19/02/2012 - Folha VP
O presidente da Companhia, Sérgio Avelleda, comandou a primeira parte da palestra. Ele ressaltou as vantagens do transporte, ainda inédito no Brasil
Por Gerson Rodrigues
Um dia após a vistoria do governador Geraldo Alckmin ao canteiro de obras do monotrilho, a direção da Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô palestrou na noite da terça-feira, dia 14, no auditório da Subprefeitura de Vila Prudente/Sapopemba, sobre o novo sistema de transporte que está sendo implantado ao longo da avenida Anhaia Mello. No evento, voltado para lideranças comunitárias e representantes de entidades civis, foram apresentados ainda os projetos de paisagismo, urbanismo e também de remoção de árvores, ação que sempre causa polêmica entre a comunidade.
O presidente da Companhia, Sérgio Avelleda, comandou a primeira parte da palestra. Ele ressaltou as vantagens do transporte, ainda inédito no Brasil. “Esse sistema possui a mesma qualidade de serviço do metrô convencional, tem baixa emissão de poluentes e ruídos, não ocupa o leito viário, demanda menos desapropriações, tem menor custo de implantação e atende adequadamente a demanda prevista, que, segundo nossos estudos será, em média, de 550 mil passageiros por dia”, explicou. Outro ponto positivo exposto por Avelleda é a redução no tempo das viagens. “Com o monotrilho as pessoas perderão menos tempo para chegar aos seus destinos. Um exemplo é a viagem de Cidade Tiradentes até Vila Prudente. Hoje demora cerca de 90 minutos. Com o monotrilho será reduzida para 40 minutos”, afirmou.
Em seguida foi a vez do coordenador de arquitetura, paisagismo e urbanização do Metrô, Ivan Piccoli, falar sobre o que está sendo projetado para compor os baixos e o entorno da linha do monotrilho. “Sabemos da necessidade de verde desta região e por isso, pensamos em alternativas que aumentarão significativamente o volume ao longo do novo sistema de transporte”, declarou. Entre os anúncios, o que chamou a atenção foi a implantação de corredores verdes e de ciclovias sob toda extensão da linha que vem sendo erguida na Anhaia Mello. “Além disso, todas as estações serão pousadas sobre uma praça que será construída pelo Metrô e qualquer espaço de concreto nos canteiros centrais serão revestidos com verde. Com isso haverá aumento na permeabilidade e a ‘avifauna’ local será valorizada”, completou.
Por fim o engenheiro da gerência de construção do monotrilho, Noel João Mendes Cossa, explicou o processo de manejo arbóreo que vem ocorrendo desde o início da obras. Este processo foi bastante polêmico na área da antiga fábrica das Linhas Correntes, na avenida Oratório, onde está sendo construído um amplo pátio de trens. Didaticamente, Cossa apresentou os trâmites legais que vêm sendo obedecidos pela Companhia nos processos de corte e transplante das árvores. “Estamos seguindo rigorosamente o que foi estabelecido no Termo de Compensação Ambiental junto com a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente. Está tudo catalogado e todas as espécies cortadas serão compensadas na região, que ganhará muito mais verde do que dispõe atualmente”, afirmou. Especificamente sobre a área do pátio de trens, Cossa garantiu que quase todas as árvores cortadas do local serão compensadas ainda dentro do terreno, no espaço onde aconteceu apreservação.
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