo André, depende da garantia de verba, cerca de R$ 407 milhões, para desapropriações por parte do governo do Estado. Segundo o Ministério do Planejamento, a resolução desta pendência é o único impasse para a aprovação do financiamento de R$ 1,2 bilhão via BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) necessário para as intervenções.

As informações foram repassadas pelo governo federal ao deputado estadual Alex Manente (PPS) em resposta a requerimento encaminhado pelo parlamentar à União em maio. "A partir de agora temos um dado oficial. Estamos programando uma audiência pública para questionar o que está de fato atrapalhando o andamento desta importante obra para o Grande ABC”, observa Alex.

Com data ainda a ser definida, a audiência pública terá o intuito de debater o tema. Para a audiência, o popular-socialista sugeriu que sejam convidados o ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), o presidente do Metrô paulista, Peter Walker, e o secretário de Transporte de São Paulo, Duarte Nogueira (PSDB), embutindo também os presidentes da Caixa Econômica Federal, Miriam Belchior (PT), e do BNDES, Luciano Coutinho.

O governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou ontem, durante a entrega de novo trecho do Corredor Metropolitano, em Guarulhos, que o início das intervenções se dará assim que houver o repasse de verbas por parte da União. "Temos um pedido de desapropriação que está na Secretaria do Tesouro Nacional e, assim que liberar, daremos início às obras”, garante.

A assinatura do contrato para a Linha-18 completou um ano em agosto. A expectativa era de que o Consórcio ABC Integrado tivesse começado os trabalhos de desapropriação em agosto. Com 15,7 quilômetros de extensão, a Linha 18-Bronze será o primeiro ramal metroviário expandido para fora de São Paulo. Com 13 estações, a previsão é transportar 314 mil passageiros por dia, com 26 trens à disposição.

A obra custará R$ 4,26 bilhões, sendo R$ 1,92 bilhão responsabilidade do poder público (repartido entre Estado e União), R$ 1,92 bilhão da iniciativa privada, além dos R$ 407 milhões para as desapropriações.

A gestão estadual trabalha com entrega do monotrilho até o fim de 2018, cronograma esse que deve ser alterado caso não haja solução para o impasse.

Investimento de R$ 99,7 milhões beneficiará 60 mil usuários por dia

Projetado e construído pela EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo), sob coordenação da Secretaria dos Transportes Metropolitanos, o trecho Cecap-Via Galvão do Corredor Metropolitano Guarulhos-São Paulo foi entregue ontem pelo governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB). O investimento para a construção foi de R$ 99,7 milhões.

O trajeto beneficiará 60 mil usuários por dia, oferecendo novas opções para moradores que precisam ir até a Capital. A viagem trará economia de até R$ 4,40 com possibilidade de integrações nas estações do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). "Estamos inaugurando esse corredor e 16 paradas. A próxima etapa é de 4,5 quilômetros que vai da Vila Galvão, em Guarulhos, até o Tucuruvi. A partir desse momento as pessoas que utilizarem esse trajeto irão chegar mais rápido ao sistema metroviário de São Paulo”, diz Alckmin.

 operação no trecho começará, gradativamente, a partir de hoje.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Divulgado balanço do primeiro dia de operação comercial da Linha 15

12/08/2015 - Via Trolebus

O Metrô de São Paulo divulgou um balanço da operação do Monotrilho da Linha 15-Prata no primeiro dia de horário estendido. A nova linha passou a operar das 7h da manhã até as 19h00.

Em um levantamento entre às 7h00 e 16h00, foram contabilizados mais de 3.500 passageiros. O número se refere aos usuários que cruzaram a linha de bloqueio das estações Oratório e Vila Prudente da Linha 15 e também os passageiros que vieram da Linha 2-Verde, utilizando a transferência gratuita. O tempo de espera entre a composição foi em média de 4 a 6 minutos.

Os demais trechos da Linha 15-Prata até o bairro de São Mateus devem ser entregues a partir de 2017, segundo projeções do Governo Paulista. A expetativa é que o monotrilho transporte por dia 550 mil usuários, quando completo entre a estação Ipiranga e o Hospital Cidade Tiradentes.

sábado, 8 de agosto de 2015

Em SP, falhas encarecem e atrasam obra do monotrilho

08/08/2015 - Folha de SP

Apresentado como uma solução rápida e barata para ligar a Vila Prudente até a Cidade Tiradentes, no extremo leste de São Paulo, o monotrilho da Linha 15-Prata do Metrô virou uma obra demorada e cada vez mais cara do governo Geraldo Alckmin (PSDB).

Uma entre outras obras atrasadas do metrô paulistano, esse projeto completo prevê um total de 18 estações, em um trajeto completo de 26,7 km. Mas há exatamente um ano apenas um trecho de 2,9 km, entre as estações Vila Prudente e Oratório, opera –em sistema de testes.

Nesta segunda (10), no mesmo trecho entre as duas únicas estações concluídas, o horário de funcionamento será ampliado (das 7h às 19h), e a tarifa de R$ 3,50 será cobrada.

A promessa de entrega da obra já mudou algumas vezes. Inicialmente, antes mesmo do atual edital, falou-se em 2012. A seguir, o prazo foi lançado para o final de 2015.

A obra não ficará completa antes do final de 2018 –até lá, a previsão oficial é concluir até nove estações.

O governo estima que gastará R$ 7,1 bilhões, mas já há ao menos dez aditivos de preço que vão encarecer a obra.

"Vantagens apresentadas, como a agilidade da obra e a interferência menor no viário, por exemplo, já deixaram de existir", afirma o consultor em transporte Flamínio Fichmann. Para ele, um BRT (tipo de corredor de ônibus com maior capacidade) teria sido mais barato e eficaz.

A reportagem conversou com pessoas ligadas à execução da linha do Metrô, que revelaram uma série de problemas, que vão de falhas tecnológicas a erros de projeto.

Entre eles, um erro no projeto obrigou a deslocar galerias subterrâneas de águas para a construção de estações, caso revelado pela Folha que ampliou os custos.

Mas esse é apenas um dos problemas. A licitação fatiada, com a construção da linha separadamente das estações, atrapalhou o andamento da obra, segundo engenheiros que atuam no monotrilho.

SÉRIE DE PROBLEMAS

Também houve atraso na chegada dos trens e problemas com sistemas de energia e softwares. Recentemente, técnicos resolviam falhas em um chip que passa informações dos pneus do trem para a central. Outro ponto problemático foi um sensor da porta, que emitia sinal incorreto.

A linha foi fechada nesta semana e, neste fim de semana, serão feitos os últimos testes. Usuários rotineiros reclamam da forte trepidação.

Quem mora próximo da linha afirma que, após um longo período com as obras paradas, os operários passaram a ser vistos com mais intensidade nos últimos três meses.

"Com esse começa e para só fica pronto em 2020", diz o pintor Marco Antonio Santos, 54, que mora perto da futura estação Camilo Haddad.

Dono de um bar perto da futura estação Vila União, Expedito Alves Coelho, 83, afirma que os sucessivos atrasos vêm causando prejuízo.

"Com essa obra na [avenida Luiz Ignácio de] Anhaia Mello, as pessoas não conseguem chegar aqui. E eu também não consigo trabalhar todos os dias, porque o barulho é muito alto", declara.

"Quando inaugurar, vai ser bom para mim. Mas já estou no fim da vida, não sei se vou ver isso não", completou.

Metrô nega erros e diz que estações estão sendo feitas

O Metrô nega que tenha cometido erros no projeto e diz que as vigas estão prontas até a futura estação Iguatemi.

Segundo a companhia, estão em andamento as obras de oito estações, de São Lucas a São Mateus. A previsão é que o trecho até Iguatemi esteja em funcionamento até 2018.

As obras do trecho até Cidade Tiradentes necessitam de outra medida. "É necessário o alargamento das avenidas Ragueb Chohfi, Estrada do Iguatemi e dos Metalúrgicos, em tratativas com Prefeitura de São Paulo, desapropriações e recursos financeiros", afirmou o Metrô, em nota, sem estipular um prazo.

Um dos entraves é a área de um pátio de manobras, próxima à Ragueb Chohfi.

A companhia afirma também que está em andamento o remanejamento da galeria de águas abaixo das futuras estações São Lucas, Camilo Haddad e Vila Tolstoi. "O Metrô tem conhecimento da existência da galeria do córrego da Mooca desde o projeto básico do monotrilho", afirma a companhia.

Segundo a nota, durante o desenvolvimento do projeto executivo, verificou-se a necessidade de soluções de engenharia. A opção de menor impacto foi o remanejamento.

A obra abrange melhorias, segundo o Metrô, como terminais de ônibus, sistema viário e ciclovia. Sobre a trepidação, o Metrô afirma que o monotrilho tem características específicas por utilizar pneus.

OBRAS ATRASADAS DA LINHA 15-PRATA

2010

Assinatura do contrato

Fim de 2015

Era o prazo para término das obras, que foi adiado para depois de 2018

OUTROS PROBLEMAS DA LINHA:

Falha

Houve problemas na rede com os sistemas de energia e softwares

Veículos

Trens demoraram para serem entregues

Galeria de águas

Uma galeria de águas pluviais sob a avenida Anhaia Mello terá de ser desviada para construir algumas das estações

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Monotrilho começa a operar em horário de pico neste mês

23/06/2015 - O Estado de SP

SÃO PAULO - O trecho de 2,9 quilômetros de monotrilho da Linha 15-Prata do Metrô - entre as Estações Vila Prudente e Oratório - deve começar a operar nos horários de pico até o fim do mês, dois meses após o prazo prometido pelo secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni. Em março, ele havia dito que o trecho funcionaria por 12 horas a partir de abril.

O monotrilho, que hoje funciona das 9 às 14 horas, passará a operar das 7 às 19 horas. O funcionamento integral (das 4h40 à meia-noite) está previsto para começar em agosto.

De acordo com o Metrô, a ampliação para 12 horas "depende da conclusão de testes de comissionamento (sincronização entre os equipamentos da linha) e ajustes de sinalização e dos trens fornecidos pela Bombardier". Para funcionar no horário comercial, é necessário ter quatro trens habilitados e testados para a operação, mas apenas dois trens podem levar passageiros.

A companhia ainda afirma que houve atraso do consórcio responsável pela obra de instalação do sistema de alimentação elétrica, o que fez o Metrô notificar as empresas pela revisão do cronograma.

Segundo o Expresso Monotrilho Leste, "a Bombardier trabalha para atender às necessidades do Metrô, mesmo considerando as limitações de infraestrutura impostas por outras empresas contratadas pela companhia e que não são de responsabilidade da Bombardier". Também de acordo com o consórcio, a decisão de expandir o horário de funcionamento é de "responsabilidade do Metrô".

A Linha 15-Prata está em testes há nove meses. Ao fim da obra - avaliada em mais de R$ 6 bilhões -, terá 17 estações e 16 quilômetros, entre a Vila Prudente e Cidade Tiradentes, no extremo leste, e fará integração com a Linha 2-Verde do Metrô. Cada composição terá capacidade para transportar 1.002 passageiros, a uma velocidade mínima de 35 km/h. A previsão do governo estadual é de que a instalação dos trilhos de concreto e a construção das estações terminem em 2017.

Vibrações. Em março, o Estado percorreu a Linha 15-Prata. Chamou a atenção a forma como o trem vibra conforme desliza pelos trilhos. Segundo Sérgio Ejzenberg, mestre em Transportes pela Universidade de São Paulo (USP), as composições não devem tremer para que a linha seja liberada para funcionar nos horários de pico.

"A vibração pode ter sido um dos problemas que precisaram ser resolvidos para começar a funcionar no horário de pico. Esse problema pode causar danos sérios tanto para a estrutura quanto para os vagões."

Para o especialista, o comissionamento da Linha 15-Prata demorou muito, e o trajeto entrará em operação comercial "saturado". "São Paulo é carente de metrô. Qualquer estação que seja inaugurada ou a ampliação de trechos e horários de funcionamento acabam atraindo passageiros que estão há décadas esperando."

A população da Vila Prudente aguarda com ansiedade o funcionamento do monotrilho em horário comercial. "Vai mudar a minha rotina, porque vou ganhar uns minutos a mais do dia, sem precisar perder tempo esperando o ônibus", diz a auxiliar administrativa Cláudia Santiago, de 49 anos. Ela acredita que o monotrilho permitirá uma economia de pelo menos 30 minutos em seu tempo de viagem até o trabalho.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Kassab nega corte à Linha 18-Bronze, mas admite alongamento de prazo

25/05/2015 - Diário do Gde ABC

O ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), garantiu que os repasses financeiros da União para auxiliar na construção da Linha 18-Bronze (Djalma Dutra-Tamanduateí), que ligará São Paulo ao Grande ABC, estão assegurados e não correm risco. Em encontro ontem com o deputado estadual Orlando Morando (PSDB) e o secretário de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos de Santo André, Paulinho Serra (PSD), em sua residência na Capital, o pessedista negou que o bloqueio de verba do governo federal, de R$ 69,9 bilhões, atinja as obras no setor anunciadas na região, mas admitiu 'alongamento' de prazo. "O que vai acontecer é prolongamento do calendário, não haverá rompimento de compromissos ou intervenções."

Os maiores entraves em INVESTIMENTOS foram programados justamente na Pasta de Cidades, com R$ 17,2 bilhões, e no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), de R$ 25,7 bilhões. Apesar do impasse orçamentário, Kassab reiterou, em entrevista ao Diário, que todas as promessas referidas "serão honradas" pelo Planalto. "Tudo aquilo que ficou estabelecido da nossa parte para Santo André, São Bernardo e São Caetano neste sentido continuará mantido, só que haverá alongamento em algumas coisas (áreas). Nós honraremos. E certamente o aporte terá novo cronograma", ponderou, sem estipular período. Há acordo por transferência de R$ 400 milhões, do OGU (Orçamento Geral da União), via PAC, para o modal – a aplicação total é de R$ 4,26 bilhões.

A declaração de Kassab se dá em momento de desconfiança sobre a manutenção dos projetos fixados em parceria com o governo Dilma Rousseff (PT), que adotou a medida de contingenciamento das despesas na tentativa de alcançar meta de superavit primário. Ao comentar o congelamento de montante federal e minimizando o impacto da iniciativa, o ministro mencionou que há cálculo estimado de R$ 800 bilhões de INVESTIMENTO em oito anos, entre quantia proveniente de investimento público e privado, incluindo o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.

Morando acentuou que as palavras de Kassab são fundamentais para tirar qualquer dúvida quanto ao acordo. Para o tucano, o ministro deixou claro que, no que depender da Pasta dele, vai contribuir no que for necessário para sair a liberação. "Saímos da reunião com a confirmação de que não existirá corte aos projetos de Mobilidade Urbana do Grande ABC. Isso é muito importante para garantir a execução do plano. O que ele ponderou é sobre a protelação do prazo, o que deve adiar o início de obras", frisou.

As intervenções estavam previstas para começar em junho, conforme acerto no passado. Por outro lado, há ainda imbróglio sobre o empréstimo requerido pelo governo do Estado junto ao BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), no valor de R$ 1,276 bilhão, que não se concretizou. Em contrapartida, a instituição descarta barreira e afirmou que o pleito ao aporte encontra-se em processo regular de análise. "O Kassab também ficou de verificar essa questão", disse o deputado.

A gestão estadual trabalha com entrega do monotrilho até o fim de 2018. Paulinho citou a reprogramação do repasse ao projeto como sinal de que há compromisso com a realização das obras. "O ministro foi categórico de que as intervenções não correm risco. Essa demonstração nos deixa tranquilos, porque gerou insegurança, como havia no Poupatempo (de serviços, inaugurado em Santo André na semana passada)."

REFORMA DE ESTAÇÕES

Kassab ratificou que o INVESTIMENTO de R$ 590 milhões da Pasta federal para reforma das estações da Linha 10-Turquesa, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), será liberado "assim que o Estado solucionar as pendências" de titularidade, licenciamento e engenharia. "Falta documentação para encaminhar o projeto." Conforme reportagem publicada ontem pelo Diário, burocracia ainda atrasa as intervenções. Proposta deveria ter iniciado em 2014.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Consórcio acelera projeto metroviário da Linha 18 em SP

07/12/2014 - O Estado de S. Paulo

O Consórcio ABC Integrado, que conquistou a concessão da Linha 18 (Bronze) da Rede Metroviária de São Paulo, ainda aguarda o início da vigência do contrato para começar as obras do monotrilho. Mas enquanto a declaração de início do prazo de vigência do contrato não ocorre, o grupo, liderado pela Primav, do grupo CR Almeida, e com participação da Cowan, Encalso e a argentina Benito Roggio, já encaminha processos em várias frentes, visando a acelerar a construção. Com isso, a estimativa é que as obras possam ser iniciadas ainda no primeiro semestre do ano que vem.

O diretor Financeiro da CR Almeida, João Alberto Bernacchio, informou que a companhia já iniciou os trabalhos de elaboração de projeto executivo, além de ter contratado um assessor para as desapropriações necessárias e já estar em negociações para o financiamento. "A rigor, o projeto executivo deveria ser elaborado apenas após a eficácia do contrato, mas a antecipação desse trabalho pode permitir o início das obras dois a três meses após a eficácia, enquanto o contrato prevê um ano", disse.

Conforme Bernacchio, esse é um dos primeiros contratos de concessão em que há uma cláusula de eficácia, que prevê o início da vigência do prazo apenas após uma "etapa preliminar", durante a qual poder concedente e consórcio precisam cumprir determinadas atividades formais. Essa fase tem duração prevista de seis meses, prorrogáveis por mais seis. Como o contrato foi assinado em agosto, a estimativa é de que a vigência será declarada em fevereiro. "Nos antecipamos porque acreditamos que estará tudo certo", disse.

Desde o início, o consórcio afirma que pretende antecipar a conclusão das obras que, segundo o contrato, tem prazo máximo de quatro anos. A antecipação permitiria adiantar o início das operações, e consequentemente as receitas, garantindo maior rentabilidade para a concessionária. O consórcio foi o único a apresentar proposta pelo projeto, uma concessão patrocinada (PPP), exigindo um valor de contraprestação de R$ 315,9 milhões, com um deságio de 0,27% em relação ao valor máximo permitido.

Financiamento

Entre as atividades que o consórcio precisa realizar até fevereiro para obter a eficácia está a apresentação de um plano preliminar de desapropriação e um plano de financiamento detalhado da concessão, indicando as fontes de todos os recursos, próprios e de terceiros, que suportarão os investimentos em obras civis, sistemas e material rodante, assim como demais despesas da fase de implantação da linha.

Em contrapartida, o governo paulista precisa, entre outras atividades, apresentar a estruturação financeira definida do fluxo de aportes, abrangendo os recursos provenientes do Orçamento Geral da União e a aprovação do contrato de financiamento do BNDES.

A Linha 18 tem custo estimado de R$ 4,2 bilhões, dos quais R$ 3,8 bilhões no projeto e outros R$ 406 milhões em desapropriações. Do total, R$ 2,335 bilhões serão custeados pelo Estado de São Paulo e o governo federal contribuirá com cerca de R$ 400 milhões provenientes do PAC 2, para as desapropriações.

O BNDES deverá atuar como financiador, seja do aporte público seja do investidor privado, em um valor global que não deve superar os 70% do custo do projeto. Segundo o diretor da CR Almeida, a Linha 18 está em fase final de enquadramento no banco, o que deve ser concluído ainda este ano. Bernacchio comentou que, além do empréstimo do BNDES, a intenção do consórcio é obter um empréstimo dedicado para o sistema rodante, possivelmente no mercado externo, uma vez que parte dos equipamentos deverá ser importada.

Além disso, o grupo pretende ir a mercado, com uma emissão de debêntures que pode ser feita já em 2015. Ele indicou que a captação poderia somar R$ 400 milhões. "Mas ainda estamos em conversas preliminares, não tem nada definido", salientou. O BTG Pactual atua como assessor financeiro do consórcio.

A Linha 18 terá 14,9 quilômetros de vias e 13 estações, e deve interligar os municípios de São Caetano do Sul, Santo André e São Bernardo do Campo ao sistema metroferroviário paulistano por meio de integração na Estação Tamanduateí (Linha 2 - Verde do Metrô e Linha 10 - Turquesa da CPTM).


Deputada solicita extensão da Linha 18 do metrô de SP

21/05/2015 - Assembleia Legislativa do Estado de S. Paulo

Vanessa Damo (PMDB) esteve na manhã de terça-feira, 19/5, com o secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, para solicitar a extensão do Metrô para a microrregião de Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.

No encontro, a parlamentar destacou a importância do sistema metroviário para esses três municípios que possuem população estimada em 620 mil pessoas. "Os usuários ainda são dependentes apenas da Linha 10-Turquesa da CPTM. Pedi ao secretário que seja feito estudo para estender a Linha 18-Bronze, que vai até Santo André, para Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra", afirmou.

A previsão do início das obras da Linha 18-Bronze é agosto de 2016. "O pedido da deputada é importantíssimo para atender a região que é bastante populosa. Vamos verificar a possibilidade", afirmou o secretário Clodoaldo.

Ainda sobre as obras metroviárias, Vanessa solicitou estudo de viabilidade para construir um braço do Monotrilho (Linha 15-Prata) a partir da Estação Jacu-Pêssego chegando até Mauá. "Seriam três estações: Oratório, Paranavaí e Centro de Mauá", explicou a deputada.

O Expresso ABC, trem com menos paradas e com via paralelo à Linha 10-Turquesa, foi outra pauta da reunião. "A população do Grande ABC nos cobra muito sobre esse trem que chegaria na Estação da Luz em até 20 minutos. Acredito que essa obra iria desafogar o fluxo, que é de 400 mil passageiros por dia", completou Vanessa. 

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Geraldo Alckmin diz que vai levar monotrilho até Paraisópolis

27/04/2015 - Portal IG

O governador Geraldo Alckmin recebeu, nesta sexta-feira (24), representantes da Paraisópolis no Palácio do Governo. Durante o encontro, ele ratificou o comprimisso de levar o monotrilho até a segunda maior favela de São Paulo.

A reunião entre o governador e o líder do movimento #EuAmoParaisópolis, Gilson Rodrigues, foi para debater questões relacionadas ao atraso do processo de construção da linha 17-Ouro do metrô. A obra deve melhorar o sistema de transporte público na região do Morumbi, onde a comunidade fica localizada.

Outro assunto tratado foi os projetos de urbanização da Paraisópolis, que incluem moradia popular da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) e saneamento básico, que estão paralisados.

terça-feira, 31 de março de 2015

Monotrilho deve levar um ano para operar em horário integral

31/03/2015 - O Estado de SP

SÃO PAULO - O secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, afirmou na manhã desta segunda-feira, 30, que o primeiro trecho da Linha 15-Prata do Metrô de São Paulo terá seu horário de funcionamento ampliado para 12 horas diárias ainda em abril. Mas o funcionamento integral da estrutura só ocorrerá em agosto, ou seja, um ano após o governador Geraldo Alckmin (PSDB) entregar a obra. Na época, ele concorria à reeleição.

Com isso, o ramal passará a funcionar das 7h às 19h ainda neste mês. Hoje, o percurso de 2,9 km entre as Estações Vila Prudente e Oratório só ocorre das 9h às 14h. Esse trecho do monotrilho foi aberto ao público no fim de agosto de 2014, mas ainda segue fechado durante a maior parte do dia.

Pelissioni alegou problemas de fornecimento elétrico para justificar a demora de mais de sete meses para a entrega total das duas primeiras estações da Linha 15. Uma das promessas do governo estadual para a construção de monotrilhos era o menor tempo de execução da obra. Mas a construção da Linha 15 começou em 2010.

"Temos duas empresas fazendo serviços para que possamos estender o horário. Primeiro, é a (fabricante de trens canadense) Bombardier, que está  comissionando quatro trens para que a gente possa fazer a operação por 12 horas", disse o secretário. "Isso está sendo concluído nos primeiros dias de abril. E nós temos um problema lá com a questão da energia, que é um contrato (entre) Siemens e MPE. A Siemens oferece equipamentos e a MPE é que faz serviços de ligações de energia. A MPE está com problemas, vocês estão acompanhando a Operação Lava Jato."

Com isso, de acordo com ele, a Siemens está assumindo os serviços da parceira de consórcio. A Siemens foi a empresa que revelou a existência do cartel no Metrô e na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) entre 1998 e 2008 (durante os governos dos tucanos Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra). Ela é investigada pelo Ministério Público Estadual e seu ex-presidente no Brasil acabou indiciado pela Polícia Federal.

"Até o fim de abril, queremos colocar ali em operação comercial", disse ainda Pelissioni. Questionado, no entanto, se a operação já será comercial plena, ou seja, das 4h40 à meia-noite, Pelissioni disse que não.

"É o horário de 12 horas, das 7h às 19h. depois, a gente tem um outro plano de expansão para até agosto", afirmou Pelissioni. A Linha 15 terá 26,6 km de extensão, entre a Vila Prudente a Cidade Tiradentes, na zona leste, ao custo de RS 5,5 bilhões.

Linha 4. O governador Alckmin afirmou durante evento de chegada de um tatuzão à área da futura Estação AACD-Servidor, na zona sul, que há multa prevista para o consórcio Ixolux-Corsán-Corviam, responsável pela construção da Linha 4-Amarela, que está com as obras praticamente paradas desde novembro do ano passado. O tucano, porém, não informou qual é o valor da multa.

Na semana retrasada, numa reunião entre o governo, o Banco Mundial (um dos financiadores do empreendimento) e o consórcio, chegou-se à conclusão de que o consórcio ainda tocaria a construção das Estações Higienópolis-Mackenzie e Oscar Freire. As outras duas estações que faltam ser construídas no ramal (São Paulo-Morumbi e Vila Sônia) necessitarão do lançamento de um novo edital por parte do governo, o que deve ocorrer até junho.

"Tem multa e tem garantia. O que ficou acertado com o Banco Mundial? Duas estações que estão bastante adiantadas (Higienópolis-Mackenzie e Oscar Freire), ela (o consórcio) terminaria. Teria este mês de abril (para recomeçar as obras). Não é para enrolar, é para pegar para valer a obra, pegar rápido e terminar. E nós vamos licitar as outras duas, que é (São Paulo-)Morumbi e Vila Sônia", disse Alckmin, que não informou o valor da multa.

Os dois contratos assinados em 2012 com o Isolux-Corsán-Corviam para a segunda fase da Linha 4 custam R$ 550 milhões. O consórcio alegou que o Metrô deixou de fornecer projetos necessários à continuidade das obras. O Metrô, por sua vez, sempre culpou apenas o consórcio pela redução do ritmo das obras. Agora, a Linha 4-Amarela só deve ficar pronta em 2018, conforme um cronograma apresentado nesta segunda-feira pelo secretário Pelissioni. Quando o ramal começou a ser construído, em 2004, o prazo chegou a ser anunciado para 2010.

Linha 5. No caso da expansão da Linha 5-Lilás, Alckmin promete agora entregá-la em, sua maior parte, em 2017, no trecho que vai da Estação Alto da Boa Vista a Chácara Klabin. Das paradas que estão nesse segmento, apenas a Campo Belo ficará para o ano seguinte, por envolver "grande interferência", segundo Alckmin. A expansão da Linha 5 já chegou a ser prometida para 2015.

terça-feira, 10 de março de 2015

Monotrilho só ficará pronto em 2017

08/03/2015 - Gazeta de Santo Amaro

Nessa semana o Secretário dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissoni, informou que a linha 17 ouro do Monotrilho, ficará pronta apenas em 2017. Os motivos são as dificuldades nas obras do pátio de manutenção e manobras, que está sendo construído em cima do piscinão da avenida Roberto Marinho. Esta é a terceira vez que o Governo do estado prorroga a entrega do monotrilho, inicialmente prevista para 2014. 

"Temos mais de mil estacas em cima do piscinão para construir o pátio, é uma obra mais complicada", disse o secretário. As obras foram iniciadas em 2011, com a promessa que o monotrilho ficaria pronto para a copa realizada ano passado. Inicialmente o estádio do Morumbi iria sediar jogos do evento, mas a mudança para o Itaquerão contribuiu para a prorrogação da linha que vai ligar o aeroporto de Congonhas ao estádio do Morumbi, e também às estações da linha azul do Metrô. A expectativa é que quando a linha ficar pronta, em 2017, atenda cerca de 100 mil pessoas por dia e beneficie tanto os moradores do Morumbi, Paraisópolis, quanto os passageiros que usam a linha 5 Lilás da CPTM e passam pela Marginal Pinheiros, todo o corredor da Roberto Marinho e linha Azul do Metrô.

Fonte: Gazeta de Santo Amaro
Publicada em:: 08/03/2015

Governo revê cronograma e metrô até Guarulhos fica para 2020

10/03/15 - Via Trólebus, Renato Lobo

Todas as seis linhas de metrô projetadas terão o cronograma revisto, inclusive a extensão da Linha-2 para Guarulhos. E sem prazo de entrega, afirma diretor do Metrô

Sem recursos, obras do metrô ficam sem prazo de conclusão
Sem recursos, obras do metrô ficam sem prazo de co
créditos: Reprodução
 
O governo de São Paulo apresentou um novo prazo para a entrega da Linha 2-Verde, na extensão entre a Vila Prudente e Guarulhos: 2020. A informação está na matéria publicada pelo jornal Folha de S. Paulo neste domingo (8), na qual se apurou que o Palácio dos Bandeirantes está revendo os prazos de entrega de todas as linhas de metrô em construção. 
 
O projeto de extensão da Linha 2 do metrô rumo a Guarulhos, na Grande São Paulo, prevê um trecho de 14,5 km e 13 estações, passando pelas imediações do Shopping Internacional, e cruzando bairros da zona leste, como o Tatuapé, Vila Formosa e Penha, e conectando com as linhas 3-Vermelha do metrô e 11-Coral da CPTM. A proposta é transpor o rio Tietê, chegando em Guarulhos, segunda cidade mais populosa do estado.
 
Para atender a esta demanda será necessário comprar 35 novos trens, segundo estimativa do Metrô. As composições devem percorrer o trajeto entre a via Dutra e a Vila Madalena em 47 minutos, contra os 145 minutos feitos nos dias atuais.
 
Fala-se nesta expansão desde a década passada, e por diversas vezes o início das obras foi postergado. A última promessa é de que os trabalhos devem começar ainda neste ano.
 
Com falta de recursos para tocar as obras após 2015, a saída foi a revisão do cronograma das seis linhas de metrô previstas, afirmou o diretor de engenharia da companhia, Walter Castro, sem citar prazos. 

Mapa:

Deputados aprovam financiamento para desapropriações do Metrô ABC

08/03/2015 - Clique ABC

Da Redação - A Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP) aprovou o Projeto de Lei 1.420/2014, que autoriza o Poder Executivo a realizar operações de crédito junto a instituições financeiras nacionais ou internacionais, organismos multilaterais e bilaterais de crédito, bancos privados nacionais ou internacionais, agências de fomento, agência multilateral de garantia de financiamentos.

O projeto a ser financiado representa o montante de até US$ 182.700.000,00 (cento e oitenta e dois milhões e setecentos mil dólares norte-americanos), cerca de R$493 milhões. Os recursos advindos dos empréstimos autorizados serão destinados para o programa de expansão da Linha 18 – Bronze, monotrilho que vai ligar o ABC a capital paulista. "O financiamento será destinado a custear as desapropriações necessárias à expansão da linha e serão realizadas ainda no decorrer deste ano", explicou o deputado Orlando Morando.

A Linha 18 – Bronze do Metrô, constitui-se de mais de 15 km de extensão, compreendendo 13 estações, ligando a região do Grande ABC com o sistema metroviário, por meio da integração na Estação Tamanduateí (Linha 2 – Verde do Metrô e Linha 10 – Turquesa da CPTM) e no corredor ABD, junto a Estação Paço Municipal e Djalma Dutra. "Mais uma vez me sinto honrado de estar como deputado estadual e poder dar a minha contribuição para viabilizar a chegada do Metrô ABC em especial para São Bernardo do Campo", concluiu o deputado Orlando Morando.