sexta-feira, 14 de julho de 2017

Obras do monotrilho atrasam por falta de verba pública

12/07/2017 -  DCI

São Paulo - O diretor de Engenharia e Construções do Metrô SP, Paulo Meca, durante palestra da empresa Scomi sobre monotrilho, justificou que o atraso de entrega das Linhas 15-Prata e 17-Ouro do Metrô foi causado pela falta de dinheiro para as obras e problemas com os consórcios responsáveis. 

Segundo ele, o atraso na Linha 17-Ouro se deve à rescisão de dois dos três contratos de obras, no final de 2015. Meca afirmou que o primeiro trecho da Linha 17-Ouro, do Aeroporto de Congonhas até o Morumbi, ficará pronto apenas em 2019. 

Em relação a Linha 15-Prata ele destacou o excesso de burocracia para continuidade do projeto e a falta de dinheiro da Prefeitura de São Paulo. Meca deu as explicações em evento que abordou condições favoráveis à implantação do sistema, sob o tema "Monotrilho e suas peculiaridades", organizado pela revista Sobretrilhos. 

Segundo a explicação de Meca, para os atrasos, o convênio firmado com a Prefeitura, previa a utilização de terrenos do município, além de obras de adequação viária para implantação do monotrilho, também a cargo da prefeitura, mas elas não ocorreram por falta de verba municipal. O novo prazo para conclusão das estações não foi informado. 

Meca pontua também que as licenças ambientais necessária para ambas as obras causaram atraso nas obras, pois existem uma série de compromissos do segmento que precisam ser atendidos para dar início às obras. 

ABC 

Maciel Paiva, presidente do consórcio VemABC- Vidas em Movimento, vencedor da PPP para implantação e manutenção da Linha 18-Bronze, por 25 anos, explica que as obras ainda não foram iniciadas devido a dificuldades financeiras do governo do Estado de São Paulo. 

Orçada em R$ 4,26 bilhões, a Linha será responsável por ligar a Zona Leste, na Estação Tamanduateí, com o ABC. Segundo Paiva, foi acordado que as obras seriam custeadas 50% pelo estado e 50% pela iniciativa privada. "A questão do financiamento da parte pública está impedindo o início do empreendimento. Todos sabem que passamos por uma crise política e econômica. Não seria prudente começar uma obra dessas e parar depois de seis meses", diz. O prazo estimado é de quatro anos para conclusão das obras na Linha. 
Modal como alternativa 

Karalyn Moreira, diretora Comercial da Scomi UTSB, que é fabricante das composições tanto da Linha 17-Ouro quanto da 18-Bronze, aponta que o monotrilho é uma opção viável para o ABC por ter um impacto urbano menor na paisagem urbana, custos inferiores, menor produção de ruído e por se adequar melhor ao traçado da cidade. 

Paulo Meca explica que o monotrilho carrega menos passageiros que o Metrô, mas custa muito menos. "Os custos para implantação do monotrilho são entre 30% e 60% os de implantação do Metrô", afirma. 

Segundo Karalyn, apesar das composições do monotrilho terem capacidade menor que as do Metrô, não há perda, desde que haja um planejamento prévio sobre a demanda na região. 

Entre as experiências que tiveram sucesso, ela cita cidades que optaram pelo modal, como Tokyo (Japão), com 17,8 km, Osaka (Japão), com 28,3 km, Las Vegas (EUA), com 6,3 km e Chongqing (China), com 36 milhões de habitantes e 74,7 km de trilhos.


quinta-feira, 13 de abril de 2017

Entrega da Linha 17 tem novo adiamento

30/03/2017 - Via Trólebus

Uma obra que era para ter ficado pronta para a Copa de 2014 não ficará pronta nem para a Copa da Rússia, em 2018. Nesta quinta-feira, 30, o Governo do Estado anunciou que, o primeiro trecho, de 7,7km, da linha 17 – ouro, do Metrô,entre o Aeroporto de Congonhas e a estação Morumbi, da linha 9 – Esmeralda, da CPTM, vai ser entregue somente em julho de 2019.

“A obra está indo bem, estamos hoje com quase mil trabalhadores e devemos dobrar até o fim do ano, mas ninguém desconhece que o Brasil vive a mais grave crise dos últimos 100 anos. As empresas também sofrem e não conseguem executar a obra. Nossa parte está em dia, a obra foi retomada”, justificou o governador Geraldo Alckmin.

O anúncio foi feito no mesmo dia que o Governo do Estado lançou o edital para concessão desta linha junto com a linha 5 – lilás.

No evento, Alckmin também anunciou edital para a construção da estação Morumbi da Linha 17-Ouro do monotrilho. Questionado sobre a decisão de leiloar juntas as linhas 5 e 17, já que o monotrilho ainda nem existe, o governador negou medo de afugentar interessados na licitação.

“A linha 17 está toda contratada. Um consórcio que teve problemas já foi substituído. A obra foi acelerada”, disse. “É a mesma concessão. Quem ganhar a 5, ganha a 17″, afirmou.

terça-feira, 1 de novembro de 2016

TCE suspende licitação de obras do monotrilho

29/10/2016  - O Estado de SP

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) suspendeu nesta sexta-feira, 28, a licitação aberta pela Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) para contratar obras complementares para a construção de quatro estações da Linha 15-Prata, o monotrilho que vai ligar a Vila Prudente e São Mateus, na zona leste da capital paulista.

Em despacho publicado no Diário Oficial, o conselheiro substituto Márcio Martins de Camargo acolheu uma representação feita pela empresa Tiisa Infraestrutura e Investimentos S/A, apontando falhas no edital para contratação das obras de acabamento, instalações hidráulicas, comunicação visual, paisagismo e reurbanização de Jardim Planalto, Sapopemba, Fazenda da Juta e São Mateus. A previsão de inauguração delas é em 2018.

As queixas se referem aos itens que tratam da qualificação técnica e do atestado das empresas interessadas, o que ameaçaria a isonomia na disputa e a escolha da proposta mais vantajosa para o poder público. A sessão de entrega dos envelopes com as ofertas das licitantes estava marcada para esta sexta. O conselheiro determinou a suspensão da licitação e deu prazo de 48 horas para que o Metrô encaminhe cópia do edital e os esclarecimentos sobre os itens questionados. Em nota, a estatal informou que prestará todos os esclarecimentos ao TCE no prazo estipulado.

Sem previsão.

A construção da Linha 15 foi anunciada em novembro de 2009, ainda no governo José Serra (PSDB), com previsão de entrega completa para 2012, com 18 estações e 26,6 km de extensão, até Cidade Tiradentes. Até agora, contudo, apenas Vila Prudente e Oratório foram entregues, com 2,9 km de extensão. E o trecho entre São Mateus e Cidade Tiradentes não tem mais prazo para sair do papel por causa de problemas financeiros. O custo estimado de toda a obra é de R$ 7,2 bilhões.

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Alckmin admite que não há mais data para início do monotrilho no ABC

06/10/2016  - Diário do Transporte

ADAMO BAZANI

Pela primeira vez, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou de forma oficial que não há mais data para o início das obras da linha 18-Bronze do monotrilho, previsto para ligar São Bernardo do Campo, Santo André, São Caetano do Sul até Estação Tamanduateí, na capital paulista.

Alckmin afirmou que o Estado precisa de aprovação por parte do Governo Federal de financiamento de verba que vai ser usada para as desapropriações exigidas para esse tipo de modal.

“Não temos como executá-la (a obra) se não tivermos o financiamento. Então, o Ministério da Fazenda e a Secretaria do Tesouro Nacional ainda não deram a resposta. A gente insistiu, insistiu e insistiu, mas não tivemos ainda o ‘ok’ em relação à obra. Então, é aguardar … Se o financiamento sair amanhã, (o trabalho) começa em seguida. A obra está licitada e contratada. Sem financiamento, não dá para iniciar uma obra de grande porte” – disse Alckmin em evento de entrega de dez novos trólebus para o Corredor ABD, operado pela empresa Metra – Relembre:https://diariodotransporte.com.br/2016/10/05/metra-alckmin-corredor-abc-novos-trolebus/

As desapropriações vão ser maiores do que o projetado inicialmente, principalmente por causa das vigas de sustentação dos elevados por onde circulam os pequenos trens com rodas de borracha.

Para captar financiamentos externos, os estados precisam ter uma autorização da Cofiex – Comissão de Financiamento Externo, do Ministério do Planejamento. Isso porque, nestas operações, a União é uma espécie de fiadora em eventuais calotes dos governos estaduais.

Na 112ª reunião da Cofiex, realizada em 15 de dezembro de 2015, o pedido do Governo do Estado foi retirado da pauta porque os técnicos verificaram que São Paulo não teria condições agora de assumir este endividamento.

As desapropriações para vigas e estações devem custar em torno de US$ 182,7 milhões (em torno de R$ 591,9 milhões) .

A linha 18 Bronze deveria ter 15,7 quilômetros de extensão, com 13 estações entre a região do Alvarenga, em São Bernardo do Campo, até a estação Tamanduateí, na Capital Paulista ao custo de R$ 4,5 bilhões com previsão de entrega total em 2015. Em 2015, orçamento estava 14% mais caro, chegando a R$ 4,8 bilhões, sem previsão de entrega. A previsão de demanda é de até 340 mil passageiros por dia, quando completo. O custo hoje por quilômetro em 2015 seria de R$ 305 milhões. Como as obras não começaram, técnicos dentro do próprio governo defendem outro meio de transporte para a ligação, como um corredor de ônibus BRT, que pode ser até cinco vezes mais barato com capacidade de demanda semelhante.

MONOTRILHOS NÃO EMPLACARAM AINDA:

Os projetos de monotrilho em São Paulo até agora não mostraram a que vieram.  As obras estão cada vez mais caras e houve redução de projetos, o que levanta discussões se este meio de transporte, que não é metrô, é inadequado para a realidade brasileira.

O Governo de São Paulo prometeu entregar entre 2012 e 2015, um total de 59,7 quilômetros de monotrilhos em três linhas. Apenas 2,9 quilômetros entre as estações Oratório e Vila Prudente, da linha 15 Prata estão em operação e ainda com horário menor que dos trens, metrô e ônibus.

Duas linhas, a 15- Prata e a 17 – Ouro, que somam 44 quilômetros estão em construção, sendo que 21,9 quilômetros foram descartados dos cronogramas iniciais.

Na linha 15-Prata são 16 quilômetros e oito estações a menos. A linha 17-Ouro perdeu 10 quilômetros e 11 estações. Confira abaixo:

de acordo com os dados oficiais do Metrô, o custo do quilômetro da Linha 15-Prata do Monotrilho da Zona Leste que era de R$ 206 milhões em 2010, subiu 70% e foi para R$ 354 milhões no primeiro semestre de 2016.

Já a Linha 17 Ouro, da Zona Sul, tinha o quilômetro custando R$ 177 milhões em 2010. No primeiro semestre de 2016 ficou 83% mais caro, com o quilômetro custando R$ 325 milhões.

Já o quilômetro do metrô de fato pode ser de em torno de R$ 500 milhões em metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro. No entanto, o metrô pode transportar mais de três vezes o que um monotrilho teria capacidade. Os dados foram apresentados pelo o professor de engenharia de produção e transportes da UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Luís Afonso dos Santos Senna.

O técnico em transporte e vice-presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos ANTP, César Cavalcanti, em congresso no Recife pouco antes da Copa do Mundo de 2014,  mostrou números que aproximam mais ainda os custos dos monotrilhos de São Paulo com os custos-padrão de metrô de alta capacidade.  “Construir um quilômetro de metrô custa, atualmente, entre 80 e 90 milhões de dólares, podendo chegar até a 300 milhões, dependendo da capacidade e tecnologia. Fazer um quilômetro de Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) significa gastar entre 20 e 30 milhões de dólares. E implantar um quilômetro de Bus Rapid Trânsit (BRT) sai de 7 a 15 milhões de dólares.”

Quanto à capacidade, os monotrilhos podem atender de 15 mil a 35 mil passageiros hora/sentido. Já o metrô pode transportar de 60 mil a 80 mil passageiros hora/sentido.

Os dados são do consultor em mobilidade, Peter Alouche, e da Monorail Society.

Ainda com base nestas estimativas, do ponto de vista econômico, corredores modernos de ônibus com conceitos de metrô, os chamados BRTs – Bus Rapid Transit, têm capacidade quase igual dos monotrilhos, mas podem custar aos bolsos do cidadão em torno de cinco vezes menos, ainda de acordo com os dados de Peter Alouche e da Monorail Society.

Um BRT pode ter capacidade de 15 mil a 30 mil passageiros hora/sentido com o custo por quilômetro de US$ 15 milhões a US$ 20 milhões.

Todos estes especialistas disseram que não é questão de rivalizar os modais, já que a solução de mobilidade vem por uma rede de vários sistemas de transportes integrados. No entanto, é simplesmente verificar se cada modelo é adequado para as realidades locais.

Além de problemas financeiros, principalmente falta de dinheiro para as desapropriações, há também dúvidas técnicas, como o tratamento das galerias de água sob a Avenida Brigadeiro Faria Lima, no centro de São Bernardo do Campo, e contratuais, como uma cláusula que determina que o monotrilho do ABC só deve funcionar após testes da linha 17 Prata, que também está sem uma definição clara sobre a inauguração.

O Metrô não interpreta o contato desta maneira, massa o Ministério das Cidades, responsável por verbas federais para mobilidade urbana, entende que estes testes são obrigatórios.

consultor e especialista Sérgio Ejzenberg, diz que os monotrilhos não foram a melhor escolha para São Paulo.

“Uma obra deve ser feita com projetos bem feitos para não dar margens a sobrepreços e aditivos que vão encarecendo a obra que é o que a gente viu que aconteceu … Não é só um problema de má gestão … Estas obras foram feitas com decisões erradas. Lá na zona Leste, o corredor de ônibus que tá passando embaixo tá tão saturado que quando ficar pronto o monotrilho, já vai nascer saturado também. Tinha que ter feito um metrô lá. Quando [o monotrilho] ligar do extremo leste para o centro, não vai dar conta. É o oposto desta Linha Ouro aqui na [avenida] Roberto Marinho, onde a demanda é tão baixa que quase não passa ônibus, não precisava gastar este dinheiro enorme quando tem tanta coisa que precisa ser feita.” – Relembre em GLOBO – MONOTRILHOS MAIS CAROS

INCOMPLETOS:

Não bastassem estar mais caros, os monotrilhos também devem ser inaugurados com extensões bem inferiores ao que foi prometido pelo Governo do Estado de São Paulo.

Por falta de verbas, vários trechos tiveram os cronogramas de obras suspensos.

O Governo de São Paulo prometeu entregar entre 2012 e 2015, um total de 59,7 quilômetros de monotrilhos em três linhas. Apenas 2,9 quilômetros entre as estações Oratório e Vila Prudente, da linha 15 Prata estão em operação e ainda com horário menor que dos trens, metrô e ônibus.

Duas linhas, a 15- Prata e a 17 – Ouro, que somam 44 quilômetros estão em construção, sendo que 21,9 quilômetros foram descartados dos cronogramas iniciais.

Na linha 15-Prata são 16 quilômetros e oito estações a menos. A linha 17-Ouro perdeu 10 quilômetros e 11 estações. Confira abaixo:

A linha 15 Prata deveria ter 26,7 quilômetros de extensão, 18 estações entre Ipiranga e Hospital Cidade Tiradentes ao custo R$ 3,5 bilhões com previsão de entrega total em 2012. Em 2015, orçamento ficou 105% mais alto, com o valor de R$ 7,2 bilhões. O custo por quilômetro sairia em 2010 por R$ 209 milhões, em 2015 por R$ 260 milhões e, no primeiro semestre de 2016, subiu para R$ 354 milhões. A previsão de 9 estações agora é para 2018. Está congelado o trecho entre Hospital Cidade Tiradentes e Iguatemi e Vila Prudente-Ipiranga. O governo do estado promete atendimento a uma demanda de 550 mil passageiros por dia

A linha 17 Ouro do monotrilho deveria ter 17,7 quilômetros de extensão, com 18 estações entre Jabaquara, Aeroporto de Congonhas e região do Estádio do Morumbi ao custo de R$ 3,9 bilhões com previsão de entrega total em 2012. Em 2015, o orçamento ficou 41% mais caro somando R$ 5,5 bilhões e a previsão para a entrega de 8 estações até 2018. Em 2010, o custo do quilômetro era de R$ 177 milhões. Em 2015, o custo por quilômetro seria de R$ 310 milhões e no primeiro semestre de 2016 foi para R$ 325 milhões. O monotrilho, se ficar pronto, não deve num primeiro momento servir as regiões mais periféricas.  Assim, os trechos entre Jabaquara e a Aeroporto de Congonhas e entre depois da Marginal do Rio Pinheiros até a região do Estádio São Paulo-Morumbi, passando por Paraisópolis, estão com as obras congeladas. Com este congelamento, não haverá as conexões prometidas com a linha 4 Amarela do Metrô na futura estação São Paulo – Morumbi, e nem com estação Jabaquara e da Linha 1 Azul do Metrô e Terminal Metropolitano de Ônibus e Trólebus Jabaquara, do Corredor ABD. Segundo o site do próprio Metrô, quando estiver totalmente pronto, este sistema de monotrilho atenderá 417 mil e 500 passageiros por dia.

A linha 18 Bronze deveria ter 15,7 quilômetros de extensão, com 13 estações entre a região do Alvarenga, em São Bernardo do Campo, até a estação Tamanduateí, na Capital Paulista ao custo de R$ 4,5 bilhões com previsão de entrega total em 2015. Em 2015, orçamento estava 14% mais caro, chegando a R$ 4,8 bilhões, sem previsão de entrega. A previsão de demanda é de até 340 mil passageiros por dia, quando completo. O custo hoje por quilômetro em 2015 seria de R$ 305 milhões. Como as obras não começaram, especialistas defendem outro meio de transporte para a ligação, como um corredor de ônibus BRT, que pode ser até cinco vezes mais barato com capacidade de demanda semelhante.

COMPARAÇÕES:

De acordo com o Monorail Society , o consultor em mobilidade, Peter Alouche, e palestras do professor de engenharia de produção e transportes da UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Luís Afonso dos Santos Senna, e técnico em transporte e vice-presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos ANTP, César Cavalcanti, a escolha dos modais devem levar em conta os custos e quantas pessoas vão beneficiar.

– Corredor de ônibus simples: Capacidade de 10 mil a 20 mil passageiros hora/sentido – Custo por quilômetro inferior a US$ 5 milhões

– Corredor de ônibus BRT: Capacidade de 15 mil a 30 mil passageiros hora/sentido – Custo por quilômetro de US$ 15 milhões a US$ 20 milhões

– Monotrilho: Capacidade de 15 mil a 35 mil passageiros hora/sentido – Custo por quilômetro de US$ 80 milhões a US$ 100 milhões

– VLT – Veículo Leve sobre Trilhos: Capacidade de 15 mil a 35 mil passageiros hora/sentido – Custo por quilômetro de US$ 20 milhões a US$ 60 milhões

– Metrô Leve: Capacidade de 25 mil a 45 mil passageiros hora/sentido – Custo por quilômetro de US$ 40 milhões a US$ 80 milhões

– Metrô: Capacidade de 60 mil a 80 mil passageiros hora/sentido – Custo por quilômetro de US$ 200 milhões a US$ 300 milhões

SONHO OU UTOPIA? AS VANTAGENS DO MONOTRILHO:

O engenheiro e mestre em Transportes pelo Instituto Militar de Engenharia – IME, Marcus Vinicius Quintella Cury, elaborou um estudo intitulado “A verdadeira realidade dos monotrilhos urbanos – Sonho ou Utopia: De volta ao Futuro?”. No levantamento de sistemas em diversas partes do mundo, o especialista mostra que vários fatores levaram à desativação de linhas de monotrilho:

ESTUDO – MONOTRILHOS – SONHO OU UTOPIA?
Quando foram anunciados pelo Governo do Estado de São Paulo, os três monotrilhos na capital, sendo um deles também para o ABC Paulista, foram apresentados como uma solução de mobilidade pioneira no País, de bem menor custo que o metrô e implantação mais rápida.

No entanto, já naquela ocasião, em 2010, especialistas em mobilidade urbana, arquitetura e urbanismo, e de contas públicas, levantaram questionamentos a respeito do modal, que em São Paulo, consiste em trens leves, com pneus de borracha, que devem trafegar em elevados.

Mais da metade dos monotrilhos inaugurados em todo mundo já foi desativada, de acordo com dados da Associação Internacional de Monotrilhos –  MonorailSociety –  e da UITP – União Internacional de Transportes Públicos. Além disso, com exceção da Ásia, grande parte dos países que implantaram sistemas de monotrilhos, não deu prosseguimento em outros projetos do modal.

A explicação, de acordo com os especialistas, está numa razão que engloba a complexidade das obras, capacidade de atendimento e o custo por quilômetro, além dos custos para operação. No caso do Brasil, por exemplo, o mais adequado, para estes especialistas, seria a criação ou expansão de redes de metrô de alta capacidade para demandas muito grandes, e, para demandas semelhantes às do monotrilho, corredores de ônibus modernos, BRTs, que custam até 10 vezes menos.

A edição brasileira do El País, em janeiro de 2016, ouviu alguns desses especialistas. Para eles, os monotrilhos em São Paulo são símbolos de atrasos e opções controversas.

Ao repórter André de Oliveira, o especialista e professor de mobilidade urbana, Marcos Kiyoto, diz que é um erro o governo Alckmin ter feito a sociedade acreditar que mudando a tecnologia de modal, os problemas de mobilidade seriam resolvidos.

“O monotrilho não é um caso isolado, as outras linhas de metrô em construção estão atrasadas, mas eu concordo que ele simboliza uma falta de capacidade em implantar transporte coletivo. O erro, a meu ver, foi acreditar que uma nova tecnologia pudesse resolver nossos problemas” – disse o especialista.

Já um estudo de Moacir de Freitas Junior e Alex Macedo de Araujo, da Fatec da zona Sul de São Paulo, classifica como vantagens do monotrilho a “ausência de interferência do tráfego de veículos, semáforos e cruzamentos chegando à velocidade de até 90 Km/h, boa relação capacidade/custo/tempo e finalmente, o ruído é baixo pelo uso do motor elétrico e pneus ao invés dos tradicionais trilhos metálicos. (OLIVEIRA: 2009). O sistema já foi testado e aprovado em grandes cidades como Mumbai, Kuala Lumpur e Las Vegas. Com projetos específicos que levem em conta as projeções de demanda é possível utilizar o sistema como protagonista do transporte público em determinada região em consonância com os outros sistemas de transporte através de integração física e tarifária” . Além disso, necessidades de menos desapropriações que o metrô , VLT ou mesmo BRT, dependendo do projeto, poderiam ser interessantes. – Veja em: VANTAGENS DO MONOTILHO

ESTIMATIVA DE DEMANDA PARA OS MONOTRILHOS DE SÃO PAULO PODE ESTAR INFLADA OU SISTEMAS JÁ NASCEM SATURADOS:

O urbanista Moreno Zaidan Garcia disse que os números de demanda para os monotrilhos em São Paulo podem ter sido superestimados e não corresponderem à realidade. Ou então, os sistemas já nascerão saturados.

Para chegar ao número de passageiros hora que serão transportados, o sistema já começará operando no limite de 6 pessoas por m² dentro dos vagões. “Claro, eu não estou falando de um problema exclusivo do Governo do Estado, é um problema brasileiro. Agora, uma suposição para a opção pelo monotrilho é que talvez ele tenha parecido atraente porque, ao contrário de obras de metrô subterrâneo, ele foi vendido como algo que poderia ser inaugurado dentro de uma mesma gestão”. – disse.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Governo Alckmin decide privatizar monotrilho da zona leste

24/06/2016  - Folha de SP

RODRIGO RUSSO

EDUARDO GERAQUE

Com dificuldades financeiras para expandir e manter a rede sobre trilhos em São Paulo, a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) decidiu conceder à iniciativa privada a operação do monotrilho da linha 15-prata, na zona leste.

O martelo foi batido neste ano e recebeu aval na última reunião do conselho gestor das PPPs (Parcerias Público-Privadas). Agora, haverá um detalhamento do projeto.

Com a decisão, ela se tornará a terceira privatizada –a 4-amarela já é operada pela ViaQuatro, e as obras e futuros serviços da 6-laranja estão contratadas com a Move-SP.

Inaugurada em 2014, a linha 15-prata foi a primeira do Estado a adotar a tecnologia de monotrilho, um tipo de trem elevado, visto por especialistas com desconfiança. Ela sofreu seguidos atrasos (antes do atual edital, foi prevista para 2012, depois para 2015), ficou mais cara (a fase de obras superou em mais de R$ 300 milhões a estimativa) e funciona hoje com 2,9 km entre as duas estações: Oratório e Vila Prudente.

A segunda fase, que está em construção, prevê que a linha chegue com mais 10,1 km até a região de São Mateus em 2018. A ideia é que ela já esteja sob operação privada com essas estações.

Como revelou a Folha em 2014, as obras da linha 15-prata chegaram a travardevido a um córrego não previsto no projeto original –embaixo do trecho em que as obras para três estações seriam feitas. Foi preciso uma nova intervenção de engenharia para desviar as galerias de água na região, algo que foi concluído somente neste ano.


TERCEIRA ETAPA

A privatização foi definida pelo Estado como forma de evitar a contratação de mais funcionários ao Metrô e tentar levantar parte da verba para concluir outras linhas em atraso ou comprar trens para sua operação.

A linha 15-prata também tem uma terceira etapa projetada, com mais 11,5 km até Cidade Tiradentes, no extremo da zona leste, mas que ficou congelada devido à falta de recursos para avançá-la. Atualmente, a rede sobre trilhos não se sustenta apenas com a arrecadação da tarifa paga pelos passageiros.

A injeção de recursos para manter a operação da CPTM é próxima de R$ 1 bilhão no ano. No caso do Metrô, a empresa só depende de repasses estaduais referentes às gratuidades e descontos –por exemplo, a estudantes e idosos.

Mesmo assim, a gestão Alckmin chegou a dar um calote no Metrô no ano passado –deixando de repassar R$ 66 milhões dos R$ 330 milhões previstos para esses gastos. Com menos de 80 km construídos ao longo de mais de quatro décadas, a rede de metrô de SP é pequena em relação a outras metrópoles mundiais, mas bastante ocupada.

A tendência é que, conforme sua expansão avance, haja diluição do número de passageiros por quilômetro, assim como maior ociosidade em alguns momentos –podendo encarecer a operação.

Além da 15-prata, a gestão Alckmin também mantém estudos para a privatização de outras linhas sobre trilhos. Por exemplo, de duas das seis linhas da CPTM, a 8-diamante (que faz a ligação de Itapevi ao centro de São Paulo), e a 9-esmeralda (que beira a marginal Pinheiros). O conselho gestor do programa de PPPs de Alckmin afirma que essa proposta ainda "segue em análise devido à sua complexidade".

O governo também já manifestou interesse de conceder a linha 17-ouro de monotrilho (que passará por Congonhas). A proposta, porém, ainda não foi aprovada.


CÓRREGO

Existe um obstáculo a menos para que as atrasadas obras do monotrilho da linha 15, na zona leste de São Paulo, possam ser finalmente concluídas. O córrego que passava embaixo da futura estação Vila Tolstói foi desviado e não impede mais a colocação das colunas do prédio.

Na fase de projeto, o risco de a galeria atrapalhar a construção da estação foi subestimado pelos engenheiros do governo Geraldo Alckmin (PSDB). O Metrô de São Paulo teve que parar as obras para, então, desviar o curso do córrego Mooca, que passa pelo local. O órgão não revela em quanto o erro de avaliação dos técnicos encareceu o projeto.

Agora, o córrego faz um desvio embaixo do espaço destinado à futura estação. Ele corre cerca de 100 m por baixo da própria av. Prof. Luiz Ignácio Anhaia Mello e volta ao canteiro central. No buraco que ainda existe sob a futura estação é possível ver as bases dos 12 pilares que, feitos dentro do antigo córrego, sustentariam o edifício. Eles serão enterrados pela nova base de apoio do prédio.

O córrego que "apareceu" no meio da construção da linha é apenas um dos problemas que se acumularam durante toda a fase de execução do projeto. Por causa disso, as obras de continuação da linha (que hoje só opera entre duas estações), chegaram a ser previstas para 2012, passaram para 2015 e, agora, para 2018.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Metrô retoma monotrilho, muda projeto de estação e atrasa ligação com CPTM

23/06/2016 - Istoé

Estadão Conteúdo

A Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) terá de redesenhar a futura Estação Morumbi do monotrilho, da Linha 17-Ouro, ramal cujas obras foram retomadas nesta semana, após cinco meses de paralisação. Assim, a ligação do Aeroporto de Congonhas com a rede metroferroviária, prometida pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB) para a Copa do Mundo de 2014, não tem mais data para se concretizar.

As obras da Linha 17, suspensas em janeiro após desentendimentos entre o Metrô e as empreiteiras encarregadas da obra, foram retomadas anteontem, segundo informou o governador. “Já estamos hoje com cem trabalhadores”, disse ontem, referindo-se a um lote de obras que prevê três estações – Campo Belo, Vila Cordeiro e Chucri Zaidan.

A construção da linha é dividida em quatro contratos. Um deles é das vigas, trens e sistemas, assinado com um consórcio liderado pelas empresas Andrade Gutierrez (obras) e Scomi (trens). Dois dos contratos vão para a construção das estações. O quarto é do Pátio de Manobras Água Espraiada. Apenas o primeiro lote, com as Estações Congonhas, Jardim Aeroporto, Brooklin Paulista e Vereador José Diniz, não sofreu paralisações até agora.

“Para o Pátio Água Espraiada há previsão de assinatura de contrato ainda este mês e retomada de obras em julho”, afirmou o governador. “Quanto aos sistemas, estamos aguardando só uma decisão judicial para retomar imediatamente. A Linha 17 teve interrupção não pelo governo – para nós, estava tudo ordem -, mas porque as empresas estão tendo dificuldade frente ao momento econômico que o País está vivendo”, justificou Alckmin.

Novo atraso

A Estação Morumbi ficará de fora dessa retomada e passará por nova licitação. Segundo o diretor de Operações do Metrô, Mario Fioratti, os técnicos da companhia constataram que a demanda prevista para aquela estação, que terá conexão com a Linha 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), estava subdimensionada. Sem informar números, explicou que os estudos apontam que a parada receberá mais pessoas do que o primeiro projeto suportaria.

“O projeto original não previa acesso direto da rua para a estação. O usuário teria de entrar pela Estação Morumbi (da CPTM)”, explicou Fioratti. “Serão duas estações independentes, interligadas por um mezanino que será construído”, continua o diretor. Essa nova estação será objeto de uma licitação exclusiva, que será lançada em breve, segundo o Metrô.

Um problema dessa natureza já aconteceu quando foi feita a conexão entre as Estações Paulista, da Linha 4-Amarela, e Consolação, da 2-Verde. Depois que a ligação entre as paradas foi aberta e a demanda nos túneis de conexão se mostrou maior do que o previsto, a companhia passou a adotar medidas como desligar as esteiras rolantes nos horários de pico, mudar o piso tátil para portadores de deficiência visual e instalar divisórias para organizar o fluxo de passageiros. Ao menos dois tumultos chegaram a ser registrados em 2014, por causa da superlotação no local.

Obras

A Linha 17-Ouro originalmente tinha previsão de alcançar 18 quilômetros de extensão. Ligaria a Estação Jabaquara, da Linha 1-Azul do Metrô, na zona sul, à Estação São Paulo-Morumbi, da Linha 4-Amarela, na zona oeste – passando, no percurso, por Congonhas e pelas Linhas 5-Lilás (em obras) e 9-Esmeralda (da CPTM).

O Estado revisou a promessa, cancelando metade do ramal em dezembro. Agora, o único trecho previsto para sair do papel é entre Congonhas e a Marginal do Pinheiros, sem conexão com nenhum outro ramal metroferroviário, ao menos até a conclusão da Linha Lilás.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Obras de monotrilhos em SP atrasam, diminuem, e ficam até 83% mais caras

02/06/2016 - O Globo

Linhas Prata, na Zona Leste, perdeu 16 km e terá 8 estações a menos.
Linha Ouro, na Zona Sul, terá 11 km e 10 estações a menos.

Carolina Giancola, Alan Mendes e Philipe Guedes

As obras das duas linhas de monotrilho de São Paulo, a Linha 15-Prata e Linha 17-Ouro do Metrô, tiveram prazo de conclusão adiados, suas extensões reduzidas e uma elevação de preços por quilômetro em até 83%.

O prazo para a conclusão dos dois monotrilhos foi adiado. E mesmo quando estiverem prontas, as duas linhas vão ficar menores do que o governo do estado prometeu e vão custar mais caro. As informações são do SPTV.

O SPTV faz esta semana uma série de reportagens sobre mobilidade urbana. É o Anda SP, que vau falar das obras do Metrô, corredores e terminais de ônibus que estão atrasadas, paradas ou suspensas na Grande São Paulo.

Na Linha Prata, o trecho entre a estação Iguatemi, em São Mateus, e a Cidade Tiradentes foi suspenso. São 16 km e 8 estações a menos. O preço do quilômetro da linha subiu 70%, de R$ 206 milhões para R$ 354 milhões.

A Linha Ouro perdeu 10 km e 11 estações. O monotrilho agora vai ligar a estação Morumbi da CPTM ao aeroporto de Congonhas e não vai mais até o estádio Morumbi nem ao Jabaquara. O preço do quilômetro subiu 83%, de R$ 177 milhões para R$ 325 milhões.

A Linha Prata foi anunciada em grande estilo. Seria o maior sistema de monotrilhos do mundo. Ganharia do Metrô em tempo de construção pisca imagens obras paradas e em preço da obra.
Linha Prata do monotrilho (Foto: TV Globo/Reprodução)

Linha Prata do monotrilho (Foto: TV Globo/Reprodução)
A ideia era entregar o trecho até Cidade Tiradentes em 2012. Mas hoje o trem fica nesse vai e volta num trecho de 3 km entras as estações Oratório e Vila Prudente.

Para quem mora em um bairro da Zona Leste sobra só o ônibus como opção de transporte público.
O contador Diego da Silva Paixão diz que se pudesse viajar pelo monotrilho seria bem melhor, mais rápido e mais prático.

Monotrilho da Linha Prata atende a apenas 3 km (Foto: TV Globo/Reprodução)
Monotrilho da Linha Prata atende a apenas 3 km (Foto: TV Globo/Reprodução)


Outro esqueleto de monotrilho rasga a Zona Sul. A Linha Ouro, prometida para a Copa do Mundo de 2014, iria ligar o estádio do Morumbi ao Aeroporto de Congonhas.

Nesse tempo todo, o canteiro de obras já virou abrigo pra usuários de drogas, ponto pra desova de carro roubado, sem falar que rouba uma faixa de cada pista da Avenida Jornalista Roberto Marinho.  Fora o prejuízo que essa obra tá dando para os comerciantes da região.

Na Rua Rafael Iório, no Cambo Belo, a obra esconde uma locadora de carros instalada bem antes da obra do monotrilho começar.

Linha Ouro do monotrilho (Foto: TV Globo/Reprodução)
Linha Ouro do monotrilho (Foto: TV Globo/Reprodução)

“Isso está atrasando investimentos da nossa parte. A gente quer fazer reforma de loja, a gente quer fazer melhorias aqui, mas a gente não consegue porque a gente não sabe quando acaba esse transtorno que atrapalha essa qualidade de atendimento”, diz o gerente Douglas Vicentini. “A poeira que a obra proporciona deixa os carros mais sujos, eu tive que contratar lavadores de carro pra que o carro saia limpo da loja já”.

Valdir Sampel, do conselho de segurança de São Mateus, por onde vai passar a linha prata, diz que já convidou várias autoridades para participar das reuniões no bairro e que nunca ninguém da secretaria dos transportes metropolitanos apareceu.

“Nós esperávamos por parte do governador que viesse o Metrô. Como o Metrô não veio, veio o monotrilho. Achávamos que iria valorizar a região. Só que não está acontecendo isso. Sentimos que fomos enganados. São só promessas e nada mais”, diz.

O Metrô explicou que o atraso nas obras do monotrilho na Linha Prata se deu porque os projetos de três estações que ficariam sobre o córrego da Mooca tiverem de ser refeitos. "Durante o desenvolvimento do projeto básico imaginamos condições que mostraram que as fundações iriam interferir muito com a galeria. Foram condições estabelecidas durante o projeto executivo, que precisou fazer intervenção na galeria", explicou o diretor de engenharia Paulo Sérgio Amalfi Meca.
Na linha Ouro, segundo o Metrô, o problema foi com as empresas contratadas. "Rescindimos contrato com execução de obras de algumas das estações e do pátio porque as empresas não deram conta de cumprir as suas obrigações", disse o diretor.

Ônibus passa ao lado de esqueleto da Linha Prata do monotrilho (Foto: TV Globo/Reprodução)
Ônibus passa ao lado de esqueleto da Linha Prata do monotrilho (Foto: TV Globo/Reprodução)