terça-feira, 1 de setembro de 2015

Liberação de verba para a Linha 18 depende de garantia estadual

01/09/2015 - Diário do Grande ABC

O início da construção da Linha 18-Bronze (Djalma Dutra-Tamanduateí), que ligará a rede metroviária da Capital a São Bernardo, passando por São Caetano e Santo André, depende da garantia de verba, cerca de R$ 407 milhões, para desapropriações por parte do governo do Estado. Segundo o Ministério do Planejamento, a resolução desta pendência é o único impasse para a aprovação do financiamento de R$ 1,2 bilhão via BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) necessário para as intervenções.

As informações foram repassadas pelo governo federal ao deputado estadual Alex Manente (PPS) em resposta a requerimento encaminhado pelo parlamentar à União em maio. "A partir de agora temos um dado oficial. Estamos programando uma audiência pública para questionar o que está de fato atrapalhando o andamento desta importante obra para o Grande ABC”, observa Alex.

Com data ainda a ser definida, a audiência pública terá o intuito de debater o tema. Para a audiência, o popular-socialista sugeriu que sejam convidados o ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), o presidente do Metrô paulista, Peter Walker, e o secretário de Transporte de São Paulo, Duarte Nogueira (PSDB), embutindo também os presidentes da Caixa Econômica Federal, Miriam Belchior (PT), e do BNDES, Luciano Coutinho.

O governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou ontem, durante a entrega de novo trecho do Corredor Metropolitano, em Guarulhos, que o início das intervenções se dará assim que houver o repasse de verbas por parte da União. "Temos um pedido de desapropriação que está na Secretaria do Tesouro Nacional e, assim que liberar, daremos início às obras”, garante.

A assinatura do contrato para a Linha-18 completou um ano em agosto. A expectativa era de que o Consórcio ABC Integrado tivesse começado os trabalhos de desapropriação em agosto. Com 15,7 quilômetros de extensão, a Linha 18-Bronze será o primeiro ramal metroviário expandido para fora de São Paulo. Com 13 estações, a previsão é transportar 314 mil passageiros por dia, com 26 trens à disposição.

A obra custará R$ 4,26 bilhões, sendo R$ 1,92 bilhão responsabilidade do poder público (repartido entre Estado e União), R$ 1,92 bilhão da iniciativa privada, além dos R$ 407 milhões para as desapropriações.

A gestão estadual trabalha com entrega do monotrilho até o fim de 2018, cronograma esse que deve ser alterado caso não haja solução para o impasse.

Investimento de R$ 99,7 milhões beneficiará 60 mil usuários por dia

Projetado e construído pela EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo), sob coordenação da Secretaria dos Transportes Metropolitanos, o trecho Cecap-Via Galvão do Corredor Metropolitano Guarulhos-São Paulo foi entregue ontem pelo governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB). O investimento para a construção foi de R$ 99,7 milhões.

O trajeto beneficiará 60 mil usuários por dia, oferecendo novas opções para moradores que precisam ir até a Capital. A viagem trará economia de até R$ 4,40 com possibilidade de integrações nas estações do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). "Estamos inaugurando esse corredor e 16 paradas. A próxima etapa é de 4,5 quilômetros que vai da Vila Galvão, em Guarulhos, até o Tucuruvi. A partir desse momento as pessoas que utilizarem esse trajeto irão chegar mais rápido ao sistema metroviário de São Paulo”, diz Alckmin.

 operação no trecho começará, gradativamente, a partir de hoje.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Divulgado balanço do primeiro dia de operação comercial da Linha 15

12/08/2015 - Via Trolebus

O Metrô de São Paulo divulgou um balanço da operação do Monotrilho da Linha 15-Prata no primeiro dia de horário estendido. A nova linha passou a operar das 7h da manhã até as 19h00.

Em um levantamento entre às 7h00 e 16h00, foram contabilizados mais de 3.500 passageiros. O número se refere aos usuários que cruzaram a linha de bloqueio das estações Oratório e Vila Prudente da Linha 15 e também os passageiros que vieram da Linha 2-Verde, utilizando a transferência gratuita. O tempo de espera entre a composição foi em média de 4 a 6 minutos.

Os demais trechos da Linha 15-Prata até o bairro de São Mateus devem ser entregues a partir de 2017, segundo projeções do Governo Paulista. A expetativa é que o monotrilho transporte por dia 550 mil usuários, quando completo entre a estação Ipiranga e o Hospital Cidade Tiradentes.

sábado, 8 de agosto de 2015

Em SP, falhas encarecem e atrasam obra do monotrilho

08/08/2015 - Folha de SP

Apresentado como uma solução rápida e barata para ligar a Vila Prudente até a Cidade Tiradentes, no extremo leste de São Paulo, o monotrilho da Linha 15-Prata do Metrô virou uma obra demorada e cada vez mais cara do governo Geraldo Alckmin (PSDB).

Uma entre outras obras atrasadas do metrô paulistano, esse projeto completo prevê um total de 18 estações, em um trajeto completo de 26,7 km. Mas há exatamente um ano apenas um trecho de 2,9 km, entre as estações Vila Prudente e Oratório, opera –em sistema de testes.

Nesta segunda (10), no mesmo trecho entre as duas únicas estações concluídas, o horário de funcionamento será ampliado (das 7h às 19h), e a tarifa de R$ 3,50 será cobrada.

A promessa de entrega da obra já mudou algumas vezes. Inicialmente, antes mesmo do atual edital, falou-se em 2012. A seguir, o prazo foi lançado para o final de 2015.

A obra não ficará completa antes do final de 2018 –até lá, a previsão oficial é concluir até nove estações.

O governo estima que gastará R$ 7,1 bilhões, mas já há ao menos dez aditivos de preço que vão encarecer a obra.

"Vantagens apresentadas, como a agilidade da obra e a interferência menor no viário, por exemplo, já deixaram de existir", afirma o consultor em transporte Flamínio Fichmann. Para ele, um BRT (tipo de corredor de ônibus com maior capacidade) teria sido mais barato e eficaz.

A reportagem conversou com pessoas ligadas à execução da linha do Metrô, que revelaram uma série de problemas, que vão de falhas tecnológicas a erros de projeto.

Entre eles, um erro no projeto obrigou a deslocar galerias subterrâneas de águas para a construção de estações, caso revelado pela Folha que ampliou os custos.

Mas esse é apenas um dos problemas. A licitação fatiada, com a construção da linha separadamente das estações, atrapalhou o andamento da obra, segundo engenheiros que atuam no monotrilho.

SÉRIE DE PROBLEMAS

Também houve atraso na chegada dos trens e problemas com sistemas de energia e softwares. Recentemente, técnicos resolviam falhas em um chip que passa informações dos pneus do trem para a central. Outro ponto problemático foi um sensor da porta, que emitia sinal incorreto.

A linha foi fechada nesta semana e, neste fim de semana, serão feitos os últimos testes. Usuários rotineiros reclamam da forte trepidação.

Quem mora próximo da linha afirma que, após um longo período com as obras paradas, os operários passaram a ser vistos com mais intensidade nos últimos três meses.

"Com esse começa e para só fica pronto em 2020", diz o pintor Marco Antonio Santos, 54, que mora perto da futura estação Camilo Haddad.

Dono de um bar perto da futura estação Vila União, Expedito Alves Coelho, 83, afirma que os sucessivos atrasos vêm causando prejuízo.

"Com essa obra na [avenida Luiz Ignácio de] Anhaia Mello, as pessoas não conseguem chegar aqui. E eu também não consigo trabalhar todos os dias, porque o barulho é muito alto", declara.

"Quando inaugurar, vai ser bom para mim. Mas já estou no fim da vida, não sei se vou ver isso não", completou.

Metrô nega erros e diz que estações estão sendo feitas

O Metrô nega que tenha cometido erros no projeto e diz que as vigas estão prontas até a futura estação Iguatemi.

Segundo a companhia, estão em andamento as obras de oito estações, de São Lucas a São Mateus. A previsão é que o trecho até Iguatemi esteja em funcionamento até 2018.

As obras do trecho até Cidade Tiradentes necessitam de outra medida. "É necessário o alargamento das avenidas Ragueb Chohfi, Estrada do Iguatemi e dos Metalúrgicos, em tratativas com Prefeitura de São Paulo, desapropriações e recursos financeiros", afirmou o Metrô, em nota, sem estipular um prazo.

Um dos entraves é a área de um pátio de manobras, próxima à Ragueb Chohfi.

A companhia afirma também que está em andamento o remanejamento da galeria de águas abaixo das futuras estações São Lucas, Camilo Haddad e Vila Tolstoi. "O Metrô tem conhecimento da existência da galeria do córrego da Mooca desde o projeto básico do monotrilho", afirma a companhia.

Segundo a nota, durante o desenvolvimento do projeto executivo, verificou-se a necessidade de soluções de engenharia. A opção de menor impacto foi o remanejamento.

A obra abrange melhorias, segundo o Metrô, como terminais de ônibus, sistema viário e ciclovia. Sobre a trepidação, o Metrô afirma que o monotrilho tem características específicas por utilizar pneus.

OBRAS ATRASADAS DA LINHA 15-PRATA

2010

Assinatura do contrato

Fim de 2015

Era o prazo para término das obras, que foi adiado para depois de 2018

OUTROS PROBLEMAS DA LINHA:

Falha

Houve problemas na rede com os sistemas de energia e softwares

Veículos

Trens demoraram para serem entregues

Galeria de águas

Uma galeria de águas pluviais sob a avenida Anhaia Mello terá de ser desviada para construir algumas das estações

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Monotrilho começa a operar em horário de pico neste mês

23/06/2015 - O Estado de SP

SÃO PAULO - O trecho de 2,9 quilômetros de monotrilho da Linha 15-Prata do Metrô - entre as Estações Vila Prudente e Oratório - deve começar a operar nos horários de pico até o fim do mês, dois meses após o prazo prometido pelo secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni. Em março, ele havia dito que o trecho funcionaria por 12 horas a partir de abril.

O monotrilho, que hoje funciona das 9 às 14 horas, passará a operar das 7 às 19 horas. O funcionamento integral (das 4h40 à meia-noite) está previsto para começar em agosto.

De acordo com o Metrô, a ampliação para 12 horas "depende da conclusão de testes de comissionamento (sincronização entre os equipamentos da linha) e ajustes de sinalização e dos trens fornecidos pela Bombardier". Para funcionar no horário comercial, é necessário ter quatro trens habilitados e testados para a operação, mas apenas dois trens podem levar passageiros.

A companhia ainda afirma que houve atraso do consórcio responsável pela obra de instalação do sistema de alimentação elétrica, o que fez o Metrô notificar as empresas pela revisão do cronograma.

Segundo o Expresso Monotrilho Leste, "a Bombardier trabalha para atender às necessidades do Metrô, mesmo considerando as limitações de infraestrutura impostas por outras empresas contratadas pela companhia e que não são de responsabilidade da Bombardier". Também de acordo com o consórcio, a decisão de expandir o horário de funcionamento é de "responsabilidade do Metrô".

A Linha 15-Prata está em testes há nove meses. Ao fim da obra - avaliada em mais de R$ 6 bilhões -, terá 17 estações e 16 quilômetros, entre a Vila Prudente e Cidade Tiradentes, no extremo leste, e fará integração com a Linha 2-Verde do Metrô. Cada composição terá capacidade para transportar 1.002 passageiros, a uma velocidade mínima de 35 km/h. A previsão do governo estadual é de que a instalação dos trilhos de concreto e a construção das estações terminem em 2017.

Vibrações. Em março, o Estado percorreu a Linha 15-Prata. Chamou a atenção a forma como o trem vibra conforme desliza pelos trilhos. Segundo Sérgio Ejzenberg, mestre em Transportes pela Universidade de São Paulo (USP), as composições não devem tremer para que a linha seja liberada para funcionar nos horários de pico.

"A vibração pode ter sido um dos problemas que precisaram ser resolvidos para começar a funcionar no horário de pico. Esse problema pode causar danos sérios tanto para a estrutura quanto para os vagões."

Para o especialista, o comissionamento da Linha 15-Prata demorou muito, e o trajeto entrará em operação comercial "saturado". "São Paulo é carente de metrô. Qualquer estação que seja inaugurada ou a ampliação de trechos e horários de funcionamento acabam atraindo passageiros que estão há décadas esperando."

A população da Vila Prudente aguarda com ansiedade o funcionamento do monotrilho em horário comercial. "Vai mudar a minha rotina, porque vou ganhar uns minutos a mais do dia, sem precisar perder tempo esperando o ônibus", diz a auxiliar administrativa Cláudia Santiago, de 49 anos. Ela acredita que o monotrilho permitirá uma economia de pelo menos 30 minutos em seu tempo de viagem até o trabalho.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Kassab nega corte à Linha 18-Bronze, mas admite alongamento de prazo

25/05/2015 - Diário do Gde ABC

O ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), garantiu que os repasses financeiros da União para auxiliar na construção da Linha 18-Bronze (Djalma Dutra-Tamanduateí), que ligará São Paulo ao Grande ABC, estão assegurados e não correm risco. Em encontro ontem com o deputado estadual Orlando Morando (PSDB) e o secretário de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos de Santo André, Paulinho Serra (PSD), em sua residência na Capital, o pessedista negou que o bloqueio de verba do governo federal, de R$ 69,9 bilhões, atinja as obras no setor anunciadas na região, mas admitiu 'alongamento' de prazo. "O que vai acontecer é prolongamento do calendário, não haverá rompimento de compromissos ou intervenções."

Os maiores entraves em INVESTIMENTOS foram programados justamente na Pasta de Cidades, com R$ 17,2 bilhões, e no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), de R$ 25,7 bilhões. Apesar do impasse orçamentário, Kassab reiterou, em entrevista ao Diário, que todas as promessas referidas "serão honradas" pelo Planalto. "Tudo aquilo que ficou estabelecido da nossa parte para Santo André, São Bernardo e São Caetano neste sentido continuará mantido, só que haverá alongamento em algumas coisas (áreas). Nós honraremos. E certamente o aporte terá novo cronograma", ponderou, sem estipular período. Há acordo por transferência de R$ 400 milhões, do OGU (Orçamento Geral da União), via PAC, para o modal – a aplicação total é de R$ 4,26 bilhões.

A declaração de Kassab se dá em momento de desconfiança sobre a manutenção dos projetos fixados em parceria com o governo Dilma Rousseff (PT), que adotou a medida de contingenciamento das despesas na tentativa de alcançar meta de superavit primário. Ao comentar o congelamento de montante federal e minimizando o impacto da iniciativa, o ministro mencionou que há cálculo estimado de R$ 800 bilhões de INVESTIMENTO em oito anos, entre quantia proveniente de investimento público e privado, incluindo o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.

Morando acentuou que as palavras de Kassab são fundamentais para tirar qualquer dúvida quanto ao acordo. Para o tucano, o ministro deixou claro que, no que depender da Pasta dele, vai contribuir no que for necessário para sair a liberação. "Saímos da reunião com a confirmação de que não existirá corte aos projetos de Mobilidade Urbana do Grande ABC. Isso é muito importante para garantir a execução do plano. O que ele ponderou é sobre a protelação do prazo, o que deve adiar o início de obras", frisou.

As intervenções estavam previstas para começar em junho, conforme acerto no passado. Por outro lado, há ainda imbróglio sobre o empréstimo requerido pelo governo do Estado junto ao BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), no valor de R$ 1,276 bilhão, que não se concretizou. Em contrapartida, a instituição descarta barreira e afirmou que o pleito ao aporte encontra-se em processo regular de análise. "O Kassab também ficou de verificar essa questão", disse o deputado.

A gestão estadual trabalha com entrega do monotrilho até o fim de 2018. Paulinho citou a reprogramação do repasse ao projeto como sinal de que há compromisso com a realização das obras. "O ministro foi categórico de que as intervenções não correm risco. Essa demonstração nos deixa tranquilos, porque gerou insegurança, como havia no Poupatempo (de serviços, inaugurado em Santo André na semana passada)."

REFORMA DE ESTAÇÕES

Kassab ratificou que o INVESTIMENTO de R$ 590 milhões da Pasta federal para reforma das estações da Linha 10-Turquesa, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), será liberado "assim que o Estado solucionar as pendências" de titularidade, licenciamento e engenharia. "Falta documentação para encaminhar o projeto." Conforme reportagem publicada ontem pelo Diário, burocracia ainda atrasa as intervenções. Proposta deveria ter iniciado em 2014.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Consórcio acelera projeto metroviário da Linha 18 em SP

07/12/2014 - O Estado de S. Paulo

O Consórcio ABC Integrado, que conquistou a concessão da Linha 18 (Bronze) da Rede Metroviária de São Paulo, ainda aguarda o início da vigência do contrato para começar as obras do monotrilho. Mas enquanto a declaração de início do prazo de vigência do contrato não ocorre, o grupo, liderado pela Primav, do grupo CR Almeida, e com participação da Cowan, Encalso e a argentina Benito Roggio, já encaminha processos em várias frentes, visando a acelerar a construção. Com isso, a estimativa é que as obras possam ser iniciadas ainda no primeiro semestre do ano que vem.

O diretor Financeiro da CR Almeida, João Alberto Bernacchio, informou que a companhia já iniciou os trabalhos de elaboração de projeto executivo, além de ter contratado um assessor para as desapropriações necessárias e já estar em negociações para o financiamento. "A rigor, o projeto executivo deveria ser elaborado apenas após a eficácia do contrato, mas a antecipação desse trabalho pode permitir o início das obras dois a três meses após a eficácia, enquanto o contrato prevê um ano", disse.

Conforme Bernacchio, esse é um dos primeiros contratos de concessão em que há uma cláusula de eficácia, que prevê o início da vigência do prazo apenas após uma "etapa preliminar", durante a qual poder concedente e consórcio precisam cumprir determinadas atividades formais. Essa fase tem duração prevista de seis meses, prorrogáveis por mais seis. Como o contrato foi assinado em agosto, a estimativa é de que a vigência será declarada em fevereiro. "Nos antecipamos porque acreditamos que estará tudo certo", disse.

Desde o início, o consórcio afirma que pretende antecipar a conclusão das obras que, segundo o contrato, tem prazo máximo de quatro anos. A antecipação permitiria adiantar o início das operações, e consequentemente as receitas, garantindo maior rentabilidade para a concessionária. O consórcio foi o único a apresentar proposta pelo projeto, uma concessão patrocinada (PPP), exigindo um valor de contraprestação de R$ 315,9 milhões, com um deságio de 0,27% em relação ao valor máximo permitido.

Financiamento

Entre as atividades que o consórcio precisa realizar até fevereiro para obter a eficácia está a apresentação de um plano preliminar de desapropriação e um plano de financiamento detalhado da concessão, indicando as fontes de todos os recursos, próprios e de terceiros, que suportarão os investimentos em obras civis, sistemas e material rodante, assim como demais despesas da fase de implantação da linha.

Em contrapartida, o governo paulista precisa, entre outras atividades, apresentar a estruturação financeira definida do fluxo de aportes, abrangendo os recursos provenientes do Orçamento Geral da União e a aprovação do contrato de financiamento do BNDES.

A Linha 18 tem custo estimado de R$ 4,2 bilhões, dos quais R$ 3,8 bilhões no projeto e outros R$ 406 milhões em desapropriações. Do total, R$ 2,335 bilhões serão custeados pelo Estado de São Paulo e o governo federal contribuirá com cerca de R$ 400 milhões provenientes do PAC 2, para as desapropriações.

O BNDES deverá atuar como financiador, seja do aporte público seja do investidor privado, em um valor global que não deve superar os 70% do custo do projeto. Segundo o diretor da CR Almeida, a Linha 18 está em fase final de enquadramento no banco, o que deve ser concluído ainda este ano. Bernacchio comentou que, além do empréstimo do BNDES, a intenção do consórcio é obter um empréstimo dedicado para o sistema rodante, possivelmente no mercado externo, uma vez que parte dos equipamentos deverá ser importada.

Além disso, o grupo pretende ir a mercado, com uma emissão de debêntures que pode ser feita já em 2015. Ele indicou que a captação poderia somar R$ 400 milhões. "Mas ainda estamos em conversas preliminares, não tem nada definido", salientou. O BTG Pactual atua como assessor financeiro do consórcio.

A Linha 18 terá 14,9 quilômetros de vias e 13 estações, e deve interligar os municípios de São Caetano do Sul, Santo André e São Bernardo do Campo ao sistema metroferroviário paulistano por meio de integração na Estação Tamanduateí (Linha 2 - Verde do Metrô e Linha 10 - Turquesa da CPTM).


Deputada solicita extensão da Linha 18 do metrô de SP

21/05/2015 - Assembleia Legislativa do Estado de S. Paulo

Vanessa Damo (PMDB) esteve na manhã de terça-feira, 19/5, com o secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, para solicitar a extensão do Metrô para a microrregião de Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.

No encontro, a parlamentar destacou a importância do sistema metroviário para esses três municípios que possuem população estimada em 620 mil pessoas. "Os usuários ainda são dependentes apenas da Linha 10-Turquesa da CPTM. Pedi ao secretário que seja feito estudo para estender a Linha 18-Bronze, que vai até Santo André, para Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra", afirmou.

A previsão do início das obras da Linha 18-Bronze é agosto de 2016. "O pedido da deputada é importantíssimo para atender a região que é bastante populosa. Vamos verificar a possibilidade", afirmou o secretário Clodoaldo.

Ainda sobre as obras metroviárias, Vanessa solicitou estudo de viabilidade para construir um braço do Monotrilho (Linha 15-Prata) a partir da Estação Jacu-Pêssego chegando até Mauá. "Seriam três estações: Oratório, Paranavaí e Centro de Mauá", explicou a deputada.

O Expresso ABC, trem com menos paradas e com via paralelo à Linha 10-Turquesa, foi outra pauta da reunião. "A população do Grande ABC nos cobra muito sobre esse trem que chegaria na Estação da Luz em até 20 minutos. Acredito que essa obra iria desafogar o fluxo, que é de 400 mil passageiros por dia", completou Vanessa.