06/12/2011 - Repórter Diário
Secretário de Transportes Metropolitanos prevê que serão gastos R$ 230 milhões com desapropriações
O governo do Estado acredita que a construção do monotrilho deve resultar em uma quantidade pequena de desapropriações no ABC. Por este motivo, na avaliação da gestão Alckmin, é pouco provável que se repita na região a polêmica que ocorreu em São Paulo envolvendo obra semelhante.
Na capital, moradores da região do Morumbi preocupados com as desapropriações e a possível desvalorização dos imóveis por conta do impacto visual da obra, chegaram a conseguir uma liminar na Justiça que impediu provisoriamente a construção da linha 17-ouro.
Em visita ao ABC para participar da reunião mensal dos prefeitos no Consórcio Intermunicipal, o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, afirmou que poucas residências devem ser retiradas por causa da construção da linha 18-bronze.
“No caso da linha 17, de fato o monotrilho passou muito próximo de alguns edifícios. Quando ele é feito no eixo de grandes avenidas, é de mais fácil implementação, sem agressão à questão dos moradores”, explica Jurandir Fernandes. “Parte da linha bronze vai seguir pelo trajeto do Córrego dos Meninos, onde não há muita desapropriação. Vai passar também por imóveis sem uso. Não vai afetar habitações, escolas, indústrias”, garante.
O governo do Estado calcula que serão gastos R$ 230 milhões em desapropriações, valor considerado baixo pelo Metrô.
Verba
Durante a visita ao Consórcio Intermunicipal, Jurandir Fernandes falou ainda sobre a verba necessária para viabilizar a construção da linha bronze. A gestão Alckmin pretende investir R$ 2,8 bilhões na obra.
Deste total, cerca de R$ 400 milhões serão disponibilizados pelo governo federal e R$ 1,27 bilhões pelo BNDES. A liberação das verbas deve ser confirmada até o final do ano. O restante dos investimentos sairá dos cofres estaduais. “Acreditamos que vamos entrar em 2012 com as verbas já garantidas”, afirmou o secretário estadual de Transportes Metropolitanos.
“A presidenta, juntamente com o governador, deve anunciar esse investimento até o fim de dezembro”, reforça o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, em referência ao montante que Dilma Rousseff deve disponibilizar para a construção do monotrilho.
Expresso ABC
Na pauta da conversa com os prefeitos esteve também o Expresso ABC, projeto que, se sair do papel, vai beneficiar usuários da CPTM que precisam se locomover da região para São Paulo. O projeto prevê que o trem pare apenas nas estações principais, diminuindo o tempo de viagem.
O secretário Jurandir Fernandes explicou porque a obra ainda não teve início. O projeto foi idealizado ainda na gestão José Serra, que havia prometido finalizar a construção em 2010.
“O Expresso ABC está mais avançado que o monotrilho, mas não há um prazo para a obra começar porque estamos na fase de negociações das áreas com a União. Vamos fazer duas vias de trens a mais, mas há terrenos da União e da CPTM”, explica. “Serão ao todo cinco vias férreas, com previsão de entrega para 2014”, completa o secretário.
Tanto o Expresso ABC quanto o monotrilho da linha 18-bronze serão administrados pela iniciativa privada, através de PPP (Parceria Público-Privada).
Fonte: Repórter Diário
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