A canadense Bombardier, maior fabricante de trens do mundo, assinou ontem seu primeiro grande contrato no Brasil: terá o fornecimento de 54 trens - ou 378 vagões - para o primeiro monotrilho de São Paulo, o Expresso Tiradentes. Vagões, sinalização e sistemas elétricos custarão R$ 1,4 bilhão dos R$ 2,46 bilhões do contrato - o restante, são obras civis.
Até agora o maior negócio da canadense era a reforma de 156 vagões para o Metrô de São Paulo, por R$ 238 milhões, fechada em 2009. Com o contrato, a Bombardier fica ainda atrás da espanhola CAF, que fechou desde 2007 pedidos de R$ 3,6 bilhões para o governo paulista, totalizando 101 trens - ou 774 carros. Mas a canadense passa a francesa Alstom, tradicional fornecedora da rede metropolitana paulista, que desde 2007 levou o fornecimento de 24 trens - ou 144 carros. Em valores, a encomenda soma cerca de R$ 600 milhões.
Para fabricar o monotrilho, a Bombardier utilizará suas instalações em Hortolândia, de 10 mil m2. Segundo Luís Ramos, diretor de comunicação da multinacional, a unidade brasileira deverá se transformar em um centro de competência da Bombardier para monotrilho - ou seja, possível plataforma de exportação.
A visão da empresa é de que o monotrilho, com custo e tempo de construção equivalentes à metade daqueles do metrô, é ideal para cidades com grande ritmo de expansão. São Paulo não pode esperar por oito anos para ter uma linha metrô nova, diz.
No país, a empresa também participa da licitação para o monotrilho de Manaus - atualmente suspensa - e está interessada em projetos em estudo para Recife, Fortaleza e Belo Horizonte. E quer fornecer mais para o Metrô de São Paulo, com mais dois projetos para monotrilho em gestação.
O produto fornecido para São Paulo será o monotrilho de mais alta capacidade do mundo - projeto inédito para a Bombardier. O produto usado no Expresso Tiradentes terá capacidade para 40 mil passageiros/hora em cada sentido, podendo chegar a 48 mil passageiros/hora. A capacidade do último monotrilho fornecido recentemente pela Bombardier, para a Arábia Saudita, é de 20 mil passageiros/hora.
O consórcio da Bombardier, composto por Queiroz Galvão e OAS, venceu o grupo montado pela Hitachi com Odebrecht, Camargo Corrêa e Mitsubishi que fez uma oferta de R$ 2,98 bilhões. Outros dois consórcios foram desclassificados por razões técnicas.
http://www.revistaferroviaria.com.br/index.asp?InCdNewsletter=5615&InCdUsuario=&InCdMateria=11560&InCdEditoria=2
A capacidade do Monotrilho previsto para a linha 15-Prata, que é considerado o maior do mundo para carruagens com largura de 3,1 m (standard), e comprimento da composição total de ~90 m e com 7 vagões, é de ~1000 pessoas, concorrendo com o BRT e o VLT são considerados de Média demanda, contra para a mesma largura, porém com comprimento de ~132 m e com 6 vagões é de ~2000 pessoas para o Metrô, e com comprimento de ~170 m e com 8 vagões é de ~2500 pessoas para os Trens Suburbanos, significando com isto que a capacidade do metrô e dos trens suburbanos são no mínimo o dobro do monotrilho, trafegando na mesma frequência, sendo considerados de Alta demanda.
ResponderExcluirComparativos: A capacidade é expressa em número de passageiros por hora por sentido (p/h/s), assim BRT, VLT, Monotrilho – 4000 a 25000 p/h/s, enquanto Metrô, Trens suburbanos – 20000 a 60000 p/h/s.
Estão previstas plataformas centrais para saídas de emergência em todo seu trajeto, obrigatórias para esta função, não deslumbrei em nenhuma das postagens que pesquisei, porém constam na especificação que iram existir, além das escadas retráteis!!! (de uso duvidoso).
A largura padronizada dos carros para os três são de 3,1 m (standard). Não confundir com os trens suburbanos espanhóis da CPTM-SP e alguns da SUPERVIA-RJ de 2,9 m que possuem uma plataforma (gambiarra) em frente ás portas para compensar o vão.
O monotrilho da linha 15-Prata, com ~26,5 km, Ipiranga, Cidade Tiradentes irá trafegar em uma região de alta demanda reprimida na zona Leste, com migração de parte da linha 3-Vermelha (a mais saturada do sistema) maior do que as linhas 4-Amarela, 5-Lilás e a futura 6-Laranja, e já nasce subdimensionado, além de ser uma tremenda incógnita, quando ocorrer uma avaria irá bloquear todo sistema, pois ao contrário que ocorre com os trens do metrô em que o chaveamento é simples, nos monotrilhos a mudança das carruagens para a via oposta se da de maneira complexa, com grandes distâncias entre si entre as estações, além de trafegarem em média a 15m do piso.
A melhor opção seria o prolongamento da linha 2 Verde, com bifurcação em “Y” na estação Vila Prudente, com a previsão da futura linha para Vila Formosa, e até São Mateus e a partir daí seguir em VLT, até a cidade Tiradentes, (Após as obras começadas, a estação terminal será na estação Ipiranga da CPTM), Vila Prudente basicamente será uma estação de transbordo.