quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Indústria do monotrilho demandará R$ 3 bilhões

29/08/2011 - Folha Blumenauense

A presença de conteúdo nacional na fabricação dos monotrilhos que serão instalados em São Paulo e em Manaus pode chegar a R$ 3 bilhões. A cifra representa uma oportunidade para a indústria brasileira ser fornecedora de uma série de componentes que inclui fibras, alumínio, motores elétricos, condutores e softwares, disse o presidente da Associação Brasileira de Monotrilho (Abramon), Halan Moreira, que participou de um seminário na Federação das Indústrias (Fiesc), realizado nesta sexta-feira, dia 26, em Florianópolis.

O monotrilho é um sistema de transporte elevado, projetado para atender cidades que têm demanda de 100 mil a 500 mil passageiros por dia. No Brasil, há uma obra iniciada em São Paulo e outra, também na capital paulista, prevista para começar em 40 dias. Até novembro deve se iniciar a construção da linha para operação do sistema em Manaus. Juntas, as obras das duas cidades somam em torno de R$ 6 bilhões já licitados. Desse total, cerca de 50% serão usados para a produção dos monotrilhos, onde se encontram as oportunidades para a indústria, e o restante será destinado às obras públicas.

As três maiores empresas fabricantes de monotrilho no mundo, sediadas no Canadá, Japão e Malásia, estão se instalando no Brasil para nacionalizar o produto. "Estamos procurando uma cadeia de fornecedores locais. Não faz sentido ter um monotrilho no Brasil e importar peças. O objetivo é que todos os componentes sejam produzidos no país", afirmou o presidente da Abramon.

Durante o encontro, que teve a participação de autoridades e de especialistas em mobilidade urbana, companhias catarinenses, potenciais fornecedoras, participaram de rodadas de negócios para conhecer os produtos que podem ser fornecidos.

Entre as grandes vantagens desse sistema está a segurança. O Japão utiliza desde a década de 60 e tem oito linhas operando sem nenhum incidente até hoje. Após o terremoto, o monotrilho foi o primeiro sistema que voltou a funcionar. A Malásia implantou há oito anos e já transportou mais de 180 milhões de passageiros sem nenhuma fatalidade. O valor da passagem na Malásia é 85 centavos, uma tarifa social que cobre os custos de toda a operação do sistema. A China tem quatro linhas em funcionamento.

O Brasil tem semelhanças com países asiáticos que não planejaram seu crescimento e avançaram rapidamente na última década. Malásia e China, por exemplo, optaram por alternativas que atendessem de forma rápida e efetiva a demanda de locomoção dos passageiros. Para Moreira, a implantação do monotrilho é mais eficiente que a do BRT (Bus Rapid Transit), por exemplo, pelo fato de não competir com os carros, pois os monotrilhos operam em estruturas elevadas e não usam as já saturadas vias.

O especialista disse que o Brasil sempre é comparado com os países europeus. No entanto, é preciso lembrar que a Europa planejou o transporte de suas cidades ainda no final de 1880. "O Brasil não foi pensado e preparado do mesmo jeito", disse Halan.

"Qualquer sistema de transporte funciona quando é integrado a uma rede. Nenhum resolve sozinho. Todos têm sua vocação e espaço. O certo é planejar para escolher a demanda ideal para o corredor certo. Escolher modal de forma errada pode ser três vezes mais caro", finalizou Moreira.

sábado, 24 de setembro de 2011

19/09/11 -Via Trólebus

O trem protótipo produzido pela Bombardier, que deve rodar na extensão da linha 2-Verde inicialmente entre Vila Prudente e Oratório, deve ser testado em março de 2012, na cidade de Kingstom, no Canadá. Em Julho do ano que vêm o primeiro monotrilho da linha de montagem Brasileiro deve ser finalizado na fábrica da empresa em Hortolândia, interior de São Paulo.

De acordo com Paulo Sérgio Amalfi Meca, gerente do Empreendimento Linha 2-Verde no trecho que deve operar em Monotrilho, o protótipo será testado exaustivamente porque trata-se de um sistema novo até para a Bombardier: “Estamos trabalhando para atender uma capacidade da ordem de 500 mil passageiros por dia, algo nunca realizado até o momento”, afirma.

A extensão da Linha 2, quando completada, terá capacidade de transportar 48 mil passageiros por hora/sentido no trajeto Vila Prudente – Cidade Tiradentes, beneficiando 500 mil usuários ao dia.

A implantação do sistema neste trajeto, percorrido por ônibus comum demora em média duas horas, mas com o monotrilho permitirá que os usuários façam o percurso em apenas 50 minutos. O término da fase 1 do projeto está programado para acontecer em 2014, quando a linha chegará em São Mateus

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Monotrilho de SP será o de maior capacidade do mundo

15/09/2011 - R7

O monotrilho da linha 2 – Verde de São Paulo, que ligará a estação Vila Prudente a Cidade Tiradentes, na zona leste de São Paulo, será o de maior capacidade do mundo. A afirmação foi feita pelo gerente do empreendimento, Paulo Sérgio Meca, do Metrô, durante a 17ª Semana de Tecnologia Ferroviária na quarta-feira (14).

A linha terá capacidade para transportar 40 mil passageiros por hora, em cada sentido, e um total de 500 mil pessoas por dia. De acordo com o consultor e mestre em engenharia de transportes Sergio Ejzenberg, a capacidade dos monotrilhos ficam em torno de 30 mil passageiros por hora por sentido.

Apesar de ter capacidade abaixo do metrô e de passar por uma das regiões mais populosas da capital paulista, Meca diz não acreditar que isso será um problema.

- Imagina-se que haverá outras alternativas de malha ferroviária, do próprio Metrô, como a linha Laranja.

Ao todo, serão 24,5 km de linha e a primeira fase, de Vila Prudente a Oratório (onde ficará o centro de operações) deverá estar pronta em 2013. O trecho que vai de Oratório a São Mateus deve estar pronto até o final de 2014. Já a previsão da conclusão para a última etapa, até Cidade Tiradentes, é até o final de 2016.

Os trens usarão tecnologia driverless (trens sem condutores) e estima-se que as estações abriguem, em média, seis passageiros por m². Atualmente, a linha Vermelha abriga 11 pessoas por m².

O primeiro trem do monotrilho, um protótipo que será fabricado em Kingston, no Canadá, e servirá de modelo para a construção no Brasil, entrará em fase de testes em março do ano que vem.

Os demais carros serão fabricados em Hortolândia, no interior de São Paulo. De acordo com o diretor comercial da Bombardier, Eduardo Saccaro, empresa responsável pela produção do monotrilho, o primeiro deles deverá ficar pronto entre junho e julho de 2012.

Ainda segundo Saccaro, o custo de construção do monotrilho é, em média, de 40% a 50% mais barata que o metrô.

Apenas para fazer a adequação da fábrica, que já faz a reforma dos trens da linha 1 – Azul, a Bombardier investiu R$ 15 bilhões.

Parceria com o setor privado

Ainda de acordo com Meca, o Metrô avalia a possibilidade de fazer uma parceria público-privada para construção da linha. Segundo ele, o investimento do setor privado seria de R$ 1,8 bilhões.

O custo de construção total da linha, que ligará Vila prudente a Cidade Tiradentes, na zona leste da capital, é de R$ 4,5 bilhões. Desses, R$ 2,7 bilhões já fazem parte dos contratos assinados.

Na parceria com o setor o privado, estaria incluso a construção das 15 estações da linha, além do fornecimento de sistemas elétricos, de sinalização e de controle. Também entrará nesse pacote, a implantação de escadas rolantes.

O protótipo que será fabricado em Kingston, no Canadá, será testado em março do ano que vem. O primeiro carro fabricado no Brasil deverá ficar pronto entre junho e julho de 2012.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

 Notícias da Imprensa

« Voltar
Construtoras aderem ao monotrilho

05/09/2011 - Brasil Econômico

As licitações de trens monotrilho têm se mostrado um bom filão de negócios para as grandes construtoras do país. Os projetos não são tão vultosos como a construção de metrô, mas demandam mais obras de construção civil que corredores de ônibus ou VLTs (bondes modernos). Isso porque os trens monotrilho correm sobre vigas de concreto suspensas.

Nos contratos fechados até agora no país, Andrade Gutierrez, CR Almeida e Queiroz Galvão foram as vencedoras e saem na frente no desenvolvimento de conhecimento na área. Segundo as companhias fabricantes dos trens monotrilho, a produção das vigas demanda tecnologias específicas, diferentes da usada na construção de prédios e outras obras de infraestrutura. Além delas, é preciso construir estações elevadas.

Só na linha 17 do metrô de São Paulo, serão 17 dessas estações, que ficarão a cargo da An drade Gutierrez e de suas parceiras nas obras. Todas as linhas de monotrilho em estudo, ou já consideradas pelo governo paulista nas gestões de José Serra e Gilberto Kassab, somam mais de 100 quilômetros, extensão que supera a atual rede do metrô paulistano.

Não é pouco dinheiro em jogo. Do projeto paulista de extensão da linha 2, por exemplo, orçado em R$ 2,64 bilhões, a Queiroz Galvão e OAS deverão ficar com pouco mais de R$1 bilhão. Outras companhias com interesse neste mercado são Galvão, Odebrecht e Camargo Corrêa.

O andamento dos projetos em São Paulo nos próximos anos será um bom indicador do futuro deste mercado, avaliam executivos como Hilmy Zaini, presidente da Scomi no Brasil. Para ele, caso o modelo faça sucesso na capita paulista, as portas provavelmente se abrirão em outras cidades do país e, em seguida, na América Latina — algo que as construtoras brasileiras que já operam na região poderão aproveitar para ampliar suas receitas e seu portfólio de atuação em países vizinhos.
SP avalia monotrilho e trem na Raposo Tavares

07/09/2011 - Veja/Agência Estado

O trecho de vinte quilômetros da Rodovia Raposo Tavares que liga São Paulo a Cotia poderá ganhar seis pistas de cada lado (o dobro do número atual), um monotrilho suspenso no canteiro central, trens rápidos e um túnel. O trajeto também poderá ser contemplado com sensores que substituem cabines de pedágio e cobram a tarifa conforme a distância percorrida por cada veículo. Ao custo de 1,5 bilhão de reais, o projeto futurista figura na lista de estudos da Agência Reguladora de Transportes (Artesp). Seu objetivo: resolver um dos gargalos mais problemáticos de São Paulo.

A proposta foi apresentada ao governo do estado pela concessionária CCR, que mantém nove concessões de estradas, entre elas o Rodoanel e os sistemas Castelo Branco-Raposo Tavares e Anhanguera-Bandeirantes. O governo considerou a ideia viável e a enviou para a análise da Artesp. Só há dúvidas quanto ao pedágio. O trecho São Paulo-Cotia não entrou no programa de concessões e continua sob a administração do Departamento de Estradas de Rodagem (DER). Para bancar o investimento, a CCR pretende ampliar em dez anos a concessão da rodovia, que termina em 2023.

Líderes políticos de Cotia foram informados sobre o plano. Os representantes da CCR destacaram que a proposta inclui a integração da Raposo Tavares com a Marginal do Pinheiros, por meio de um túnel semelhante ao que liga a Avenida Rebouças à Avenida Eusébio Matoso.

As associações de moradores encomendaram um estudo específico sobre o monotrilho, que não foi muito detalhado pela CCR. A pesquisa será encaminhada à Secretaria de Logística e Transportes, pois considera que a ampliação da estrutura rodoviária precisa ser acompanhada de maior oferta de transporte coletivo.

De acordo com o estudo, o monotrilho tem menor capacidade de transporte de passageiros, mas custa bem menos que o metrô. Enquanto o metrô exige investimentos entre 160 e 380 milhões de reais por quilômetro, o monotrilho tem custo entre 70 e 130 milhões de reais.



Clique e acesse com seu usuário para ter todos os recur