28/11/2011 - Via Trólebus
A Prefeitura de São Bernardo, município da Grande São Paulo, irá construir dois corredores exclusivos para ônibus que se ligarão a Linha 18 – Bronze do Metrô. O trecho irá conectar o ABC à Estação Tamanduateí do Metrô por meio de monotrilho, passando por Santo André, São Bernardo e São Caetano. Um dos corredores ligará a praça dos Bombeiros, avenida Prestes Maia, viaduto Tereza Delta, avenida José Odorizzi e estrada Samuel Aizemberg até a divisa com Diadema, e o outro irá da estrada do Alvarenga até o largo do Piraporinha.
Ao menos um deles será bancado com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da Mobilidade Urbana das Grandes Cidades. O anuncio da liberação da verba para os corredores e financiamento para a linha do Metrô deve ser feito em dezembro pela presidente Dilma Rousseff e pelo governador Geraldo Alckmin.
Os projetos estão em análise no Ministério do Planejamento. De acordo com o Metrô, a construção da Linha 18 – Bronze está em fase de contratação de projetos básicos de civil e sistemas (estações e pátios). O projeto funcional foi financiado pela Prefeitura de São Bernardo, no valor de R$ 1,8 milhões.
Com as informações de Band
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Detalhes do projeto Metrô ABC serão anunciados em dezembro
24/11/2011 - Repórtes Diáario
A presidente Dilma Rousseff e o governador Geraldo Alckmin irão anunciar até o fim do ano os detalhes do projeto que estenderá o Metrô até o ABC
O traçado aéreo de 28 quilômetros deverá ter início em 2012 e beneficiará Santo André, São Bernardo e São Caetano.
Segundo a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, o anúncio ainda não foi feito porque o Planalto irá externar, além do equipamento, um conjunto de ações referentes ao PAC Mobilidade Urbana.“Estamos terminando as definições e esses empreendimentos têm grandes chances de serem contemplados. Eu acredito que até meados de dezembro a presidente anuncia assim como já anunciou em Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte e Salvador”.
Os critérios para a escolha dos projetos levam em conta itens como sustentabilidade operacional dos sistemas, compatibilidade entre a demanda e modais propostos, além de adequação às normas de acessibilidade.
Além do Metrô, o governo federal deverá anunciar aporte financeiro ao projeto apresentado pela Prefeitura de São Bernardo que prevê dois corredores de ônibus que cortarão o traçado da linha 18 Bronze. Belchior não adiantou se os dois corredores serão contemplados pelo montante de R$ 18 bilhões previsto pelo governo federal para atender 24 cidades, mas, no mínimo um, terá a participação financeira.
Segundo o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, um corredor sairá da Praça dos Bombeiros e seguirá pela rua Tiradentes, avenida Prestes Maia até o cruzamento com a avenida Faria Lima, no Centro, em direção ao viaduto Tereza Delta, seguindo pela avenida José Odorizzi em direção a estrada Samuel Aizemberg até a divisa com Diadema. O outro corredor sairá da Estrada dos Alvarengas e seguirá pela avenida Robert Kennedy até a avenida Piraporinha também na divisa com Diadema.
Se só um for contemplado, o Paço irá buscar alternativas para viabilizar a obra restante com empréstimo, por exemplo, do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Marinho afirma que o anúncio estava previsto inicialmente para este mês mas deverá ocorrer mesmo em dezembro."É possível que seja anunciado junto. Essa obra do metrô muito provavelmente seja anunciada por Dilma e Alckmin. A expectativa era em novembro, mas acredito que será em dezembro”.
Acigabc
A ministra esteve nesta quarta (23) em São Bernardo onde foi homenageada pela Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC). Ela recebeu o prêmio “O Construtor” que, pela primeira vez, foi entregue pela entidade, devido aos trabalhos prestados à região e ao País.“Eu fiquei muito feliz por ser a primeira premiada. Eu acho que é muito importante essa associação pois são empresários que têm visão de futuro ao deixar diferenças de lado e perceber que ganham quando se asssociam. É um exemplo para outros lugares. É uma honra ganhar um prêmio de empresários que estão sintonizados com o crescimento do País”.
Durante o evento na Acigabc, Miriam reafirmou o discurso de otimismo perante os empresários. A ministra afirmou que o País continuará crescendo economicamente e que os investidores não devem temer percalços. Para sustentar a elevação da economia, Belchior citou ações como o aumento do salário mínimo, a desoneração de investimentos do setor empresarial, novo Supersimples e a redução da taxa de juros.
A presidente Dilma Rousseff e o governador Geraldo Alckmin irão anunciar até o fim do ano os detalhes do projeto que estenderá o Metrô até o ABC
O traçado aéreo de 28 quilômetros deverá ter início em 2012 e beneficiará Santo André, São Bernardo e São Caetano.
Segundo a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, o anúncio ainda não foi feito porque o Planalto irá externar, além do equipamento, um conjunto de ações referentes ao PAC Mobilidade Urbana.“Estamos terminando as definições e esses empreendimentos têm grandes chances de serem contemplados. Eu acredito que até meados de dezembro a presidente anuncia assim como já anunciou em Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte e Salvador”.
Os critérios para a escolha dos projetos levam em conta itens como sustentabilidade operacional dos sistemas, compatibilidade entre a demanda e modais propostos, além de adequação às normas de acessibilidade.
Além do Metrô, o governo federal deverá anunciar aporte financeiro ao projeto apresentado pela Prefeitura de São Bernardo que prevê dois corredores de ônibus que cortarão o traçado da linha 18 Bronze. Belchior não adiantou se os dois corredores serão contemplados pelo montante de R$ 18 bilhões previsto pelo governo federal para atender 24 cidades, mas, no mínimo um, terá a participação financeira.
Segundo o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, um corredor sairá da Praça dos Bombeiros e seguirá pela rua Tiradentes, avenida Prestes Maia até o cruzamento com a avenida Faria Lima, no Centro, em direção ao viaduto Tereza Delta, seguindo pela avenida José Odorizzi em direção a estrada Samuel Aizemberg até a divisa com Diadema. O outro corredor sairá da Estrada dos Alvarengas e seguirá pela avenida Robert Kennedy até a avenida Piraporinha também na divisa com Diadema.
Se só um for contemplado, o Paço irá buscar alternativas para viabilizar a obra restante com empréstimo, por exemplo, do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Marinho afirma que o anúncio estava previsto inicialmente para este mês mas deverá ocorrer mesmo em dezembro."É possível que seja anunciado junto. Essa obra do metrô muito provavelmente seja anunciada por Dilma e Alckmin. A expectativa era em novembro, mas acredito que será em dezembro”.
Acigabc
A ministra esteve nesta quarta (23) em São Bernardo onde foi homenageada pela Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC). Ela recebeu o prêmio “O Construtor” que, pela primeira vez, foi entregue pela entidade, devido aos trabalhos prestados à região e ao País.“Eu fiquei muito feliz por ser a primeira premiada. Eu acho que é muito importante essa associação pois são empresários que têm visão de futuro ao deixar diferenças de lado e perceber que ganham quando se asssociam. É um exemplo para outros lugares. É uma honra ganhar um prêmio de empresários que estão sintonizados com o crescimento do País”.
Durante o evento na Acigabc, Miriam reafirmou o discurso de otimismo perante os empresários. A ministra afirmou que o País continuará crescendo economicamente e que os investidores não devem temer percalços. Para sustentar a elevação da economia, Belchior citou ações como o aumento do salário mínimo, a desoneração de investimentos do setor empresarial, novo Supersimples e a redução da taxa de juros.
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Dilma e Alckmin vão anunciar metrô até o ABC Paulista Cidades vizinhas serão ligadas a São Paulo pela linha Bronze, de monotrilho
23/11/2011 - R7
Em mais uma demonstração da proximidade entre os governo federal e do Estado de São Paulo, a presidente Dilma Rousseff e o Geraldo Alckmin farão juntos o anúncio da linha 18 - Bronze do Metrô, que levará o metrô às cidades de Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul, no ABC. A ligação com a capital será feita a partir da estação Tamanduateí, da Linha 10 da CPTM, que também está integrada à Linha 2 - Verde do Metrô.
Leia mais notícias do R7
De acordo com o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, a cerimônia será realizada no mês de dezembro. Dilma e Alckmin já anunciaram juntos investimentos para o Trecho Norte do Rodoanel, Ferroanel e Hidrovia Tietê-Paraná.
Também lançaram juntos o programa Brasil Sem Miséria, no Palácio dos Bandeirantes, e firmaram uma parceria para o programa Minha Casa Minha Vida, em que São Paulo se comprometeu a ceder terrenos para o programa federal. Além disso, o governo federal recentemente ampliou o teto da dívida de São Paulo para R$ 17 bilhões.
A Linha 18 - Bronze do Metrô ligará a capital paulista ao ABC por meio monotrilho - um trem menor que o do metrô e que trafega sobre pontes. De acordo com o Metrô, a previsão é de que a linha tenha cerca de 20 km, 18 estações, quatro terminais integrados e transporte 400 mil usuários por dia. Não há previsão de início de obra.
Segundo Marinho, a prefeitura pediu que a linha se estenda até a Estrada do Alvarenga, onde seria a estação final. A linha cruzará com dois corredores de ônibus em São Bernardo do Campo que serão construídos na cidade - um ligará a praça dos Bombeiros, avenida Prestes Maia, viaduto Tereza Delta, avenida José Odorizzi e estrada Samuel Aizemberg até a divisa com Diadema, e o outro corredor irá da estrada do Alvarenga até o largo do Piraporinha.
Ao menos um deles será bancado com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da Mobilidade Urbana das Grandes Cidades.
Confira também
Metrô: Crescimento dobra, mas não resolve
Linha ligará Brasilândia a São Joaquim
Metrô espera transportar 6 milhões em 2016
Marinho afirmou que a prefeitura já investiu R$ 1,8 milhão para o projeto funcional da linha. As obras serão bancadas com recursos do governo federal e do governo de São Paulo.
- É possível também que o projeto seja complementado, eventualmente, com recursos de uma PPP (Parceria Público-Privada).
A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, afirmou nesta quarta-feira (23) que os projetos do metrô e os dois corredores de ônibus estão em fase de análise pelo governo federal.
- Estamos terminando as definições e esses empreendimentos têm grandes condições de serem encaixados, mas ainda não temos uma definição. Acredito que, no máximo, em meados de dezembro [a presidente Dilma] anuncie, como já anunciou os metrôs de Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte e Salvador.
Saiba tudo que acontece em São Paulo
Imprima suas fotos no R
Em mais uma demonstração da proximidade entre os governo federal e do Estado de São Paulo, a presidente Dilma Rousseff e o Geraldo Alckmin farão juntos o anúncio da linha 18 - Bronze do Metrô, que levará o metrô às cidades de Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul, no ABC. A ligação com a capital será feita a partir da estação Tamanduateí, da Linha 10 da CPTM, que também está integrada à Linha 2 - Verde do Metrô.
Leia mais notícias do R7
De acordo com o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, a cerimônia será realizada no mês de dezembro. Dilma e Alckmin já anunciaram juntos investimentos para o Trecho Norte do Rodoanel, Ferroanel e Hidrovia Tietê-Paraná.
Também lançaram juntos o programa Brasil Sem Miséria, no Palácio dos Bandeirantes, e firmaram uma parceria para o programa Minha Casa Minha Vida, em que São Paulo se comprometeu a ceder terrenos para o programa federal. Além disso, o governo federal recentemente ampliou o teto da dívida de São Paulo para R$ 17 bilhões.
A Linha 18 - Bronze do Metrô ligará a capital paulista ao ABC por meio monotrilho - um trem menor que o do metrô e que trafega sobre pontes. De acordo com o Metrô, a previsão é de que a linha tenha cerca de 20 km, 18 estações, quatro terminais integrados e transporte 400 mil usuários por dia. Não há previsão de início de obra.
Segundo Marinho, a prefeitura pediu que a linha se estenda até a Estrada do Alvarenga, onde seria a estação final. A linha cruzará com dois corredores de ônibus em São Bernardo do Campo que serão construídos na cidade - um ligará a praça dos Bombeiros, avenida Prestes Maia, viaduto Tereza Delta, avenida José Odorizzi e estrada Samuel Aizemberg até a divisa com Diadema, e o outro corredor irá da estrada do Alvarenga até o largo do Piraporinha.
Ao menos um deles será bancado com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da Mobilidade Urbana das Grandes Cidades.
Confira também
Metrô: Crescimento dobra, mas não resolve
Linha ligará Brasilândia a São Joaquim
Metrô espera transportar 6 milhões em 2016
Marinho afirmou que a prefeitura já investiu R$ 1,8 milhão para o projeto funcional da linha. As obras serão bancadas com recursos do governo federal e do governo de São Paulo.
- É possível também que o projeto seja complementado, eventualmente, com recursos de uma PPP (Parceria Público-Privada).
A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, afirmou nesta quarta-feira (23) que os projetos do metrô e os dois corredores de ônibus estão em fase de análise pelo governo federal.
- Estamos terminando as definições e esses empreendimentos têm grandes condições de serem encaixados, mas ainda não temos uma definição. Acredito que, no máximo, em meados de dezembro [a presidente Dilma] anuncie, como já anunciou os metrôs de Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte e Salvador.
Saiba tudo que acontece em São Paulo
Imprima suas fotos no R
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
SP terá monotrilho em 2013
21/11/2011 - Revista Ferroviária
As obras da primeira etapa do projeto, até o Oratório, estão em andamento. Quando concluída, a linha de monotrilho vai reduzir pela metade o tempo de viagem entre a Vila Prudente e a Cidade Tiradentes.
A primeira etapa do projeto do monotrilho da extensão da Linha 2-Verde do Metrô de São Paulo, ligando a Vila Prudente a Cidade Tiradentes, deve ficar pronta em 2013. As obras do Expresso Tiradentes estão em andamento, com a implantação das vigas de concreto que sustentarão a via em elevado, na Zona Leste de São Paulo.
A linha do monotrilho terá 24 km de extensão, 17 estações e 54 trens. O sistema terá capacidade para transportar 48 mil passageiros por hora e por sentido, circulando com velocidade média operacional de 36 km/h e intervalo entre trens de 75 segundos. A viagem que hoje leva duas horas vai durar menos de uma.
Uma maquete em tamanho real foi exposta pela Bombardier, fabricante do monotrilho, durante a Feira Negócios nos Trilhos 2011, realizada no começo de novembro, em São Paulo, pela Revista Ferroviária.
Assista ao vídeo exibido no SPTV 2ª Edição da TV Globo, em 08 de novembro, sobre o projeto:
As obras da primeira etapa do projeto, até o Oratório, estão em andamento. Quando concluída, a linha de monotrilho vai reduzir pela metade o tempo de viagem entre a Vila Prudente e a Cidade Tiradentes.
A primeira etapa do projeto do monotrilho da extensão da Linha 2-Verde do Metrô de São Paulo, ligando a Vila Prudente a Cidade Tiradentes, deve ficar pronta em 2013. As obras do Expresso Tiradentes estão em andamento, com a implantação das vigas de concreto que sustentarão a via em elevado, na Zona Leste de São Paulo.
A linha do monotrilho terá 24 km de extensão, 17 estações e 54 trens. O sistema terá capacidade para transportar 48 mil passageiros por hora e por sentido, circulando com velocidade média operacional de 36 km/h e intervalo entre trens de 75 segundos. A viagem que hoje leva duas horas vai durar menos de uma.
Uma maquete em tamanho real foi exposta pela Bombardier, fabricante do monotrilho, durante a Feira Negócios nos Trilhos 2011, realizada no começo de novembro, em São Paulo, pela Revista Ferroviária.
Assista ao vídeo exibido no SPTV 2ª Edição da TV Globo, em 08 de novembro, sobre o projeto:
Grupo Thales fornecerá CBTC para Manaus e Linha 17 de SP
21/11/2011 - Revista Ferroviária
A Thales conta com a experiência de 25 anos no desenvolvimento dos sistemas SelTrac CBTC e NetTrac MT, fornecendo a tecnologia para mais de 50 projetos em todo o mundo
O Grupo Thales, presente no Brasil há mais de 40 anos na área de defesa, espacial e aeroespacial, intensifica a atuação no setor de sinalização ferroviária. A empresa fornecerá sistemas de SelTrac CBTC (communication-based train control) para os monotrilhos de Manaus e da Linha 17-Ouro do Metrô de São Paulo, ambos liderados pela malaia Scomi. Além dos monotrilhos, a Thales ainda está negociando o fornecimento de sinalização para a Linha 5-Lilás do Metrô de São Paulo.
No primeiro semestre deste ano a empresa começou a contratar uma equipe para cuidar da pesquisa e desenvolvimentos dos sistemas de sinalização ferroviária especificamente para o mercado brasileiro, alocada em São Bernardo do Campo, cidade do ABC paulista.
A Thales conta com a experiência de 25 anos no desenvolvimento dos sistemas SelTrac CBTC e NetTrac MT, fornecendo a tecnologia para mais de 50 projetos em todo o mundo, em cerca de 1.400 km de linhas, com previsão de mais 200 km até 2014. “Além de sermos os pioneiros dessa tecnologia, realizamos encontros periódicos com nossos clientes para discutirmos o que está dando certo e o que não está, para mantermos a qualidade dos nossos serviços”, afirma Thomaz Aquino, diretor de Sistemas de Transporte da Thales.
Aquino afirma ainda que a Thales está empenhada em todos os processos licitatórios do setor metroferroviário brasileiro, seja para São Paulo, Rio de Janeiro ou outros estados.
A Thales conta com a experiência de 25 anos no desenvolvimento dos sistemas SelTrac CBTC e NetTrac MT, fornecendo a tecnologia para mais de 50 projetos em todo o mundo
O Grupo Thales, presente no Brasil há mais de 40 anos na área de defesa, espacial e aeroespacial, intensifica a atuação no setor de sinalização ferroviária. A empresa fornecerá sistemas de SelTrac CBTC (communication-based train control) para os monotrilhos de Manaus e da Linha 17-Ouro do Metrô de São Paulo, ambos liderados pela malaia Scomi. Além dos monotrilhos, a Thales ainda está negociando o fornecimento de sinalização para a Linha 5-Lilás do Metrô de São Paulo.
No primeiro semestre deste ano a empresa começou a contratar uma equipe para cuidar da pesquisa e desenvolvimentos dos sistemas de sinalização ferroviária especificamente para o mercado brasileiro, alocada em São Bernardo do Campo, cidade do ABC paulista.
A Thales conta com a experiência de 25 anos no desenvolvimento dos sistemas SelTrac CBTC e NetTrac MT, fornecendo a tecnologia para mais de 50 projetos em todo o mundo, em cerca de 1.400 km de linhas, com previsão de mais 200 km até 2014. “Além de sermos os pioneiros dessa tecnologia, realizamos encontros periódicos com nossos clientes para discutirmos o que está dando certo e o que não está, para mantermos a qualidade dos nossos serviços”, afirma Thomaz Aquino, diretor de Sistemas de Transporte da Thales.
Aquino afirma ainda que a Thales está empenhada em todos os processos licitatórios do setor metroferroviário brasileiro, seja para São Paulo, Rio de Janeiro ou outros estados.
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Estado de SP só entregará um terço de monotrilho prometido para Copa-2014
17/11/2011 - Boi Notícias
As obras do monotrilho ainda não começaram. Quando estiver pronto, o sistema terá 18 km e carregará 252 mil pessoas por dia
Por Vinícius Segalla
O governo de São Paulo alterou a data de entrega da Linha 17 Ouro do metrô, um monotrilho que fará ligação do aeroporto de Congonhas com a rede metroferroviária. Agora, a obra completa, que consta da Matriz de Responsabilidade assinada em janeiro de 2010 por União, Estados e municípios como empreendimento de mobilidade urbana para a Copa do Mundo de 2014, só será entregue em 2016, de acordo com a Secretaria de Estado de Transportes Metropolitanos.
A tempo para a Copa do Mundo, apenas pouco mais de um terço da linha, ou 7,7 quilômetros dos 17,7 quilômetros previstos, estarão prontos. Isso levando em consideração a previsão atual do governo paulista, que já é a terceira desde janeiro de 2010. Cada mudança é o anúncio de um novo atraso.
Quando o Estado assinou o compromisso constante da Matriz, a previsão era entregar a obra toda a tempo antes da Copa do Mundo. Para tanto, o governo paulista obteve um financiamento de R$ 1,1 bilhão da Caixa Econômica Federal. O valor já está disponível. Já, a contrapartida do Estado de São Paulo, de acordo com alteração publicada no Diário Oficial da União do dia 9 de novembro deste ano, caiu de R$ 2,02 bilhões para R$ 799,5 milhões.
De acordo com nota da Secretaria de Estado de Planejamento enviada ao UOL Esporte nesta quarta-feira, a redução do compromisso paulista para a Copa acontece porque, quando a Matriz de Responsabilidades foi assinada, esperava-se que o estádio a ser utilizado para a Copa do Mundo seria o Morumbi, destino final da Linha 17 Ouro. Agora que o estádio será no bairro de Itaquera (zona Leste), o projeto deixou de ser prioridade.
"Com a mudança do estádio da zona sul para a zona leste, o trecho estratégico da Linha 17 para a Copa do Mundo passou a ser a ligação do Aeroporto de Congonhas com a rede metroferroviária, passando por uma importante zona hoteleira. Este trecho estará pronto até a Copa", diz a nota. A pasta ressalta ainda que não reduziu o valor que irá investir no monotrilho, apenas retirou o montante da Matriz porque será utilizado em trechos da obra que ficarão prontos após a Copa.
Quando assinou o contrato com o consórcio vencedor da licitação para construir o monotrilho (formado pelas empreiteiras Andrade Gutierrez, CR Almeida, Scomi Engineering e MPE), em julho de 2011, o Estado já trabalhava com prazos diferentes dos iniciais.
A previsão era entregar o primeiro e o segundo trecho até meados de 2014. O terceiro trecho tinha previsão de entrega para meados de 2015. Agora, só o primeiro trecho será entregue em 2014. Os outros dois têm prazo até 2016, segundo a Secretaria de Estado de Transportes Metropolitanos.
A linha 17-Ouro completa terá cerca de 18 km de extensão e 18 estações. A demanda de passageiros prevista é de 252 mil pessoas por dia. O primeiro trecho a ser entregue terá 7,7 km de extensão, e vai ligar o aeroporto de Congonhas e a estação Morumbi da linha 9-Esmeralda da CPTM. O trecho terá oito estações: Jardim Aeroporto, Congonhas, Brooklin Paulista, Vereador José Diniz, Água Espraiada, Vila Cordeiro, Chucri Zaidan e Morumbi.
Em seguida, a linha será conectada à linha 5-Lilás na estação Água Espraiada. O restante da linha 17, da estação Morumbi até a estação São Paulo-Morumbi (linha 4-Amarela), passando por Paraisópolis, e o trecho Jabaquara-Brooklin Paulista é o que se chama terceiro trecho.
As obras do monotrilho ainda não começaram. Quando estiver pronto, o sistema terá 18 km e carregará 252 mil pessoas por dia
Por Vinícius Segalla
O governo de São Paulo alterou a data de entrega da Linha 17 Ouro do metrô, um monotrilho que fará ligação do aeroporto de Congonhas com a rede metroferroviária. Agora, a obra completa, que consta da Matriz de Responsabilidade assinada em janeiro de 2010 por União, Estados e municípios como empreendimento de mobilidade urbana para a Copa do Mundo de 2014, só será entregue em 2016, de acordo com a Secretaria de Estado de Transportes Metropolitanos.
A tempo para a Copa do Mundo, apenas pouco mais de um terço da linha, ou 7,7 quilômetros dos 17,7 quilômetros previstos, estarão prontos. Isso levando em consideração a previsão atual do governo paulista, que já é a terceira desde janeiro de 2010. Cada mudança é o anúncio de um novo atraso.
Quando o Estado assinou o compromisso constante da Matriz, a previsão era entregar a obra toda a tempo antes da Copa do Mundo. Para tanto, o governo paulista obteve um financiamento de R$ 1,1 bilhão da Caixa Econômica Federal. O valor já está disponível. Já, a contrapartida do Estado de São Paulo, de acordo com alteração publicada no Diário Oficial da União do dia 9 de novembro deste ano, caiu de R$ 2,02 bilhões para R$ 799,5 milhões.
De acordo com nota da Secretaria de Estado de Planejamento enviada ao UOL Esporte nesta quarta-feira, a redução do compromisso paulista para a Copa acontece porque, quando a Matriz de Responsabilidades foi assinada, esperava-se que o estádio a ser utilizado para a Copa do Mundo seria o Morumbi, destino final da Linha 17 Ouro. Agora que o estádio será no bairro de Itaquera (zona Leste), o projeto deixou de ser prioridade.
"Com a mudança do estádio da zona sul para a zona leste, o trecho estratégico da Linha 17 para a Copa do Mundo passou a ser a ligação do Aeroporto de Congonhas com a rede metroferroviária, passando por uma importante zona hoteleira. Este trecho estará pronto até a Copa", diz a nota. A pasta ressalta ainda que não reduziu o valor que irá investir no monotrilho, apenas retirou o montante da Matriz porque será utilizado em trechos da obra que ficarão prontos após a Copa.
Quando assinou o contrato com o consórcio vencedor da licitação para construir o monotrilho (formado pelas empreiteiras Andrade Gutierrez, CR Almeida, Scomi Engineering e MPE), em julho de 2011, o Estado já trabalhava com prazos diferentes dos iniciais.
A previsão era entregar o primeiro e o segundo trecho até meados de 2014. O terceiro trecho tinha previsão de entrega para meados de 2015. Agora, só o primeiro trecho será entregue em 2014. Os outros dois têm prazo até 2016, segundo a Secretaria de Estado de Transportes Metropolitanos.
A linha 17-Ouro completa terá cerca de 18 km de extensão e 18 estações. A demanda de passageiros prevista é de 252 mil pessoas por dia. O primeiro trecho a ser entregue terá 7,7 km de extensão, e vai ligar o aeroporto de Congonhas e a estação Morumbi da linha 9-Esmeralda da CPTM. O trecho terá oito estações: Jardim Aeroporto, Congonhas, Brooklin Paulista, Vereador José Diniz, Água Espraiada, Vila Cordeiro, Chucri Zaidan e Morumbi.
Em seguida, a linha será conectada à linha 5-Lilás na estação Água Espraiada. O restante da linha 17, da estação Morumbi até a estação São Paulo-Morumbi (linha 4-Amarela), passando por Paraisópolis, e o trecho Jabaquara-Brooklin Paulista é o que se chama terceiro trecho.
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
Custo-benefício do monotrilho divide opiniões no ABC
14/11/2011 - Repórter Diário
A necessidade mais que urgente de medidas que possam minimizar o impacto do caótico da região metropolitana emerge discussões que, despidas de bandeiras partidárias dos governos de plantão, mostra que não existe um modelo “tecnicamente perfeito”. As opções apresentadas têm prós e contras.
Assim como ocorre em alguns Estados que irão sediar a Copa do Mundo, no ABC, o debate sobre qual modelo será adotado para fazer o transporte esquenta a discussão. O projeto adotado pelo Estado é o monotrilho.
Porém, o monotrilho não era a única opção do Estado. O professor da FEI, Creso Peixoto, explica que, no contexto local, o BRT (do inglês Bus Rapit Transit, ou transporte rápido por ônibus) também seria uma alternativa. “Ele é mais econômico o que permitiria um traçado maior”, afirma o especialista.
O monotrilho, orçado em mais de R$ 4,2 bilhões, contemplará um percurso de 28 km. O mesmo aporte financeiro, segundo o professor, permitiria um traçado três vezes maior se o equipamento fosse o BRT.
A capilaridade do veículo sobre pneus, segundo Creso, auxilia no gargalo da morosidade da expansão, por exemplo, do Metrô. Enquanto no México são pavimentados 6 km por ano, no Brasil o índice é reduzido a 2 km. “Uma reengenharia técnica e financeira permitiria imprimirmos uma velocidade maior”, explica o mestre em Transportes.
Bônus e ônus
Os dois modais encontram eco no que diz respeito ao bônus e ao ônus. Se o BRT é mais econômico e, por possuir, no molde terrestre, linhas exclusivas para a circulação dos ônibus, fato que facilita também a flexibilidade da linha, o monotrilho é mais econômico no consumo de energia, além de ser um projeto mais impactante no que diz respeito ao visual.
O monotrilho é propulsionado por energia elétrica e tem normalmente pneus em vez das usuais rodas de ferro. Estes pneus rolam por cima e pelos lados do trilho, de forma a fazer movimentar e estabilizar. Trata-se de um sistema automático, sem condutor, elétrico e não poluente. No Brasil, o único sistema de monotrilho existente é o de Poços de Caldas (MG).
Já o BRT é um modelo de transporte coletivo de média capacidade. Constitui-se de veículos articulados ou biarticulados que trafegam em canaletas específicas ou em vias elevadas. Várias capitais como Curitiba (PR) e Goiânia (GO) adotaram o BRT como meio mais econômico de construir do que um sistema de metropolitano (Metrô), com capacidade de transporte de passageiros similar à de um sistema de VLT. O primeiro BRT foi implantado em 1979, na capital paranaense.
Na região
O traçado de 28 km de extensão no ABC deverá ter início no primeiro semestre de 2012 e partirá da estação Tamanduateí, em São Paulo. Ao todo, serão construídas 12 estações até o Paço de São Bernardo: Carioca, Goiás, Espaço Cerâmica, Estrada das Lágrimas, Rudge Ramos, Instituto Mauá, Afonsina, Fundação Santo André, Winston Churchill, Senador Vergueiro, Baeta Neves e Paço.
Por ser administrado pelo Metrô, o traçado foi batizado de linha 18-bronze. A distância média entre as paradas será de 600 a 1.000 metros e caso seja de média capacidade receberá 30 mil passageiros/hora. A segunda fase do projeto, que ligará o centro de São Bernardo até a região do Alvarenga abrangerá mais seis estações: Djalma Dutra, Lauro Gomes, Ferrazópolis, Café Filho, Capitão Casa e Estrada dos Alvarenga.
Orlando defende escolha
O deputado estadual Orlando Morando (PSDB), integrante da comissão de Transportes da Assembleia Legislativa de São Paulo, defende a implantação adotada pelo governo do Estado.
O parlamentar, que acompanhou o projeto desde a concepção, lista os benefícios do monotrilho. “Pela questão urbanística, qualidade, velocidade do Metrô (90 km/h) que não tem no BRT, além de ser amplamente menos poluente. O mundo moderno transporta sobre trilho”, defende.
A elevação que dará suporte ao equipamento terá a altura média de um poste (7 a 8 metros). Indagado sobre as modificações dos planos - Urbano e Diretor – dos municípios, como sugere o engenheiro e presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Ailton Brasiliense, Orlando Morando diz que a realidade não condiz com a teoria. “Isso é uma utopia. Não vamos fazer uma cidade no entorno do traçado. As pessoas não podem esquecer que têm o direito adquirido. Nós estamos trocando o pneu com o carro em movimento”, observa.
Durante visita ao ABC, no dia 14 de junho, o governador Geraldo Alckmin falou da empreitada. "Tivemos uma grande conquista com a linha 18 do Metrô, que é a Integração Tamanduateí. Lá, já temos estação de metrô - a Linha 2; e, de trem, a Linha 10 da CPTM. Dessa estação partirá o Metrô Leve, o monotrilho, para São Bernardo . Será uma obra regional, porque sai de Tamanduateí, atende São Caetano e Santo André. Irá até o Paço Municipal e numa segunda etapa, até Grande Alvarenga, atendendo as regiões ainda mais populares", afirmou.
Brasiliense questiona plano diretor
A implantação do BRT ou do monotrilho sem um rearranjo geral na matriz de transportes da cidade e um esforço no sentido de ampliação da mobilidade urbana pode representar não um avanço, mas um grande retrocesso. É preciso, segundo Ailton Brasiliense, projetar o equipamento no contexto de um Plano de Mobilidade Urbana abrangente e inclusivo.
A mobilidade dos pedestres, dos ciclistas, dos portadores de necessidades especiais, em suas diversas finalidades, deve ser levada em conta, bem como a densidade no entorno de todo traçado, segundo o engenheiro. “Antes de se perguntar o que é mais viável, é preciso fazer outro questionamento. Cadê o plano diretor de cada cidade envolvida (Santo André, São Bernardo e São Caetano)? Como ficarão as moradias e o comércio ao longo do corredor?, provoca Ailton Brasiliense. “Não basta ter alta ou média capacidade, é preciso associar o plano diretor de transporte ao plano diretor das cidades”, sustenta.
Brasiliense explica que o modal deve ser feito com lupa na demanda. “Se for transportar uma média de 10 mil a 12 mil passageiros/dia pode se pensar em algo ‘no chão’, porque o impacto no sistema semafórico (Plano de Circulação) é menor. Se a demanda for maior do que isso – como é projetada no ABC – o mais apropriado é que se construa uma via própria sobre pneu ou trilho”, acredita.
Governo chegou a cogitar VLT
O governo do Estado definiu o monotrilho como o modelo de transporte que será utilizado na linha 18-bronze. Inicialmente, foi cogitada a possibilidade de se adotar o VLT (veículo leve sobre trilhos). Os dois sistemas têm características distintas, como a capacidade de transporte. O VLT pode transportar até 15 mil pessoas por hora. Já o monotrilho consegue levar cerca de 50 mil usuários no mesmo período, levando em consideração as duas direções do trajeto.
Os vagões de ambos os sistemas são alimentados por energia elétrica. No entanto, há diferenças na superfície de contato dos trens. O VLT possui rodas de aço, e como o próprio nome sugere, circula em cima de trilhos, semelhante ao funcionamento de bondinhos. Já o monotrilho funciona sobre pneus.
O diretor de Comunicação da Bombardier, Luis Ramos, acredita que o monotrilho oferece mais vantagens. “É mais barato que o Metrô, sem contar que o tempo para construção da linha também é menor”, diz. Ramos aponta, ainda, outro ponto positivo. “Como o monotrilho funciona com pneus, ele também gera menos barulho do que outros meios de transporte”, explica. A canadense Bombardier é a responsável pela construção dos trens que serão utilizados no monotrilho que vai ligar a vila Prudente até a Cidade Tiradentes, na Capital.
O tamanho dos vagões varia de acordo com o modelo. O trem que será utilizado na expansão da linha 2-verde do Metrô, por exemplo, terá sete vagões, com 13 metros cada. Como o projeto do monotrilho do ABC ainda está em fase inicial, não está definido que tipo de veículo será utilizado – muito menos a empresa que construirá os vagões.
Padrão
O sistema de monotrilho está sendo adotado como padrão das futuras linhas elevadas que o Metrô pretende construir, entre elas a linha 18-bronze. O projeto mais avançado é o prolongamento da linha 2-verde, que já está em construção e está previsto para ser entregue parcialmente em 2012.
Outra obra que segue o mesmo padrão é a linha 17-ouro, que vai ligar a estação Jabaquara do Metrô até a futura estação São Paulo-Morumbi da linha Amarela. O trecho se destaca pelo fato de passar pelo aeroporto de Congonhas.
O Metrô pretende ainda construir outra linha de monotrilho na Capital: a linha 16-prata, que deverá sair da estação Lapa da CPTM e passar por bairros, como vila Dionísio e jardim Primavera, próximo à avenida Inajar de Souza.
Monotrilho enfrentou resistência em SP
Novo minhocão. Desta forma os moradores do Morumbi classificaram o projeto da linha 17-ouro. O temor dos moradores é que o monotrilho desvalorize os imóveis da região, assim como ocorreu com o Elevado Costa e Silva, a famosa via inaugurada nos anos 1970 que virou sinônimo de mau gosto na região central da Capital.
A mobilização dos moradores foi tanta, que representantes do Morumbi chegaram a conseguir na Justiça a paralisação das obras. A representação feita ao Ministério Público pela Associação dos Moradores da vila Inah resultou em ação civil pública e paralisou o andamento do projeto. Posteriormente, o governo do Estado reverteu a decisão.
A previsão de desapropriações de casas de alto padrão foi outro ponto que desagradou os residentes do bairro da Zona Oeste da Capital. Moradores dos bairros do ABC por onde passará a linha 18-bronze não esboçam – pelo menos, por enquanto -, resistência ao monotrilho.
“Aqui não é o Morumbi”, afirma a freira e líder comunitária Adriana Rubino. A religiosa reside no jardim das Orquídeas, um dos bairros que integram a região do Alvarenga, de onde partirá o monotrilho do ABC. “Aqui as casas são mais simples, acredito que não vai ter toda essa resistência que teve em São Paulo. Acho que as pessoas vão receber bem o monotrilho, como forma de transporte mais rápida”, acredita.
Na Zona Leste, parte dos moradores se mobiliza contra o monotrilho que vai passar pela região, como parte da expansão da linha 2-verde. Os residentes recolhem assinaturas em protesto ao modelo de transporte escolhido. “A resistência de moradores de alguns bairros pode ser compreendida pela falta de conhecimento. O monotrilho é uma estrutura de elegância enorme, valoriza os espaços onde é instalado”, acredita o diretor de Comunicação da Bombardier, Luis Ramos.
Preconceito
O próprio secretário de Transportes Metropolitanos reconhece que não era entusiasta do monotrilho, mas mudou de ideia. “Nós precisamos inovar. Não dá pra pensar em resolver um problema dessa complexidade, falando simplesmente em feijão com arroz, como Metrô e corredor de ônibus. Eu mesmo venci barreiras de preconceito”, afirma Jurandir Fernandes.
“Na primeira vez que ouvi falar em monotrilho me pareceu coisa de parque de diversões, porque não estava acompanhando a evolução tecnológica desse sistema. Após estudo verifiquei que é possível utilizar esse sistema”, completa o secretário.
A necessidade mais que urgente de medidas que possam minimizar o impacto do caótico da região metropolitana emerge discussões que, despidas de bandeiras partidárias dos governos de plantão, mostra que não existe um modelo “tecnicamente perfeito”. As opções apresentadas têm prós e contras.
Assim como ocorre em alguns Estados que irão sediar a Copa do Mundo, no ABC, o debate sobre qual modelo será adotado para fazer o transporte esquenta a discussão. O projeto adotado pelo Estado é o monotrilho.
Porém, o monotrilho não era a única opção do Estado. O professor da FEI, Creso Peixoto, explica que, no contexto local, o BRT (do inglês Bus Rapit Transit, ou transporte rápido por ônibus) também seria uma alternativa. “Ele é mais econômico o que permitiria um traçado maior”, afirma o especialista.
O monotrilho, orçado em mais de R$ 4,2 bilhões, contemplará um percurso de 28 km. O mesmo aporte financeiro, segundo o professor, permitiria um traçado três vezes maior se o equipamento fosse o BRT.
A capilaridade do veículo sobre pneus, segundo Creso, auxilia no gargalo da morosidade da expansão, por exemplo, do Metrô. Enquanto no México são pavimentados 6 km por ano, no Brasil o índice é reduzido a 2 km. “Uma reengenharia técnica e financeira permitiria imprimirmos uma velocidade maior”, explica o mestre em Transportes.
Bônus e ônus
Os dois modais encontram eco no que diz respeito ao bônus e ao ônus. Se o BRT é mais econômico e, por possuir, no molde terrestre, linhas exclusivas para a circulação dos ônibus, fato que facilita também a flexibilidade da linha, o monotrilho é mais econômico no consumo de energia, além de ser um projeto mais impactante no que diz respeito ao visual.
O monotrilho é propulsionado por energia elétrica e tem normalmente pneus em vez das usuais rodas de ferro. Estes pneus rolam por cima e pelos lados do trilho, de forma a fazer movimentar e estabilizar. Trata-se de um sistema automático, sem condutor, elétrico e não poluente. No Brasil, o único sistema de monotrilho existente é o de Poços de Caldas (MG).
Já o BRT é um modelo de transporte coletivo de média capacidade. Constitui-se de veículos articulados ou biarticulados que trafegam em canaletas específicas ou em vias elevadas. Várias capitais como Curitiba (PR) e Goiânia (GO) adotaram o BRT como meio mais econômico de construir do que um sistema de metropolitano (Metrô), com capacidade de transporte de passageiros similar à de um sistema de VLT. O primeiro BRT foi implantado em 1979, na capital paranaense.
Na região
O traçado de 28 km de extensão no ABC deverá ter início no primeiro semestre de 2012 e partirá da estação Tamanduateí, em São Paulo. Ao todo, serão construídas 12 estações até o Paço de São Bernardo: Carioca, Goiás, Espaço Cerâmica, Estrada das Lágrimas, Rudge Ramos, Instituto Mauá, Afonsina, Fundação Santo André, Winston Churchill, Senador Vergueiro, Baeta Neves e Paço.
Por ser administrado pelo Metrô, o traçado foi batizado de linha 18-bronze. A distância média entre as paradas será de 600 a 1.000 metros e caso seja de média capacidade receberá 30 mil passageiros/hora. A segunda fase do projeto, que ligará o centro de São Bernardo até a região do Alvarenga abrangerá mais seis estações: Djalma Dutra, Lauro Gomes, Ferrazópolis, Café Filho, Capitão Casa e Estrada dos Alvarenga.
Orlando defende escolha
O deputado estadual Orlando Morando (PSDB), integrante da comissão de Transportes da Assembleia Legislativa de São Paulo, defende a implantação adotada pelo governo do Estado.
O parlamentar, que acompanhou o projeto desde a concepção, lista os benefícios do monotrilho. “Pela questão urbanística, qualidade, velocidade do Metrô (90 km/h) que não tem no BRT, além de ser amplamente menos poluente. O mundo moderno transporta sobre trilho”, defende.
A elevação que dará suporte ao equipamento terá a altura média de um poste (7 a 8 metros). Indagado sobre as modificações dos planos - Urbano e Diretor – dos municípios, como sugere o engenheiro e presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Ailton Brasiliense, Orlando Morando diz que a realidade não condiz com a teoria. “Isso é uma utopia. Não vamos fazer uma cidade no entorno do traçado. As pessoas não podem esquecer que têm o direito adquirido. Nós estamos trocando o pneu com o carro em movimento”, observa.
Durante visita ao ABC, no dia 14 de junho, o governador Geraldo Alckmin falou da empreitada. "Tivemos uma grande conquista com a linha 18 do Metrô, que é a Integração Tamanduateí. Lá, já temos estação de metrô - a Linha 2; e, de trem, a Linha 10 da CPTM. Dessa estação partirá o Metrô Leve, o monotrilho, para São Bernardo . Será uma obra regional, porque sai de Tamanduateí, atende São Caetano e Santo André. Irá até o Paço Municipal e numa segunda etapa, até Grande Alvarenga, atendendo as regiões ainda mais populares", afirmou.
Brasiliense questiona plano diretor
A implantação do BRT ou do monotrilho sem um rearranjo geral na matriz de transportes da cidade e um esforço no sentido de ampliação da mobilidade urbana pode representar não um avanço, mas um grande retrocesso. É preciso, segundo Ailton Brasiliense, projetar o equipamento no contexto de um Plano de Mobilidade Urbana abrangente e inclusivo.
A mobilidade dos pedestres, dos ciclistas, dos portadores de necessidades especiais, em suas diversas finalidades, deve ser levada em conta, bem como a densidade no entorno de todo traçado, segundo o engenheiro. “Antes de se perguntar o que é mais viável, é preciso fazer outro questionamento. Cadê o plano diretor de cada cidade envolvida (Santo André, São Bernardo e São Caetano)? Como ficarão as moradias e o comércio ao longo do corredor?, provoca Ailton Brasiliense. “Não basta ter alta ou média capacidade, é preciso associar o plano diretor de transporte ao plano diretor das cidades”, sustenta.
Brasiliense explica que o modal deve ser feito com lupa na demanda. “Se for transportar uma média de 10 mil a 12 mil passageiros/dia pode se pensar em algo ‘no chão’, porque o impacto no sistema semafórico (Plano de Circulação) é menor. Se a demanda for maior do que isso – como é projetada no ABC – o mais apropriado é que se construa uma via própria sobre pneu ou trilho”, acredita.
Governo chegou a cogitar VLT
O governo do Estado definiu o monotrilho como o modelo de transporte que será utilizado na linha 18-bronze. Inicialmente, foi cogitada a possibilidade de se adotar o VLT (veículo leve sobre trilhos). Os dois sistemas têm características distintas, como a capacidade de transporte. O VLT pode transportar até 15 mil pessoas por hora. Já o monotrilho consegue levar cerca de 50 mil usuários no mesmo período, levando em consideração as duas direções do trajeto.
Os vagões de ambos os sistemas são alimentados por energia elétrica. No entanto, há diferenças na superfície de contato dos trens. O VLT possui rodas de aço, e como o próprio nome sugere, circula em cima de trilhos, semelhante ao funcionamento de bondinhos. Já o monotrilho funciona sobre pneus.
O diretor de Comunicação da Bombardier, Luis Ramos, acredita que o monotrilho oferece mais vantagens. “É mais barato que o Metrô, sem contar que o tempo para construção da linha também é menor”, diz. Ramos aponta, ainda, outro ponto positivo. “Como o monotrilho funciona com pneus, ele também gera menos barulho do que outros meios de transporte”, explica. A canadense Bombardier é a responsável pela construção dos trens que serão utilizados no monotrilho que vai ligar a vila Prudente até a Cidade Tiradentes, na Capital.
O tamanho dos vagões varia de acordo com o modelo. O trem que será utilizado na expansão da linha 2-verde do Metrô, por exemplo, terá sete vagões, com 13 metros cada. Como o projeto do monotrilho do ABC ainda está em fase inicial, não está definido que tipo de veículo será utilizado – muito menos a empresa que construirá os vagões.
Padrão
O sistema de monotrilho está sendo adotado como padrão das futuras linhas elevadas que o Metrô pretende construir, entre elas a linha 18-bronze. O projeto mais avançado é o prolongamento da linha 2-verde, que já está em construção e está previsto para ser entregue parcialmente em 2012.
Outra obra que segue o mesmo padrão é a linha 17-ouro, que vai ligar a estação Jabaquara do Metrô até a futura estação São Paulo-Morumbi da linha Amarela. O trecho se destaca pelo fato de passar pelo aeroporto de Congonhas.
O Metrô pretende ainda construir outra linha de monotrilho na Capital: a linha 16-prata, que deverá sair da estação Lapa da CPTM e passar por bairros, como vila Dionísio e jardim Primavera, próximo à avenida Inajar de Souza.
Monotrilho enfrentou resistência em SP
Novo minhocão. Desta forma os moradores do Morumbi classificaram o projeto da linha 17-ouro. O temor dos moradores é que o monotrilho desvalorize os imóveis da região, assim como ocorreu com o Elevado Costa e Silva, a famosa via inaugurada nos anos 1970 que virou sinônimo de mau gosto na região central da Capital.
A mobilização dos moradores foi tanta, que representantes do Morumbi chegaram a conseguir na Justiça a paralisação das obras. A representação feita ao Ministério Público pela Associação dos Moradores da vila Inah resultou em ação civil pública e paralisou o andamento do projeto. Posteriormente, o governo do Estado reverteu a decisão.
A previsão de desapropriações de casas de alto padrão foi outro ponto que desagradou os residentes do bairro da Zona Oeste da Capital. Moradores dos bairros do ABC por onde passará a linha 18-bronze não esboçam – pelo menos, por enquanto -, resistência ao monotrilho.
“Aqui não é o Morumbi”, afirma a freira e líder comunitária Adriana Rubino. A religiosa reside no jardim das Orquídeas, um dos bairros que integram a região do Alvarenga, de onde partirá o monotrilho do ABC. “Aqui as casas são mais simples, acredito que não vai ter toda essa resistência que teve em São Paulo. Acho que as pessoas vão receber bem o monotrilho, como forma de transporte mais rápida”, acredita.
Na Zona Leste, parte dos moradores se mobiliza contra o monotrilho que vai passar pela região, como parte da expansão da linha 2-verde. Os residentes recolhem assinaturas em protesto ao modelo de transporte escolhido. “A resistência de moradores de alguns bairros pode ser compreendida pela falta de conhecimento. O monotrilho é uma estrutura de elegância enorme, valoriza os espaços onde é instalado”, acredita o diretor de Comunicação da Bombardier, Luis Ramos.
Preconceito
O próprio secretário de Transportes Metropolitanos reconhece que não era entusiasta do monotrilho, mas mudou de ideia. “Nós precisamos inovar. Não dá pra pensar em resolver um problema dessa complexidade, falando simplesmente em feijão com arroz, como Metrô e corredor de ônibus. Eu mesmo venci barreiras de preconceito”, afirma Jurandir Fernandes.
“Na primeira vez que ouvi falar em monotrilho me pareceu coisa de parque de diversões, porque não estava acompanhando a evolução tecnológica desse sistema. Após estudo verifiquei que é possível utilizar esse sistema”, completa o secretário.
Assinar:
Postagens (Atom)